Governador promete a líderes locais da Firjan prioridade na redução de impostos

Empresários do Centro-Norte Fluminense aproveitaram visita de Claudio Castro para apresentar pleitos em prol do desenvolvimento regional
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
A presidente da Firjan regional, Marcia Carestiato (Divulgação)
A presidente da Firjan regional, Marcia Carestiato (Divulgação)

Empresários da Firjan entregaram ao governador em exercício, Cláudio Castro, na tarde deste domingo, 10, em Nova Friburgo, um documento que enumera os principais pleitos do setor industrial do Centro-Norte Fluminense nas áreas de infraestrutura, ambiental, administrativa e fiscal. O governador afirmou que a “redução dos impostos é prioridade no governo”.

O documento está alinhado ao Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, uma agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses.

Um dos pleitos apresentados foram melhorias de conservação e sinalização nas rodovias estaduais RJ-116 (principal ligação com a região metropolitana) e RJ-142 (a Rodovia Serramar), além da construção dos contornos rodoviários de Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Macuco, retirando veículos de carga das áreas centrais dessas cidades e diminuindo os custos de logística.

“As questões apresentadas ao governador são essenciais para a continuidade das empresas e desenvolvimento da região. A criação de novos negócios e a abertura de postos de trabalho passam pelas políticas de incentivos fiscais do governo, principalmente, quando não se consegue competir em igualdade com os estados vizinhos. Além disso, a qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana é um dos fatores decisivos para a atratividade de investimentos”, analisou Márcia Carestiato Sancho, presidente da Firjan Centro-Norte e integrante do grupo de empresários que se encontrou com Cláudio Castro.

Sobre o Fundo Orçamentário Temporário (FOT), um dos temas levados pela Firjan ao encontro, o governador disse que o Rio deve viver livre da arrecadação extraordinária dos Fundos: “A carga tributária da indústria do Rio de Janeiro é pesadíssima, talvez a mais pesada do Brasil. Não se pode taxar mais do que já se cobra. O estado precisa se ver livre dessa arrecadação extraordinária dos fundos. Precisar gastar apenas o que arrecada e nada mais”, esclareceu.

Em relação à redução do custo do combustível, defendido pela Firjan para o aumento da competitividade das empresas, Cláudio Castro anunciou que colocará em prática a redução do preço da gasolina e que já discute investimentos no setor ferroviário que permitirão a expansão do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense.

Lideranças setoriais em destaque no encontro

Outras lideranças industriais da Firjan falaram ao governador e à plateia de líderes locais durante o encontro. Antônio Carlos Celles Cordeiro, presidente do Conselho Empresarial de Agronegócio e Produtos Alimentares da Firjan, destacou a criação do conselho e disse que o colegiado de empresários ajudará o interior. “O Rio não tem políticas públicas para o segmento de fabricação/produção de alimentos. É necessário um projeto de longo prazo para aumentar a produtividade e tornar o Rio autossuficiente, já que o estado é um grande consumidor e importa 80% dos alimentos de outros estados”, explicou.

Mauro Alvim, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Nova Friburgo (Sindmetal), pediu investimentos de infraestrutura no interior para frear o processo de desindustrialização e permitir que as empresas do setor possam se adequar para vender para o mercado de Óleo e Gás. Já Marcelo Porto, presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Nova Friburgo e Região (Sindvest), agradeceu o esforço para manter a Lei da Moda para garantir o equilíbrio das indústrias de confecção e o crescimento do segmento: “Apesar dos convites que as empresas recebem para ir para outros estados, seguimos acreditando no Rio e na nossa região”, relatou.

O Centro-Norte é formado por 12 municípios e tem sua economia baseada na indústria de transformação e agropecuária. Os segmentos metalmecânico e de vestuário lideram a oferta de postos de trabalho, mas também contam com a indústria cimenteira, de plásticos e de alimentação, além do turismo com participação relevante na economia estadual.

 

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TAGS: negócios | Governo