Lixeiras lotadas espalham detritos pelas margens do Rio Bengalas

Avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle Filho têm apenas oito recipientes, todos cheios ou danificados
quinta-feira, 18 de junho de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Lixo espalhado às margens do Bengalas (Fotos: Fernando Moreira)
Lixo espalhado às margens do Bengalas (Fotos: Fernando Moreira)

O leitor mais atento certamente já reparou que A VOZ DA SERRA produz com certa frequência reportagens sobre a falta de cidadania e consciência ambiental de algumas pessoas que insistem em depositar lixo e entulhos em locais inadequados, um ato que contribui para a proliferação de ratos, baratas, aranhas e escorpiões, além de dar um aspecto de abandono à cidade. No entanto, também há inúmeros exemplos de cidadãos que desejam fazer o certo, mas não encontram a estrutura adequada para a boa prática.

Após denúncia de um leitor enviada à nossa redação sobre a falta de varrição e recolhimento do lixo depositado nas lixeiras que margeiam o Rio Bengalas ao longo das avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle Filho, percorremos todo o trecho a pé para verificar a situação, que constatamos ser desanimadora.

Em toda a extensão da Avenida Comte Bittencourt (entre o edifício Itália e a ponte da Rua Francisco Miele, que dá acesso ao Suspiro) – na calçada às margens do Rio Bengalas – encontramos apenas cinco lixeiras, todas elas lotadas de lixo, o que sugere que o recolhimento não foi feito nos últimos dias. Do outro lado do rio, na Avenida Galdino do Valle Filho, a missão de encontrar uma lixeira é ainda mais difícil. 

No mesmo trecho, há apenas três lixeiras. Uma delas, destinada a coleta seletiva de papel, plástico, vidro e alumínio, de padrão diferente das disponibilizadas pela prefeitura e instalada ao lado da academia ao ar livre, em frente a Igreja Luterana, está parcialmente quebrada e é a única que não estava lotada de lixo. Ao lado de um dos bancos às margens do rio, também flagramos um local que deveria abrigar uma lixeira, mas conta apenas com a estrutura de ferro. Em outro ponto, de tão abarrotada, há lixo em cima, embaixo e até ao lado da lixeira.

A escassez de lixeiras aliada à falta de consciência ambiental das pessoas, tem deixado as margens do Rio Bengalas repletas de lixo de todos os tipos. São garrafas plásticas e de vidro, copos descartáveis, pacotes de biscoito, maços de cigarro vazios, calotas de automóveis, garrafas pet, caixotes de madeira, latas de tinta e diversas máscaras de barreira, situação ainda mais grave devido a pandemia do coronavírus.

Questionada por A VOZ DA SERRA sobre a frequência em que é feita a varrição e retirada de lixo nas referidas avenidas e se há a previsão de instalação de novas lixeiras no trecho, a Prefeitura de Nova Friburgo não enviou nenhuma resposta até o fechamento desta edição. 

Via compartilhada

Às margens do Rio Bengalas nas avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle Filho também estão recebendo ajustes para atender plenamente a via compartilhada que está sendo construída entre o Paissandu e o bairro de Duas Pedras. Funcionários da empresa contratada para realizar o serviço estão na fase de nivelamento de esquinas para facilitar a trafego dos ciclistas sem prejudicar a circulação dos pedestres.

Intervenção semelhante já foi promovida nas esquinas da Ponte Branca, que liga as duas avenidas. Durante toda esta quarta-feira, 17, os trabalhos se concentraram no nivelamento da rampa de acesso à ponte de pedestres localizada próximo a Rua Ernesto Brasílio. Para isso, o acesso aos pedestres ficou impedido. Quem precisou passar por ali, teve que dar a volta pela Ponte Branca ou pela ponte da Rua Francisco Mieli, na altura do Suspiro. 

 

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