Estiagem, a vedete da vez: chuva, só lá pelo dia 21, e pouca

Em Nova Friburgo, umidade relativa do ar está em 30%
quinta-feira, 07 de julho de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Pôr do sol na Praça do Cisne, na Fazenda Bela Vista (Foto da leitora Maria Fernanda Ferreira)
Pôr do sol na Praça do Cisne, na Fazenda Bela Vista (Foto da leitora Maria Fernanda Ferreira)

Depois das ondas de frio, o veranico e a estiagem prolongada passam a desfilar na passarela do clima friburguense. O tempo deve seguir seco ao longo desta e de mais duas semanas, com chuva - bem escassa - prevista agora apenas para o dia 21, quando as máximas também devem cair sensivelmente, de 25 para 15 graus.

Em Nova Friburgo, a umidade relativa do ar está em 30%. A nebulosidade da manhã desta quinta-feira, 7, foi provocada por uma leve frente fria que já foi desviada para o alto-mar pela grande e forte massa de ar seco estacionada sobre grande parte do Brasil. O ar seco inibe a formação de nuvens de chuva.

Enquanto a estiagem domina o Sudeste, a chuva segue concentrada no Norte e no Nordeste do país e no extremo sul gaúcho.

Tecnicamente, existe diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um período com registro baixo ou zerado de chuva, a ponto de o solo perder mais umidade do que é reposto pelas precipitações. Já a seca corresponde ao período de estiagem prolongada que gera desequilíbrio hidrológico grave.

Neste inverno, estação normalmente seca, plantas que se podem dar ao luxo de serem irrigadas estão verdejantes e florescendo com um colorido extremo. É o caso, por exemplo, dos manacás do Nova Friburgo Country Clube (foto acima, de Regina Lobianco e na galeria abaixo). Por outro lado, as montanhas da cidade estão bem secas e sujeitas a incêndios florestais, comuns nesta época do ano (abaixo, de  Adriana Oliveira).

 

Crise hídrica na Europa

A Europa, por exemplo, está vivendo uma crise hídrica. A situação é dramática no norte da Itália, que atravessa sua pior seca em 70 anos. Várias regiões foram colocadas em estado de alerta. Mais de cem cidades tiveram de ordenar a restrição do consumo de água.

Esta semana o governo italiano declarou estado de emergência até o final do ano em cinco regiões. As autoridades planejam disponibilizar 36 milhões de euros (R$ 198 milhões) de imediato para ajudar a combater a crise hídrica.

Devido aos meses de seca e também porque no inverno quase não nevou, o nível de água dos rios Dora Baltea e Pó (o mais longo da Itália) está um oitavo do normal. Esses dois rios abastecem uma das principais regiões da agricultura na Europa, que está com 30% de sua produção ameaçados pela seca.

A autoridade hídrica na região nordeste, em torno do rio Sesia, deu ordens para que árvores frutíferas e choupos não sejam mais irrigados. A água economizada deverá ir para as plantações de arroz, que são de grande importância econômica.

O prefeito de Verona proibiu até o fim de agosto a rega de jardins e campos de esporte, assim como lavar carros e pátios e encher piscinas, de modo a garantir o abastecimento de água potável. As plantações de vegetais só podem ser irrigadas à noite.

A cidade de Pisa também adotou o racionamento. A partir de julho, a água potável só pode ser utilizada para fins domésticos e de higiene pessoal. Infrações estão sujeitas a multas de até 500 euros. Em Milão, as fontes decorativas foram desativadas. Algumas cidades chegam a proibir os salões de beleza de  lavar  duas vezes os cabelos das clientes. 

O problema também atinge Portugal e Espanha.

 

 

 

 

LEIA MAIS

Previsão é que a chuva diminua, mas há possibilidade de pancadas isoladas até o fim de semana

Ideal é votar pela manhã, para evitar possíveis pancadas à tarde

A previsão de altos acumulados de chuva e ventos podem provocar transtornos

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: Clima