A Prefeitura acabou de confirmar, no fim da manhã desta segunda-feira, 15, o primeiro caso de Monkeypox, popularmente conhecida como "varíola dos macacos", em Nova Friburgo. O caso foi constatado pelos laboratórios de referência do Estado do Rio e informado à Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a prefeitura, o paciente é um homem na faixa etária de 50 a 59 anos e morador de Friburgo. Ele passa bem, em estado de recuperação e em isolamento, conforme é preconizado.
Há 21 dias, no último dia 25, com o título "Chegando perto", A VOZ DA SERRA noticiava o primeiro caso de “varíola dos macacos” na Região Serrana, ocorrido na cidade vizinha de Teresópolis, distante apenas 46km de Friburgo em linha reta (ou 100km pela RJ-130).. O paciente um dos 107 infectados no estado até então.
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a prefeitura para saber como o município se preparava para um eventual surto. A Secretaria Municipal de Saúde informou que já havia criado um protocolo de cuidado e atendimento para casos que sejam classificados como suspeitos na cidade e busquem assistência na rede pública e privada.
No último dia 23, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde global.
A OMS confirmou na última quarta-feira, 10, alta de 190,7% no número de casos da doença no Brasil. De 22 de julho a 7 de agosto, o país saltou de 592 para 1.721 diagnósticos positivos, segundo relatório - o maior aumento registrado no mundo.
Sobre a Monkeypox
O Ministério da Saúde optou por usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), “Monkeypox”, que também é utilizada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10). O intuito de não usar “varíola dos macacos” é evitar que haja um estigma e ações contra os primatas, pois, embora tenha sido inicialmente detectado neste grupo de animais, o surto atual não tem relação com ele.
O vírus tem esse nome por ter sido descoberto pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em macacos de um laboratório mantidos para pesquisas. No Brasil o primeiro caso foi confirmado no Distrito Federal, no início de julho.
Assim como a Covid-19, a varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.
Os sintomas aparecem após um período de incubação de cerca de 6 a 14 dias. Começa então a fase febril, com manifestações sistêmicas como dor de cabeça, dores musculares, prostração e adenopatias. Entre o 3º e 5º dia do início da febre, podem começar a surgir as erupções cutâneas, que geralmente aparecem primeiro na face e nas palmas das mãos e dos pés. Outras regiões, como genitálias e mucosas, também podem ser afetadas. As lesões apresentam fases de evolução, aparecem como se fossem "espinhas ou bolhas" e evoluem para crostas.
Como a transmissão ocorre durante o contato próximo, com secreções respiratórias, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados, para evitar contaminação, de acordo com a infectologista, a melhor forma de prevenção é evitar o contato com lesões de pele sugestivas da Monkeypox, usar máscaras para proteção das gotículas e secreções respiratórias e evitar compartilhamento de objetos potencialmente contaminados.
A transmissão ocorre até que todas as lesões estejam em crostas. Em geral, a doença evolui sem gravidade e é auto limitada, com resolução entre duas a quatro semanas. Pacientes imunossuprimidos podem ter formas mais graves e devem ser acompanhados.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça os cuidados necessários contra a contaminação pela monkeypox:
- Uso de máscara perto de pessoas com suspeita ou contaminadas
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que estejam com lesão na pele
- Higienizar as mãos com frequência
- Não compartilhar roupas de cama, banho, talheres e objetos pessoais
Deixe o seu comentário