Reconhecido há anos como uma referência mundial em termos de estímulos ao aleitamento materno, o Brasil busca avançar para garantir que as mães, principalmente aquelas que trabalham fora de casa, tenham condições para amamentar seus filhos pelo máximo de tempo possível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade.
Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças. O leite materno é o alimento mais completo para os primeiros meses de vida, contribuindo para um crescimento mais saudável do bebê, já que é ele que possui nutrientes e anticorpos fundamentais para a saúde e resistência do bebê.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 1986, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Em 2008, já tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamentação exclusiva chega aos 46%. Percentual próximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos países até 2025. Além disso, seis em cada dez (60%) crianças são amamentadas até completar 2 anos de idade.
Para reforçar essa importante ação em prol da saúde das crianças foi lançada na segunda-feira, 1º, mais uma Campanha Nacional de Aleitamento Materno. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a iniciativa visa a esclarecer e conscientizar a população sobre a importância da amamentação, e se insere na Semana Mundial do Aleitamento Materno, promovida pela Aliança Global pela Amamentação (Waba). Este ano, a campanha nacional, que tem como lema Fortalecer a Amamentação: Educando e Apoiando, foca não só nos pais, mas também nos trabalhadores da saúde.
“Mães e pais sabem a importância de um profissional bem orientado abordar as dúvidas recorrentes no momento inicial da amamentação. Seja para mães de primeira viagem, seja para aquelas que já têm mais de um filho, [a orientação é importante] pois amamentar é sempre diferente. A cada [novo] filho, algo é diferente”, disse a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Janini Selva Ginani.
Atividades na Maternidade Mário Dutra de Castro
Durante todo este mês, quando se promove também o movimento “Agosto Dourado", para a conscientização sobre a importância da amamentação, estão programadas diversas atividades em Nova Friburgo para estimular o aleitamento das crianças de até 2 anos. Nesta quarta-feira, 3, às 14h, haverá um circuito de palestras no Hospital Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro, no Centro, para gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias) com orientações sobre o aleitamento.
Licença maternidade
Em Brasília, durante o lançamento da campanha nacional de estímulo a amamentação, na segunda-feira, a representante do Ministério da Saúde, Janini Selva Ginani, também destacou a necessidade de garantias legais que protejam e estimulem as trabalhadoras a amamentar seus filhos, como a concessão de licença trabalhista que permita que elas se dediquem às crianças pelo máximo de tempo possível.
“Licenças maternidade inferiores a seis semanas aumentam em 400% a probabilidade da mulher não amamentar o seu filho ou [recorrer ao] desmame precoce”, alertou Janini, pontuando que, no Brasil, já há exemplos de boas práticas, tais como as empresas cidadãs, estimuladas a conceder 180 dias de licença às funcionárias gestantes – 60 dias além dos 120 previstos em lei. “A questão das trabalhadoras informais, contudo, é [um aspecto] no qual precisamos avançar para protegê-las”, alertou. (Com informaçõs da Agência Brasil)
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