As obras do Hospital Regional de Oncologia Francisco Faria, o Hospital do Câncer de Nova Friburgo, iniciadas há três meses, estão dentro do cronograma esperado, de acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. O empreendimento, na Ponte da Saudade, gerou empregos no setor de construção civil. Só no canteiro de obras são 80 operários em diversas frentes, como demolição, construção de alvenaria, adequação da parte externa, instalações e acabamento. Segundo a Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras (Seinfra), responsável pela obra, será preciso contratar mais pessoas.
De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, em junho e julho, Nova Friburgo teve 41 novas vagas na construção civil. Esse número corresponde a 32% do total de vagas, 126, geradas pelo setor esse ano, muitas para o Hospital do Câncer. A construção civil ocupa a segunda posição em geração de empregos no município, entre janeiro e julho, ficando atrás apenas do setor de serviços. Durante todo o ano passado, a construção civil foi responsável por 76 novos empregos em Nova Friburgo. Somente nos sete primeiros meses deste ano, o setor cresceu mais de 175% na geração de emprego em relação a 2021.
Além do hospital, a Seinfra também fará a recuperação das vias de acesso ao prédio do antigo Centro Adventista de Vida Saudável (Cavs). O projeto está sendo desenvolvido pela prefeitura e deverá ser licitado pelo Estado.
As obras
De acordo com o vereador José Roberto Folly, que sempre esteve à frente na luta pela retomada das obras do hospital, a instalação de uma manta impermeabilizante para evitar infiltrações da água das chuvas está sendo finalizada, além da reforma do telhado. “O estacionamento também deve ficar pronto em breve. Enquanto a parte externa vai sendo feita, a interna está sendo preparada para receber as mudanças previstas no novo projeto”, observa Folly. A Seinfa informou, em nota, que está executando os projetos executivos e que os prazos estão sendo executados conforme o cronograma físico financeiro.
As ruas de acesso ao futuro hospital são calçadas com paralelepípedos desnivelados, portanto, sem condições de suportar o número de veículos que tende a aumentar na região, já que o hospital atenderá a pacientes de, pelo menos, 19 municípios. A Seinfra fará as obras necessárias seguindo projeto da Secretaria Municipal de Obras. As vias de acesso são a partir do bairro Ypu, pela Rua Felipe Camarão e Mury.
O projeto
A obra do hospital está orçada em R$ 51 milhões e executada em um terreno de aproximadamente 82.300 metros. A expectativa de término é junho de 2023. O projeto foi preparado pelo Governo do Estado e a unidade oferecerá atendimento a pacientes oncológicos adultos. Contará com emergência regulada, cirurgias, internação clínica e cirúrgica, terapia intensiva, diagnóstico, terapia e reabilitação, além de oncologia clínica, com central de quimioterapia, consultas ambulatoriais, laboratório de análises clínicas, serviço de anatomia patológica e centro de imagem, para o diagnóstico diferencial e definitivo, estadiamento e acompanhamento dos pacientes cadastrados.
Um sonho antigo
Em 2012, o então governador Sérgio Cabral, assumiu o compromisso de entregar o Hospital do Câncer com 120 leitos, dez UTIs, 30 leitos para tratamento infantil, além de três salas cirúrgicas e um centro de imagens. O prédio do antigo Cavs foi desapropriado pelo Estado e a Empresa de Obras Públicas (Emop) começou as obras de adaptação ainda em 2012, mas por pouco tempo. O governador pretendia inaugurar a unidade dois anos depois, ou seja, em 2014, mas não foi o que aconteceu.
Em 2016, o hospital, previsto para atender cerca de 500 mil pessoas por ano, deveria ter sido inaugurado, segundo anúncio do então governador Pezão. Esta foi a segunda data de inauguração, também não realizada.
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