Início do ano letivo da rede municipal ainda sem 100% dos alunos

De acordo com a secretaria municipal de Educação, cerca de 15% das escolas da rede não estão aptas para receber os estudantes
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Fotos: Paulo Pinheiro e Henrique Pinheiro)
(Fotos: Paulo Pinheiro e Henrique Pinheiro)

Ontem, aconteceu o início do ano letivo para a maioria dos alunos matriculados na Rede Municipal de Educação. De acordo com a Prefeitura, alunos de 85% das escolas municipais puderam retornar às salas de aula. Esse ano, não houve autorização do Conselho Municipal de Educação para a oferta do ensino remoto ou híbrido (presencial e remoto), como aconteceu nos anos de 2020 e 2021, devido à pandemia da Covid-19. Todas as escolas só podem oferecer o sistema presencial de ensino. Mas, para isso, as escolas têm que estar preparadas para receber as crianças e os profissionais que atuam no serviço, seguindo os protocolos sanitários do Decreto Municipal que autorizaram o retorno, como o distanciamento, o uso de máscaras e disponibilidade de álcool em gel, sabão e toalha papel para higiene das mãos.

Mas, segundo a Prefeitura, 15% das escolas ainda não estão preparadas para o retorno. Em nota, a Prefeitura informou que “devido a pequenos ajustes, como manutenção na rede elétrica e pinturas, algumas não retornaram.” Outra questão que impediu a volta dos alunos da rede municipal de ensino foi a falta do transporte escolar. A licitação para contratação da empresa, que prestará serviço de transporte escolar, que estava agendada para acontecer na manhã de sexta-feira, 11, teve que ser remarcada. Em nota a prefeitura informou que o fato aconteceu devido às impugnações de algumas empresas e que a licitação deve acontecer esse mês ainda. Informa também que “as gestoras escolares estão fazendo um levantamento sobre a possibilidade do retorno enquanto o processo licitatório é concluído.”

Um outro problema nesse primeiro dia de aulas foi a não validação de cartões da RioCard de alguns alunos, que, por conta disso, não conseguiram embarcar nos ônibus. A nota enviada pela Prefeitura informou que “o problema aconteceu em apenas uma localidade e que, nessa terça-feira, o serviço já estaria normalizado, de acordo com o que foi informado pelo RioCard.”

Para esses alunos que não puderam retornar nessa segunda-feira, 14, a Prefeitura informou que haverá a reposição das aulas perdidas e que será organizada, individualmente, de acordo com o quantitativo de dias que necessitarão ser repostos.

Novas escolas

Para oferecer o ensino a muitos dos estudantes da rede municipal, a prefeitura precisou investir em novos prédios, como a desapropriação do antigo Colégio Tempo do Saber, que hoje abriga os alunos da Creche Conceição Cortes Teixeira. Nesse novo espaço novas vagas foram ofertadas no sistema de matrícula, uma vez que o prédio é mais amplo que o anterior (Escola Santa Paula Frassinette).

Já o prédio do antigo Colégio Nossa Senhora das Graças está abrigando seis unidades educacionais. Em nota, a prefeitura informou que “as creches estão organizadas em uma área distinta dos demais (Ensino Fundamental), que foram alocados nos andares superiores. Cada escola ainda permanecerá com sua autonomia, uma vez que a maioria delas retornará para os espaços antigos, após o fim das reformas.

Para auxiliar toda a organização, de forma conjunta, a Secretaria Municipal de Educação destinou funcionários do Nível Central, objetivando dinamizar o funcionamento e mediar uma gestão coletiva. Os profissionais permanecem vinculados às suas escolas, normalmente.”

Evasão escolar e desfasagem de ensino

Uma das preocupações de toda a sociedade é o prejuízo causado na educação devido à pandemia da Covid-19. Um deles é a evasão escolar. A Prefeitura informou que cada unidade escolar, através de planilhas de entrega e devolutiva dos Cadernos Pedagógicos às famílias ou alunos, registrava a participação dos estudantes no processo pedagógico. 

Em nota informou ainda que “os professores também registravam a frequência nas aulas online. Fazia-se o levantamento dos alunos que não estavam participando e tentava contato telefônico com a família. Aqueles alunos que não eram encontrados iam para a listagem da Busca Ativa e os diretores foram orientados a fazer o encaminhamento ao Conselho Tutelar como mais uma tentativa de conseguir contato. Todos os estudantes que não participaram das aulas, em 2021 e, ao final do ano letivo, não renovaram a matrícula para o ano letivo de 2022, foram caracterizados como evadidos.”

Outra questão que também preocupa é a defasagem no ensino. De acordo com a Prefeitura, muitas foram as lacunas pedagógicas abertas em função desse período de 2 anos. O governo municipal informou que “possui algumas propostas de ações para a recuperação da aprendizagem dos estudantes, nos diferentes segmentos. Existem programas vinculados ao Governo Federal destinados ao processo de alfabetização e letramento e atividades no contraturno, assim como projetos municipais, como o SIGA (Superando Índices, Garantindo Aprendizagens).”

 

 

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