O filme brasileiro “Macabro", todo rodado em Nova Friburgo e baseado em reportagens de A VOZ DA SERRA ganhou o prêmio de melhor longa no Brooklyn Film Festival Filme, nos Estados Unidos, informa Wanderson Nogueira na sua coluna "Observatório" (acesse aqui). Dirigido por Marco Prado, escrito por Lucas Paraízo e Rita Glória Curvo, tendo no elenco Renato Goés, Amanda Grimaldi, Guilherme Ferraz, entre outros.
A produção brasileira ganhou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular, que esse ano aconteceu 100% on-line. Com belíssima fotografia, é a primeira produção brasileira a vencer o festival norte-americano. “Macabro” já havia conquistado outro prêmio internacional: melhor filme na categoria “Dark Matters” no Festival de Austin, no Texas, também nos Estados Unidos.
O filme teve estreia nacional durante a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e foi exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio. No entanto, ainda não estreou no circuito comercial. Por conta da pandemia, a sua estreia nas salas de cinema continua sem data. Mesmo assim pode ser assistido gratuitamente, on-line, durante o referido festival dos EUA.
Narrativa
Wanderson conta que teve o privilégio de assistir ao filme no Festival de Cinema do Rio. Inspirado na história real dos irmãos necrófilos Ibraim e Henrique de Oliveira, mostra os brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e uma criança, em Nova Friburgo. O filme é inspirado nos fatos reais, portanto tem toda a licença artística para acrescentar fatos e perspectivas sobre a era de crimes ocorridos na década de 1990, nos quais os irmãos eram acusados de exterminar barbaramente as vítimas e em seguida praticar a necrofilia, que é a violação sexual dos cadáveres.
Assim, a perspectiva escolhida é a partir do olhar do sargento Téo (Renato Goés), um jovem policial que nasceu na região e passa por uma crise profissional e ética, quando é resignado para voltar à sua cidade natal na busca pelos suspeitos escondidos na região da Janela das Andorinhas, no distrito de Riograndina.
Na opinião do colunista, o filme tem uma crítica social forte ao conseguir abordar temas muito atuais como auto de resistência, ações policiais nas favelas, pedofilia na igreja e intolerância religiosa. Para os mais desavisados, nem tudo no longa aconteceu. Não é um documentário. Com a liberdade cinematográfica é muito mais do que um filme que retrata o fato em si, mas tudo que pode ter havido por detrás dele e se repete de maneira, macabra ou não, até hoje.
A Voz da Serra
O longa mostra páginas verídicas do jornal A VOZ DA SERRA. O jornal é quase um personagem dentro do filme que abusa das belíssimas paisagens da região dos Três Picos, o que lhe confere uma fotografia poética, mesmo numa película de ação policial e suspense que flerta com o terror.
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