Casos de Covid em Friburgo quase triplicaram em janeiro, mas internações e óbitos caíram

Novo mapa mostra que Região Serrana saiu do risco moderado de contágio, que ainda predomina no estado, para bandeira vermelha
segunda-feira, 07 de fevereiro de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
O gráfico da SMS compara a Covid em Friburgo em janeiro de 2021 e janeiro de 2022
O gráfico da SMS compara a Covid em Friburgo em janeiro de 2021 e janeiro de 2022

Assim como no estado, também em Nova Friburgo os casos de Covid-19 quase triplicaram, embora o número de internados e de óbitos tenha diminuído, no comparativo entre os meses de janeiro de 2021 e 2022. 

Em um ano, a quantidade de casos confirmados subiu de 1.990 para 5.458, de acordo com gráfico divulgado pela prefeitura no sábado, 5. Já o número de óbitos caiu para um quinto, de 40 para oito, enquanto a quantidade de internados caiu de 167 para 133. 

Para a prefeitura, o aumento expressivo de positivos com redução de óbitos e internações se deve à vacinação em massa. Friburgo, por exemplo,  já tem  mais de 95% da população vacinada, segundo os dados oficiais. 

No Estado do Rio, o mesmo comparativo da evolução da Covid entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022 revela que, enquanto o número de casos quase triplicou, o de internações caiu a pouco mais de um quinto e o de óbitos já foi 11 vezes maior, um ano atrás (acima).

De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos subiu, um ano depois, de 86.731 para 243.756. Já o número de internações caiu de 8.797 para 1.849 e o de óbitos despencou de 4.146 naquele mês para 358 em janeiro deste ano. 

Ou seja, apesar de o número de casos em janeiro de 2022 ser 181% maior que o registrado no mesmo período de 2021, o número de internações é 78,9% menor e o número de óbitos, 1.078% menor.

Para o estado, Serrana é bandeira vermelha

Pela primeira vez em 2022, o Estado do Rio voltou, neste fim de janeiro, a ter duas regiões em bandeira vermelha, totalizando 17 cidades com alto risco  de contágio. São elas o Noroeste Fluminense e a Baía da Ilha Grande, que engloba os municípios turísticos de Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba.

Já  a 67ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada na última sexta-feira, 4,  mostra que o Estado do Rio como um todo permanece em bandeira laranja, de risco moderado. A análise faz a comparação da quarta semana epidemiológica, de 23 a 29 de janeiro, com a segunda, de 9 a 15 de janeiro.

O novo mapa mostra uma melhora nas regiões Metropolitana II e Baixada Litorânea, que passaram da bandeira laranja, de risco moderado, para a bandeira amarela, de baixo risco. A Região da Baía da Ilha Grande passou da bandeira vermelha, com risco alto, também para a bandeira amarela. As regiões Metropolitana I, Médio Paraíba, Centro Sul e Norte permanecem em risco moderado, com bandeira laranja. A região Noroeste permanece em bandeira vermelha, com alto risco, e a Região Serrana saiu do risco moderado, bandeira laranja, para o alto risco, bandeira vermelha.

No período analisado, as internações reduziram de 294  para 268 e os óbitos, de 106 para 204. Os indicadores apontaram que, de 25 de janeiro a 1º de fevereiro, a taxa de positividade para SARS-CoV-2 em testes RT-PCR foi de 64%. Na última quarta-feira, 2, a taxa de ocupação de leitos para Covid-19 estava em 64% para UTI e 46% para enfermaria.

“A Ômicron já atingiu o pico e agora estamos começando a observar uma redução nos indicadores. Algumas regiões, como a Metropolitana II, a Baixada Litorânea e a Baía da Ilha Grande, já estão refletindo essa melhora e entrando em baixo risco de transmissão da Covid-19. Outro ponto importante é a taxa de positividade para a doença nos Centros de Testagem do estado, que saiu de mais de 40% para 12%", disse o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Levantamento da Secretaria estadual de Saúde apontou que a média móvel nos atendimentos a casos de síndromes gripais, que inclui a Covid-19, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) do estado tiveram queda de cerca de 60% na última semana. A análise mostra que, entre os dias 20 e 26 de janeiro, a média móvel foi de 2509 atendimentos diários. Já entre os dias 26 de janeiro a 2 de fevereiro, a média móvel ficou em 988 atendimentos diários.

Situação na capital

A cidade do Rio de Janeiro, por sua vez,  registrou nos primeiros 26 dias do ano 228.129 casos de Covid,  número  maior do que todos os casos confirmados no primeiro ano de pandemia: 218.033. O perfil epidemiológico foi atualizado no último dia 27 pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 2021, o número total de casos na capital fluminense foi de 293.334. Este ano, a faixa com maior número de casos está entre 30 a 39 anos.

Embora o número de casos tenha disparado por conta da variante Ômicron, o número de óbitos registrados pela covid-19 este ano é de 160. No ano passado, foram 16.108 mortes e em 2020, 42.629. A taxa de letalidade está em 0,1% este ano; contra 5,6%, em 2021; e 8,7%, em 2020.

 

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TAGS: saúde