A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em primeira discussão, na semana passada, o projeto de lei 1.466/19, de autoria do deputado estadual Márcio Canela (União Brasil), que obriga os bancos a fornecerem senhas de atendimento em braile e caracteres ampliados para facilitar o atendimento de deficientes visuais. A medida, se aprovada por força de lei estadual, também prevê a extensão desses benefícios a estabelecimentos comerciais que não tenham dispositivo sonoro para pessoas com deficiência visual. A proposta do deputado Canella ainda precisa passar por uma segunda votação no plenário da Alerj.
A proposta altera a lei 7.568/17, que prevê o uso dos avisos sonoros, incluindo também a possibilidade da disponibilização de um atendente para informar a numeração da senha emitida. Além disso, o aviso sonoro para chamada da senha deverá ser seguido do número da senha e o guichê de atendimento.
No caso de descumprimento, os estabelecimentos poderão pagar multa de R$ 13,6 mil, que será dobrada em caso de reincidência, sendo revertida para o Fundo para a Integração da Pessoa com Deficiência destinado a gerir recursos e financiar as atividades do Conselho Estadual para a Política de Integração da Pessoa com Deficiência. Essa medida não exclui as demais punições previstas no Código de Defesa do Consumidor.
"Ainda nos dias de hoje, os deficientes visuais adentram em estabelecimentos que se utilizam deste sistema de senhas e se deparam com o mesmo obstáculo que é a falta de adaptação do sistema de senhas de espera para os deficientes visuais, não obstante a vigência desde 2017 da lei que se pretende alterar. Ao deficiente visual é entregue uma senha impressa sem, no entanto, a identificação da mesma em braile, o que para ele não vale de nada. Mas o problema não cessa por aí, pois a chamada nos painéis e TVs contam apenas com um sinal sonoro, porém, que não identifica auditivamente o número da senha e o guichê de atendimento", explicou o deputado estadual Márcio Canella.
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