Medidas anunciadas por Haddad oneram setor produtivo e ameaçam empregos, diz Firjan

“Não há justificativa legal ou lógica para a limitação de aproveitamento de valores que foram indevidamente recolhidos aos cofres públicos”, afirma a entidade
quarta-feira, 03 de janeiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) emitiu um comunicado no qual expressa sua enorme preocupação com o anúncio feito na última quinta-feira, 28 de dezembro, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das medidas que têm o objetivo de aumentar a arrecadação federal.

Entre as propostas do Governo Federal, estão a reoneração gradual da folha de pagamentos, a revisão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a imposição de limite para a utilização de créditos tributários reconhecidos judicialmente em compensações.

De acordo com a avaliação da Firjan, a reoneração, ainda que gradual, da folha de pagamentos por Medida Provisória (MP) vai de encontro à derrubada do veto imposta pelo Congresso Nacional e coloca em risco milhares de empregos. Diversos estudos demonstram que a política pública de desoneração da folha contribuiu para o aumento no PIB, no emprego e nas exportações.

Estudo do próprio Ministério da Economia demonstra que a redução de 10% no custo trabalhista gera um aumento de 3,4% no emprego formal (cerca de 1 milhão de trabalhadores) e que a desoneração afetou a probabilidade de ingresso no mercado de trabalho em cerca de 3%.

Não fosse o bastante, o Governo Federal pretende limitar o uso de créditos fiscais reconhecidos por decisão judicial em 30% ao ano. Ou seja, a empresa que recolher tributo a maior para o Governo Federal e obtiver decisão judicial transitada em julgado, reconhecendo o direito à utilização, em compensações dos valores indevidamente recolhidos, ficará limitada ao aproveitamento de apenas 30% do valor do crédito por ano.

“A medida anunciada é inadmissível. Não há justificativa legal ou lógica para a limitação de aproveitamento de valores que foram indevidamente recolhidos aos cofres públicos. É lamentável que, para atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas, mais uma vez o Governo Federal onere o setor produtivo e não dirija o foco do atendimento da meta na redução e na melhoria da eficiência dos gastos públicos. Tais medidas prejudicam a competitividade das empresas nacionais e colocam em risco milhares de empregos”, destaca o comunicado da Firjan. 

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