O governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, participou, nesta quinta-feira, 29, do lançamento do edital da primeira fase do programa Florestas do Amanhã. A iniciativa da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), vai reflorestar 1,1 mil hectares de Mata Atlântica com o plantio de 2,5 milhões mudas de espécies endêmicas do bioma, em 29 unidades de conservação e em outras áreas prioritárias espalhadas pelo território fluminense. Com a ação, o Rio de Janeiro se torna o primeiro estado do Brasil a cumprir o Acordo de Paris, tratado mundial que tem o objetivo de reduzir o aquecimento global.
“Temos que aprender a unir o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Eles precisam ser complementares. Quando o Rio de Janeiro adere ao programa, sai na frente e assume uma pauta relevante. Não adianta divulgarmos as riquezas ambientais e o setor turístico e não cuidar da natureza. Este programa nos orgulha muito”, afirmou Cláudio Castro.
O Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), gestor operacional do programa, publicou o edital de contratação de empresas para iniciar o reflorestamento dos primeiros 544 hectares. A expectativa é começar o plantio dentro do calendário agrícola.
Além da restauração de parte da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em diversidade do mundo e o segundo mais ameaçado de extinção, a iniciativa tem um grande impacto na economia do estado ao gerar empregos. Apenas na primeira fase do projeto, serão criadas até 1,6 mil vagas.
“Queremos que este programa leve a uma mudança de paradigma. Nosso objetivo é chegar a todas as regiões do estado, com parcerias para salvar a Mata Atlântica. Queremos um Rio mais verde. Reafirmamos, desta forma, o compromisso do Estado do Rio com o meio ambiente e promovemos também a geração de empregos para inúmeras famílias de diversos municípios”, disse o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Primeira fase: 16 cidades atendidas
O programa Florestas do Amanhã beneficiará as cidades que fazem parte da Região da Bacia Hidrográfica V: Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Magé, Guapimirim, Itaboraí, Maricá, Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, São João de Meriti, Nilópolis, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro.
“O Florestas do Amanhã contribui para recuperarmos a agenda do desenvolvimento sustentável no estado, com preservação da biodiversidade e segurança hídrica”, ressaltou o diretor-presidente do IDG, Ricardo Piquet.
A primeira fase do programa Florestas do Amanhã foi possível graças ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC), homologado pelo Ministério Público, que garantiu o repasse de recursos de compensação ambiental relativos aos impactos causados pelo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ao Fundo da Mata Atlântica (FMA).
O evento contou com a presença de prefeitos e representantes dos municípios beneficiados, além do presidente do Inea, João Eustáquio Nacif Xavier, o controlador geral do Estado, Francisco Ricardo Soares, e os secretários de Estado das Cidades e Interino de Trabalho e Renda, Uruan Cintra de Andrade; de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros; de Ciência,Tecnologia e Inovação, Maria Isabel de Souza; e de Infraestrutura e Obras, Bruno Kazuhiro.
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