Depoimentos 80 anos

A Voz da Serra": 80 anos informando e conectando gerações em Nova Friburgo. Um marco na história local
sexta-feira, 04 de abril de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

“A VOZ DA SERRA, minha irmã!”

“Lembro-me bem da voz da minha mãe, lá pelos anos 1940, brincando com meu pai, dizendo: — A Voz da Serra é a sua filha mais nova —. Minha mãe falava assim, observando o cuidado que meu pai tinha com o jornal.  

Naquele tempo, todo o trabalho era feito manualmente: reunir os textos, levá-los aos funcionários, que os passavam para a máquina de escrever (uma Remington, com certeza), depois usar os “tipos” para levá-los para a impressão em uma máquina enorme. Lembro-me do Ivo e do Francisco fazendo esse trabalho, que era bem difícil e pesado. 

Meu pai tinha muito orgulho do jornal. Quando este ficava pronto, lá vinha o papai assobiando, com A VOZ DA SERRA debaixo do braço, e um sorriso nos lábios. 

A família Ventura, da qual também faço parte, se sente orgulhosa ao falar nessa Voz que hoje completa 80 anos de muitas lutas, mas de muitas  realizações e participações na vida de Nova Friburgo. 

Pensar em A VOZ DA SERRA com uma filha dileta do meu pai, Américo Ventura Filho, e tendo como um dos seus primeiros diretores o meu sogro, José Côrtes Coutinho, deixa-me muito orgulhosa também.

Lembrando do meu irmão Laercio Rangel Ventura, que substituiu o meu pai, eu parabenizo minha sobrinha Adriana Ventura, que corajosamente, está à frente do jornal. Viva A VOZ DA SERRA, que venham outros 80 anos!”

Layse Ventura Coutinho

 

VIVA!

“Sinto-me privilegiada em poder participar de uma celebração tão significativa para o jornal A VOZ DA SERRA que está completando 80 anos de existência. Pensando sobre este marco admirável, me questiono o quão desafiador deve ter sido manter as estruturas de pé, fato a fato, dia a dia, ao longo de todos esses anos e com tamanha dignidade. 

Em 1945, quando o jornal foi fundado, o mundo vivia um período de

profundas transformações e a sociedade segue mudando e demandando uma intensa capacidade de adaptação até o dia de hoje. E assim seguirá sendo, mais e mais.

A história do jornal, com sua trajetória de superação, transformação, trabalho e resiliência, reflete a própria evolução da nossa sociedade. Por meio de suas páginas, pudemos acompanhar desde os desafios da vida cotidiana, passando por momentos festivos, curiosidades, política, além, é claro, dos relatos dos fatos que marcaram as vidas dos cidadãos friburguenses, como a cobertura jornalística quando da catástrofe

climática de 2011 que nos marcou profundamente. 

Atrelo o papel crucial que esse periódico tem desempenhado ao longo dessas oito décadas à própria identidade do município de Nova Friburgo. E confesso, à minha também.

Esse texto nunca será sobre mim. O protagonista é o aniversariante. Mas gosto de compartilhar o fato que a seguir descreverei até mesmo para demonstrar a influência que o jornal têm nas vidas de tantos friburguenses. O ano era 1996. Ainda muito menina, tive o orgulho de escrever pela primeira nas páginas do jornal, no caderno Light publicado aos sábados. O tema que escolhi foi amizade — não por acaso.

Depois pude escrever mais alguns textos e me senti até gente grande. Lembro-me do orgulho que senti. Meu amigo Gabriel, sabendo o tanto que eu já amava escrever, abriu essa porta e eu entrei e aproveitei a oportunidade transbordando de alegria. Sou grata até hoje. 

Nos últimos oito anos, escrevo todas as semanas a coluna Com a Palavra, que trato como um super presente. Quando penso que não vou ter mais nenhum assunto e vejo uma página em branco diante dos meus olhos, encontro com um leitor na rua que me cumprimenta pelo texto da semana anterior e então, um tema vem, o texto surge e me dou conta de que sim, assim como eu, há muitas pessoas que seguem lendo o Jornal todos os dias. Anos após ano, como parte da vida. 

E então a motivação vem e eu sigo escrevendo sobre cotidiano, sentimentos, experiências e uma pitada esperança, como aquela menina de quase trinta anos atrás que já sentia poder transmitir coisas boas por meio das palavras.

Sempre soube que o AVS foi mais que um simples meio de comunicação. Ele é a testemunha de nossa vivência, de nossos anseios, de nossas alegrias e tristezas. Nas páginas do jornal, vi pessoas se conhecerem, se conectarem, se unirem, se apoiarem e se mobilizarem para melhorar o que está ao seu redor. 

O jornal não é apenas uma folha de papel com notícias, mas uma verdadeira plataforma de construção de memória coletiva. Hoje, penso que a vida de uma figura social importante como está é, inclusive, um símbolo de resistência.

Lembro-me de quantas vezes, ao abrir o jornal, me deparei com relatos de pessoas que marcaram nossa cidade, histórias que, se não fossem registradas, poderiam se perder no tempo. Cada edição do jornal é uma cápsula do tempo, que nos permite olhar para o passado com a esperança de um futuro melhor, preservando a cultura e os costumes da nossa região.

Se há algo que aprendi com ele, é que um jornal vai além de publicar fatos. Ele é também uma ferramenta de reflexão, de crítica e de

conscientização. A dedicação incansável de tantos profissionais ao longo dos anos, cada um com sua visão, com sua paixão pela comunicação, construiu um legado que hoje se reflete não apenas em um jornal, mas em uma verdadeira instituição. 

E eu, como leitora e participante dessa história, posso afirmar que A VOZ DA SERRA não é apenas o veículo de comunicação de uma cidade; ele é parte integrante da própria identidade da nossa região.

Ao completar 80 anos, se firma como um testemunho da importância da imprensa local na construção de um mundo mais informado, mais democrático e mais humano. Por isso, hoje, ao celebrar essa data, quero não só parabenizar a todos que fazem a mágica acontecer, mas também reconhecer o impacto que este jornal tem em cada um de nós. Ao longo de décadas, ele cumpriu sua missão com coragem e ética, e continua a ser uma referência de comprometimento com a verdade e com a cidade.

Que venham mais 80 anos! Parabéns à querida Adriana, à família Ventura, que fundou, fomentou e cuida deste patrimônio com esmero. Minha admiração por vocês que seguem o compromisso desafiador de manter as páginas vivas de geração a geração. 

Que siga sua trajetória de sucesso, com a mesma seriedade e dedicação que sempre a acompanharam, trazendo à tona os temas mais relevantes, acolhendo a voz de todos e, principalmente, dando continuidade a essa linda história de amor por Nova Friburgo.”

Paula Farsoun, 

advogada e colunista de AVS

 

07 de Abril: Dia do Jornalista. Dia do Jornal A VOZ DA SERRA

“Tão simbólico o único jornal impresso e on-line da cidade ter sido criado neste dia, quando se celebra o esforço de cobertura dos  acontecimentos pelos profissionais de imprensa, assegurando também o direito de legitimar a profissão de jornalista.

Ao longo dos seus 80 anos, A VOZ DA SERRA vem registrando a história de Nova Friburgo e celebra seu aniversário como o único jornal impresso e on-line da Região Serrana, um sobrevivente em meio às diversas crises, principalmente a do setor gráfico.

Em 2021, abriu suas portas para meu retorno ao jornalismo, depois de cinco anos distante da profissão. O jornal me permitiu reencontrar a força que eu acreditava ter perdido, me mostrou que sou capaz de superar desafios e alcançar meus sonhos. 

E foi em suas páginas que pude dar voz a histórias importantes, e uma delas me rendeu, em 2023, o reconhecimento do 2⁰ lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo, atrás apenas de O Globo. Tenho orgulho não somente de A VOZ DA SERRA ter feito parte da minha vida, mas também de fazer parte da história dele, com essa premiação!

A Voz é muito mais do que um jornal. É um patrimônio de Nova Friburgo, um guardião da nossa história, um espaço de encontro e diálogo. Que sua história de resistência e superação inspire as futuras gerações de jornalistas e leitores!”.

Christiane Coelho,

jornalista

 

“Fico bem informado todas as manhãs lendo A VOZ DA SERRA, um jornal que traz conhecimento, cultura e a história da nossa cidade, e que atravessa gerações da nossa família. É a cara do povo friburguense.”

Alex Alfaya,

Ascofri e Soamar

 

"A VOZ DA SERRA é um patrimônio cultural, social, intelectual e político da nossa Nova Friburgo. Há 80 anos pulsando no coração desta cidade. Parabéns!"

José Israel Gonçalves de Azevedo, 

Distribuidora de Jornais - Dijori

 

A VOZ DA SERRA — Um marco em Nova Friburgo

“O PSD fluminense e seu chefe supremo, Ernani do Amaral Peixoto, funda um diretório em Nova Friburgo, sob a liderança do prefeito Dante Laginestra. O partido necessitava de divulgação, e assim foi feito.

Organizaram uma sociedade por cotas com a participação de membros do partido e deram início a uma Editora. Trouxeram de Minas Gerais uma velha impressora, Marinoni, e foi ela a responsável, por muito tempo, pela

impressão do jornal, ao qual deram o nome “A VOZ DA SERRA”, em

7 de abril de 1945.

Em sua primeira edição, se definiu como um “semanário independente”. E assim foi: “Daremos a Friburgo um órgão de feitio atraente, moderno e popular, com boas seções de informações e colaboração seleta que interprete com exatidão a alma de nossa gente”, etc. Acompanhado do slogan: “Uma voz de Friburgo para ecoar no Brasil”.

Mas, nem tudo é alegria e em 1953 o PSD friburguense resolveu fechar o jornal por falta “de dinheiro”. Então, Américo Ventura Filho, apenas um cotista, decide adquirir as cotas da pequena editora e passa a responder

oficialmente por ela. Acreditou no sonho e o levou adiante, “com a cara e a coragem”, por sua própria conta e risco. Nunca visou lucro. 

Américo ficou à frente do jornal até sua morte, em 23 de fevereiro de 1973. Na edição seguinte, dias 3 e 4 de março, a primeira página foi totalmente dedicada a ele, mostrando a seguinte manchete: “Tomba um homem”. Assim escreveu Zuenir Ventura. Dizia Castro Alves que ‘quem

cai, mas cai com glória, não cai, tomba nos braços da história’. 

Na vacância, em 1973, entra em cena seu filho, Laercio Rangel Ventura, que assumiu com o auxílio de dois amigos: Paulo Santos e Lúcio Flavo Gomes da Silva, que foram fundamentais para que hoje A VOZ DA SERRA comemore seus 80 anos.

Laercio Ventura, o Dom Quixote da imprensa friburguense! Em todas as suas atividades, sempre a retidão e a competência, em primeiro lugar!

Recebeu diversas homenagens, aqui e acolá, sempre muito merecidas, inclusive uma singela no Rotary Clube Nova Friburgo Suspiro, numa reunião marcante na vida dos rotarianos.  

Laercio, até o dia de sua morte, em 3 de fevereiro de 2013, após 40 anos à frente do jornal, transformou o jornal “feito por um homem só” em uma empresa jornalística com cerca de 30 funcionários e periodicidade diária, em sintonia com o avanço dos recursos gráficos utilizados pela imprensa nacional e internacional.

Com a ausência de Laercio Ventura, entra em cena Adriana Ventura, que hoje continua à frente do jornal. Seu pai morreu num sábado. Ao lado da tristeza pela grande perda, na segunda-feira seguinte tinha que dar  continuidade ao trabalho, com tudo funcionando a contento. E assim foi feito e tem dado certo.

Adriana foi a única mulher a receber a Medalha do Mérito Industrial — Firjan 2022, sempre comandando o jornal com maestria, fiel aos ideários do seu pai, de “dar continuidade a essa missão de fazer um jornal independente, no interior,”. 

Há consenso, Adriana não sucumbiu às adversidades. Dona de uma personalidade de fibra, mulher guerreira, destemida e talentosa, à frente de um jornalismo sério e combativo, identificada numa quadra tão conturbada, por princípios de ética e de moralidade.

Ao Américo, Laercio e Adriana, o nosso reconhecimento. O jornal A VOZ DA SERRA é aquele papel que recebemos pela manhã e sempre é digerido antes do café da manhã, com notícias em primeira mão.

Vamos à luta diária! Friburgo merece nosso desprendimento em prol

do seu crescimento. Ao jornal, o nosso respeito e admiração. Vocês merecem a nossa homenagem.”

José Antônio Carim, 

médico

 

"É com muita felicidade, que parabenizo o jornal A VOZ DA SERRA pelos seus 80 anos de dedicação à informação e comprometimento com o jornalismo de qualidade. Que venham muitos mais anos de sucesso e relevância na vida da sociedade."

Mário Amêndola

 

"Parabenizo o jornal A VOZ DA SERRA pelos seus 80 anos de existência. Sempre contando a história de Nova Friburgo através das notícias. Enalteço também, a memória do saudoso patrono deste veículo, Laercio Ventura."

Francisco Amêndola — Chiquinho da Banca, 

ex-jornaleiro da Avenida Alberto Braune 

 

“Eu e A VOZ DA SERRA somos contemporâneos! Também estou chegando aos oitenta e há pelo menos cinquenta anos acompanho as notícias de nossa querida Friburgo e região por A VOZ DA SERRA.

Recebo o jornal em casa, em papel, e no café da manhã, já fico sabendo o que aconteceu de mais importante, quais as atividades culturais da nossa cidade e até quem nos deixou.

Durante muitos anos lia o Massimo sem saber quem ele era. Diversos outros colunistas nos informam com conhecimento e atualizações. 

Parabéns a toda equipe e principalmente a Adriana Ventura que, honrando seu pai e avô, tanto trabalha para manter A VOZ DA SERRA como o principal jornal da nossa região, trazendo sempre as notícias de forma honesta e verdadeira.”

Joilson Wermelinger

 

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