O orientador educacional é o profissional chave nos centros educacionais, preocupado, assim como toda a equipe, com o cuidado com a formação integral dos alunos. Nesta sexta-feira, 4, comemora-se o dia dele. E essa é uma homenagem ao profissional que cada vez mais colabora com a construção do projeto de vida dos alunos privilegiando a educação como instrumento para realização de sonhos. O orientador circula entre as diferentes esferas dos centros educacionais, dialoga com a gestão, professores, alunos e família, sempre visando o bem estar e o desenvolvimento integral de cada aluno.
“Dentro dessa complexidade, temos como função principal, zelar pelo processo de ensino e aprendizagem. Cada aluno aprende de maneira única e essa realidade precisa ser pensada e respeitada dentro das escolas. Não existe uma fórmula única para que a aprendizagem aconteça, é necessário respeitar a subjetividade dos indivíduos envolvidos”, explicou a orientadora educacional Hellena Jacone.
Segundo ela, de um modo geral, o orientador educacional é o profissional que ajuda nas reflexões a respeito da vida acadêmica do aluno, de pensar e planejar as questões associadas à rotina de estudo, o hábito de estudo, o desenvolvimento de lideranças, o protagonismo juvenil e outras skills do futuro. “A rotina de estudo precisa estar alinhada ao projeto de vida de cada aluno e, por isso, deve ser personalizada, pois cada aluno tem seus objetivos e os estudos potencializam a realização dos sonhos. Um bom projeto de vida reflete questões que vão além da escolha profissional, análise de mercado de trabalho e profissões do futuro, proporciona um olhar do aluno para si mesmo, para os outros e o mundo”, avalia a profissional.
Muitas pessoas, no entanto, confundem o trabalho de orientação educacional com a psicologia. “A escola não é o espaço para o atendimento clínico, a escola privilegia a aprendizagem, a convivência, a formação de valores, e questões relacionadas à cidadania. O orientador educacional tem um olhar voltado para os aspectos pedagógicos, para que o aluno desenvolva todas as suas potencialidades. Na vida acadêmica, dependendo de cada centro educacional, podemos ter ações estratégicas alinhadas com a missão, visão e valores de cada instituição”, explicou a orientadora.
O ano de 2020 foi extremamente desafiador para os profissionais da educação e alunos. A pandemia do novo Coronavírus, apesar de causar um grande impacto negativo na evolução acadêmica dos estudantes, também trouxe algo de positivo, como a orientadora enfatiza: “Fomos desafiados a usar a nossa flexibilidade e criatividade para reaprendermos uma nova maneira de nos relacionar. A educação do mundo inteiro foi catapultada para o século 21. O uso das tecnologias, das metodologias ativas, que já faziam parte das nossas práticas de maneira pontual, tornaram-se as principais ferramentas, agora utilizadas em sua plenitude e complexidade”, destacou.
O próximo ano será de expectativa. Segundo Hellena, 2021 continuará sendo um ano de aprendizado, mas menos complicado de lidar. “Será um ano em que ficaremos na expectativa das respostas que que ainda não foram possíveis. Então vamos precisar aprender a lidar com a ansiedade; se por um lado temos a expertise de 2020, que acabou nos permitindo desenvolver o trabalho nesse formato, por outro, temos a expectativa de como serão as próximas notícias e determinações”, disse a orientadora, ao se referir à volta das aulas presenciais. “As escolas não têm autonomia para decidir em relação à questão do retorno presencial. É uma determinação e as escolas deverão apenas cumprir. Por isso, precisamos estar preparados para os diversos cenários”, finalizou.
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