Final das férias, início dos trabalhos

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Fim do recesso, hora de recomeçar com minha coluna das quartas feiras, sendo essa a primeira de 2025. Passamos o final de ano em Cabo Frio, um verdadeiro horror, não fosse a tranquilidade de nosso condomínio, no bairro Braga, não teríamos suportado. Cidade lotada, com mais de um milhão de visitantes, o que torna o trânsito um horror, ainda mais com ruas esburacadas, fruto da incompetência e sensibilidade da prefeita, que já se foi, graças a Deus. Some-se a isso a presença de turistas de todos os naipes, muitos sem um pingo de educação e civilidade, espalhando lixo por todos os lugares, com caixas de som em alto volume (felizmente proibidas pelo atual prefeito), completo desrespeito à lei do silêncio.

Em férias, muitos turistas deixam a educação em casa e acham que podem cometer todos os tipos de desatinos, sob a desculpa de que trazem dinheiro para a cidade. Um engano, pois o turista de Cabo Frio é, na maioria das vezes, indesejável. Casas alugadas que no máximo cabem oito pessoas, com lotação acima de 20, comida e bebida trazida de suas cidades o que contribui para a poluição das praias e dos logradouros, enfim uma bagunça.

 O prefeito atual, Dr. Serginho, tem a intenção de dar um choque de ordem na cidade, mas, infelizmente, vai gastar praticamente todo o seu mandato para efetuar seu desejo, pois quatro anos serão pouco; ainda mais numa cidade que está com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. Não devemos nos esquecer que Cabo Frio tem uma das piores classes políticas do estado, onde o bem comum sempre foi substituído pelo desejo, na maioria das vezes espúrio, de prefeitos, vereadores e secretários.

 Dia 3 de janeiro voltamos para Friburgo, e encontramos uma cidade como aquela dos anos 90. Como grande parte de seus moradores foram para a extensão praiana da cidade, em Rio das Ostras, o trânsito fluía bem, exceto o engarrafamento crônico do Paissandu, lojas mais vazias, restaurantes mais acessíveis, a tranquilidade de volta, aquela mesma que se perdeu com a chegada de moradores que subiram a serra, para fugirem da violência do Rio de Janeiro e adjacências. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção é que em Cabo Frio, quando não dá praia nessa época, numa cidade de poucos atrativos e com as casas superlotadas, o jeito é ir para o shopping. E aqui um fenômeno interessante, pois é tanta gente circulando que chega a ter engarrafamento de pessoas. Em Friburgo, ao contrário, o movimento dos shoppings até diminui.

 Estamos com um verão chuvoso, com enchentes em São Paulo e demais estados do sul, o sudeste menos açoitado e as regiões central, norte e nordeste também com índices pluviométricos bem altos. Aqui, temos tido chuvas fortes, mas a cidade tem resistido bem às intempéries, apenas a temperatura que, em muitos dias, confundem nossa cabeça, nos faz pensar que já estamos no outono.

 Que a passagem de ano tenha sido boa para todos os meus leitores, que 2025 seja um ano de poucas aflições, de realizações, com muita saúde, paz e tranquilidade. Devo confessar que começamos o ano com muita preocupação, pois meu cunhado foi operado de um provável sarcoma de mesentério (é uma dobra do peritônio, nome dado ao revestimento da cavidade abdominal, que une grande parte do intestino delgado com a parede posterior do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar”), que pesou quase oito quilos. Felizmente, tudo correu bem, ele está em franca recuperação. O exame histopatológico da peça cirúrgica sai em duas semanas, para que se possa determinar os próximos passos do tratamento.

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