Atividade dos catadores de recicláveis poderá ser desburocratizada

Proposta foi aprovada pelos deputados estaduais e depende de sanção do governador para virar lei
quarta-feira, 06 de novembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Catadores de materiais recicláveis poderão ser reconhecidos no Estado do Rio de Janeiro como realizadores de atividades de baixo risco. O objetivo é que estes profissionais não tenham que emitir qualquer ato público de liberação, diminuindo a burocracia. Essa é a proposta do projeto de lei 4.296/2021, de autoria do deputado estadual Carlos Minc (PSB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, na semana passada, em segunda discussão. O texto seguiu para análise do governador Cláudio Castro, que poderá sancioná-lo tornando-o lei estadual, ou vetá-lo. 

A medida complementa a lei 8.953/20, que regulamentou no Estado do Rio a lei federal 13.874/19, conhecida como Lei da Liberdade Econômica. A lei fluminense elencou uma série de atividades que não necessitam de ato público de liberação. O projeto de Minc quer incluir a recuperação de materiais - Classificação Nacional das Atividades Econômicas: 3839-4/99 - no rol de atividades estabelecidas pela lei vigente.

A Lei da Liberdade Econômica define como atos públicos de liberação a licença, a autorização, a concessão, a inscrição, a permissão, o alvará, o cadastro, o credenciamento, o estudo, o plano, o registro e os demais atos exigidos, sob qualquer denominação, por órgão ou entidade da administração pública na aplicação de legislação, como condição para o exercício de atividade econômica.

“As cooperativas e associações formadas por catadores e catadoras de materiais recicláveis são responsáveis pela maior parte dos materiais que voltam para a cadeia produtiva, especialmente embalagens e resíduos de embalagens, ampliando a vida útil dos aterros sanitários e contribuindo para o meio ambiente e diminuindo o aquecimento global”, explicou Minc.

“Essas pessoas físicas de baixa renda precisam de agilidade administrativa para desempenharem sua atividade sem as amarras burocráticas que muitas vezes os condenam à clandestinidade”, concluiu o parlamentar.

 

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