A data comemorativa, instituída em 2017, é um símbolo de luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez, que pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade sob variadas formas.
OMS adverte que 1 em cada 4 pessoas terão problemas auditivos até 2050
Seus prejuízos são diversos e, comumente, provoca alterações na comunicação com grande impacto na saúde e na qualidade de vida, no desenvolvimento acadêmico e nas relações de trabalho.
Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2021, em Genebra, adverte que quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo ou 1 em cada 4 pessoas terão problemas auditivos até 2050. Pelo menos 700 milhões dessas pessoas precisarão de acesso a cuidados auditivos e outros serviços de reabilitação, a menos que medidas sejam tomadas.
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 mostrou que 2,3 milhões de brasileiros (1,1% da população brasileira) declararam possuir muita dificuldade ou não conseguem ouvir de modo algum.
Nem sempre damos a devida atenção à nossa audição, mas cuidar de nossa saúde auditiva é de extrema importância, pois a perda auditiva não tratada pode ter um impacto devastador na capacidade das pessoas de se comunicarem, trabalhar e estudar. Além disso, pode também afetar a saúde mental das pessoas, o isolamento social e até a capacidade de manter relacionamentos.
O perigo dos fones de ouvido
Quais seriam então os cuidados para nos proteger? Em crianças, quase 60% das perdas auditivas podem ser evitadas por meio de medidas como imunização para prevenção da rubéola e meningite, realização da Triagem Auditiva Neonatal, melhoria da atenção materna e neonatal e tratamento precoce da otite média (doença inflamatória do ouvido médio).
Já nos adultos, a causa mais comum de perda auditiva se dá pela ‘presbiacusia’ — diminuição da acuidade auditiva relacionada ao envelhecimento por alterações degenerativas —, que costuma ter início a partir dos 50 anos.
A resultante dificuldade na comunicação, o isolamento social, a depressão e a diminuição da qualidade de vida de seus portadores geram um importante problema de saúde, além de onerar de forma significativa o sistema público de saúde.
É muito importante adotar um estilo de vida saudável, com alimentação mais natural, livre de açúcares e farinhas refinadas, excesso de sal, corantes e conservantes, prática de atividade física regular, sono de qualidade e gerenciamento do estresse e ansiedade.
Outra medida importante é sobre a prática do uso do cotonete cujas hastes flexíveis são comumente utilizadas para a limpeza do conduto auditivo externo, onde se encontra o cerume. Porém, essa prática é desaconselhada assim como o uso de qualquer outro objeto, devido ao grande risco de lesão no local, como cortes, perfurações do tímpano e deslocamento dos ossículos da orelha média.
A consequência da perfuração, por exemplo, é a perda auditiva, geralmente do tipo condutiva, acompanhada por sintomas como zumbido, autofonia e infecções da orelha média. Excesso de coceira ou de cerume, é importante procurar o otorrinolaringologista.
Outro assunto que merece atenção é o uso cada vez mais comum dos fones de ouvido, atitude rotineira em nossa sociedade. Com a pandemia da Covid19, aumentou o número de aulas online, videoconferências no trabalho e até videochamadas em família, com o uso de fones de ouvido na maioria dos casos.
A OMS divulgou recentemente algumas notícias alarmantes. Pensa-se que 1,1 bilhão de jovens correm o risco de desenvolver perda auditiva devido a exposição a ruídos altos.
A entidade também descreveu ambientes ruidosos, como bares, clubes e locais de música alta como fatores de risco e potenciais causadores de danos à audição, com destaque para o alto volume de música usando fones de ouvido em smartphones. Este hábito, por longos períodos, pode causar problemas irreversíveis e perda de audição que afetará seu percurso ao longo da vida.
(Fonte: blogcocleativa.com)
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