Diversos pais de alunos da rede municipal de ensino de Nova Friburgo têm entrado em contato com a redação de A VOZ DA SERRA para denunciar que após quase três meses do início do ano letivo, muitos alunos que possuem necessidades especiais continuam sendo prejudicados devido a carência de mediadores nas salas de aula. Os mediadores são os profissionais de apoio que auxiliam os professores oferecendo suporte para o aprendizado de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), déficit de atenção, hiperatividade, entre outras necessidades especiais. Segundo os pais, nas turmas que não possuem mediadores, os alunos com essas necessidades acabam sendo dispensados mais cedo, perdendo conteúdo didático, ou até mesmo faltando às aulas.
Diante das queixas dos pais de alunos, entramos em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo para questionar o motivo dessa carência de mediadores, que é um tema recorrente no município nos últimos anos. Em nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social, a prefeitura informou que segue as determinações previstas pela Lei Brasileira de Inclusão e que já realizou, neste ano, pelo menos, nove chamamentos de mediadores para a Secretaria Municipal de Educação para entrega de documentos para posse, dos quais operou-se 357 contratações por concurso público.
A nota esclarece ainda que “não tem sido medidos esforços para atender a demanda de alunos com necessidades especiais e efetivou o preenchimento das 300 vagas imediatas previstas no edital do concurso 001/2023 e também iniciou a contratação das vagas do cadastro reserva, em acordo com a lei municipal complementar 162/2024, bem como também promove o chamamento e posse para os professores de atendimento educacional especializado (AEE), com a contratação das 15 vagas imediatas para o cargo e o chamamento para ocupação do cadastro de reserva”, diz a nota.
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