A 70ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, publicada pela Secretaria de Estado de Saúde na sexta-feira, 25, mostra que o Estado do Rio permanece em classificação de baixo risco para a doença, representado pela bandeira amarela. A comparação entre a sétima semana epidemiológica deste ano, de 13 a 19 de fevereiro, com a quinta semana, de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, aponta que sete regiões do estado permanecem em bandeira amarela: Médio Paraíba, Serrana, Norte, Metropolitana I, Metropolitana II, Baixada Litorânea e Baía da Ilha Grande. A Região Centro-Sul continua classificada em bandeira laranja (risco moderado). A Região Noroeste se mantém em bandeira vermelha (risco alto).
A análise do período mostra que o número de internações caiu de 788 para 120. Os óbitos reduziram de 487 para 159. Os indicadores apontaram que, no período de 15 a 22 de fevereiro, a taxa de positividade para SARS-CoV-2 em testes RT-PCR realizados em unidades do SUS no estado foi de 25%. Na quinta-feira, 24, a taxa de ocupação de leitos para Covid-19 estava em 45,6% nas UTIs e 27,5% nas enfermarias.
"A Secretaria de Saúde continua atenta aos indicadores da doença e ao cenário epidemiológico, especialmente nas regiões que ainda não acompanham o mapa do estado: a Noroeste e a Centro-Sul. Percebemos a consolidação da redução de casos causados pela variante Ômicron, além da queda sustentada de óbitos e internações por Covid-19", disse o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Nesta edição do Mapa de Risco, 78 municípios estão classificados com bandeira amarela (risco baixo) e 14 municípios com bandeira vermelha (risco alto). Embora a Região Centro-Sul esteja com bandeira laranja (risco moderado), todos os municípios desta região foram classificados com bandeira amarela (risco baixo). Isso ocorreu porque dois municípios tiveram um óbito a mais cada na comparação entre as semanas epidemiológicas analisadas, enquanto outros três municípios mantiveram o mesmo número de óbitos. No acumulado da região, houve um aumento de 30% de óbitos, refletindo a variação de 13 óbitos para dez óbitos, entre as duas semanas analisadas.
A situação em Friburgo
Em Nova Friburgo, o mais recente boletim sobre a pandemia, divulgado pela Prefeitura de Nova Friburgo também na quinta, 24, revelou uma situação bem confortável na cidade, em comparação com o início do mês. Os testes de Covid-19 diários realizados em pontos de triagem do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, que já estiveram acima de mil, baixaram para apenas 120, com somente 29 casos positivos (24,16%). Os negativos (91) chegaram a 75,84% do total do dia.
Nos hospitais de Nova Friburgo, somando as redes pública e particular, a situação, que já chegou no limite da saturação, também é tranquila, mesmo com dez leitos de CTI a menos no Hospital Municipal Raul Sertã, por conta de profissionais de saúde infectados pela Covid-19. A taxa de ocupação nas enfermarias estava em 14% e nas UTIs, 13%.
O total de casos positivos desde o início da pandemia soma agora 28.820, sendo 891 entre profissionais de saúde, com seis óbitos na categoria. Os negativos totalizam 26.453. Há ainda três casos suspeitos, em investigação. O total de óbitos na cidade está agora em 912.
Os pontos de testagem de Covid não vão funcionar neste feriadão de carnaval.
Para o especialista Rafael Spinelli, que vem acompanhando a evolução da doença no município desde o início e atuando como consultor para setores empresariais e autoridades públicas de saúde, existe uma forte indicação de que já passamos pelo pico causado pela onda da Ômicron, com as taxas de transmissão já em uma situação sob controle e com redução na taxa de crescimento na última semana. "A taxa de ocupação de leitos também se encontra em um nível razoável de controle, mas ainda requer atenção, assim como o número de óbitos que, embora esteja reduzido, ainda está acima do histórico pré-Ômicron, antes de dezembro de 2021", analisou ele, a pedido de A VOZ DA SERRA.
Em entrevista ao jornal O Globo na semana passada, o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), disse que “estamos caminhando para o fim da pandemia”. Ele estima que em breve será possível relaxar o uso de máscaras e alerta para a necessidade de ampliar a quarta dose para os idosos, em especial aqueles que tomaram três aplicações da Coronavac.
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