Estado reforça importância do combate à dengue também no inverno

Criadouros do Aedes aegypti devem ser eliminados o ano inteiro para evitar novas epidemias
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
Muita gente não sabia, mas na última quinta-feira, 20, foi o Dia Mundial do Mosquito. A data é uma boa oportunidade para lembrar a população que a prevenção à dengue, à chikungunya e à zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o causador também da febre amarela urbana, deve acontecer não somente no verão, mas o ano inteiro, até mesmo, em pleno inverno.

Ovos do mosquito podem suportar longos períodos secos e as larvas surgirão quando a temperatura e a umidade estiverem mais altas
Por ocasião do Dia do Mosquito, a Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) reforçou a campanha de combate à dengue advertindo a população fluminense que, embora a incidência das doenças transmitidas pelo Aedes diminua durante o inverno, o período é oportuno para eliminar criadouros do mosquito.

Boa parte das pessoas associa a presença do mosquito ao verão e aos períodos de chuvas intensas. No entanto, os ovos do Aedes aegypti podem suportar longos períodos secos e as larvas surgirão quando a temperatura e a umidade estiverem mais altas.

“É importante destacar que o período de inverno é uma oportunidade para reforçar as ações de eliminação dos criadouros do mosquito. Assim, reduzimos a possibilidade de aumento dos índices de infestação no verão, protegendo nossa população”, explica Mário Sérgio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde.

Campanha Dez minutos salvam vida

O Governo do Estado do Rio de Janeiro reforça a necessidade da população fluminense manter permanentemente ativa a campanha “Dez minutos salvam vidas”, para combater o Aedes aegypti não somente nas residências, mas também em outros ambientes de vivência, como trabalho, lazer, estudo, religião etc.

É importante verificar e eliminar focos em caixas d’água, calhas, galões, poços e locais que armazenam águas de chuva. Também podem estar em recipientes como pneus, pratos de xaxim, garrafas e baldes. Por isso se deve fazer uma checagem de dez minutos por semana, para evitar que esses locais se transformem em criadouros do mosquito.

Dicas para evitar focos

Guardar garrafas com a boca para baixo, vedar bem os ralos abertos, inspecionar bandejas de ar-condicionado e de geladeiras e congeladores; preencher com areia os pratos de vasos de plantas; esticar lonas de cobertura e tratar com cloro as águas de piscinas e fontes.

Registros de dengue, chikungunya e zika

Em  2025, até o momento, foram registrados, em todo o Estado do Rio de Janeiro, 27.750 casos prováveis de dengue, com 1.113 internações e 17 óbitos. Em relação à chikungunya, foram registrados 1.693 casos prováveis, 78 internações e cinco mortes. Não houve casos de zika, assim como aconteceu em 2024 e 2023. Os dados estão disponíveis no Monitora RJ (https://monitorar.saude.rj.gov.br/) e são sujeitos a alterações.

Febre amarela urbana

Além de dengue, chikungunya e zika, o Aedes aegypti também transmite o vírus da febre amarela urbana. No entanto, o último registro da doença no país foi em 1942. Houve casos mais recentes de febre amarela silvestre, em áreas rurais e de mata. Neste caso, o vírus é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes.

Transmissor de oropouche não é mosquito

Diferentemente do que muita gente pode imaginar, o maruim, que transmite a febre oropouche, não é um mosquito, mas um inseto. A oropouche é, no entanto, uma arbovirose, assim como a dengue, a chikungunya e a zika. Arboviroses são doenças transmitidas por artrópodes, animais invertebrados entre os quais estão gafanhotos, aranhas, centopeias etc. O termo "arbovírus" deriva de "arthropod-borne virus", que significa vírus transmitidos por artrópodes.

 

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