O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) foi detido nesta sexta-feira, 20, durante um ato de ocupação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na capital fluminense. De acordo com a assessoria do parlamentar, ele foi levado em um ônibus da PM. A defesa de Glauber foi acionada para acompanhar o caso. A detenção ocorreu em meio a um confronto entre estudantes, seguranças da universidade e policiais. Três estudantes também foram detidos por agentes do Batalhão de Choque.
Os manifestantes ocuparam a reitoria e outros edifícios da Uerj há mais de 50 dias. Eles protestam contra as mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Há uma ordem judicial que determina a desocupação dos locais.
Em nota divulgada nas redes sociais, a assessoria do deputado informou que a detenção é ilegal. “Um deputado federal só pode ser detido em flagrante por crime inafiançável. Lutar não é crime. Abaixo o autoritarismo e a repressão”, disse. A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), casada com Glauber, também classificou a detenção como ilegal e absurda. “Trata-se de mais uma ação de arbitrariedade e autoritarismo do governador Cláudio Castro, mas também da reitoria da Uerj”, disse a parlamentar paulistana em vídeo publicado nas redes sociais.
Uerj se manifesta
Em nota, a Uerj informou que houve uma tentativa de negociação com os estudantes, envolvendo oficiais de Justiça e membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Pavilhão João Lyra Filho, onde ocorre a ocupação. O objetivo era cumprir a ordem judicial de reintegração de posse. Ainda de acordo com a reitoria, durante a negociação, um policial ficou ferido e foi levado ao hospital. A reitoria também afirmou que há registros em vídeo mostrando ataques de manifestantes contra a tropa policial.
“A Reitoria da Uerj lamenta profundamente que, apesar de todos os esforços de negociação - oito reuniões com entidades representativas dos estudantes, audiência de conciliação com a juíza do Tribunal de Justiça -, a situação tenha chegado a esse ponto de intransigência por parte dos grupos extremistas da ocupação”, diz a nota da universidade divulgada na tarde desta sexta-feira, 20. (Portal R7.com / Rede Record)
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