Conforme noticiado por A VOZ DA SERRA na edição do último fim de semana, desta segunda-feira, 7, até o próximo domingo, 13, considerando o expressivo aumento no número de novos casos de Covid-19 e na taxa média de ocupação dos leitos destinados ao tratamento desses pacientes, as atividades produtivas em Nova Friburgo obedecem às normas instituídas para a bandeira vermelha. Conforme o decreto 819, publicado no Diário Oficial eletrônico do município na última sexta-feira, 4, o funcionamento dos setores dentro do sistema que regula a retomada gradual da economia na cidade sofreu alterações.
Neste cenário, as principais entidades representativas do comércio e das indústrias friburguenses - Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) se mostraram surpresos com a adoção da bandeira vermelha, no entanto, se posicionaram favoravelmente ao que impõe o novo decreto municipal.
CDL e Sincomércio aprovam ampliação do horário
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, Braulio Rezende, informou que apresentou ao prefeito ponderações dos empresários sobre a necessidade de se estender o horário do comércio na bandeira vermelha, com o objetivo de evitar aglomerações nas lojas. “Mostramos ao prefeito que, se o comércio abrisse em período reduzido, o número de consumidores nas ruas e nas lojas durante o expediente iria aumentar muito. É mais prudente que o atendimento aos consumidores aconteça de maneira diluída, evidentemente seguindo as regras sanitárias em vigor”, defendeu Braulio.
Ele lembrou ainda que a convenção coletiva da categoria, firmada entre o Sincomércio e o Sindicato dos Empregados no Comércio, já prevê ampliação do horário de funcionamentos das lojas até 20h desde o último dia 1º ao próximo sábado, 12, em razão do movimento de vendas para o Natal. Ele reiterou que a CDL e o Sincomércio vêm orientando as empresas a redobrar os cuidados neste momento de maior propagação do coronavírus e de crescimento de casos confirmados de Covid-19 na cidade.
“Insistimos para que as empresas façam higienização extra dos ambientes de trabalho, impeçam aglomerações, não deixem funcionários e clientes sem máscaras nas lojas, ofereçam álcool em gel para todos. Observamos que o comércio de Nova Friburgo tem respeitado essas medidas”, comentou o presidente da CDL e do Sincomércio.
Acianf também é a favor
O presidente da Acianf, Júlio Cordeiro, também se mostrou surpreso quanto à adoção da bandeira vermelha esta semana, mas acredita que medidas mais restritivas sejam necessárias para que a curva de contágio da doença possa ser achatada na cidade. “A modificação dos critérios e a determinação da bandeira vermelha nos pegou de surpresa, uma vez que a tendência seria a implantação da bandeira laranja em Nova Friburgo. De qualquer maneira, acreditamos que a extensão do horário de abertura do comércio evitará aglomerações, o que é uma medida preventiva benéfica para a diminuição da propagação do vírus”, afirmou Cordeiro.
Ele ainda completou: “Teremos, portanto, um resultado positivo, num momento de extrema importância para o comércio, que é o Natal, onde uma grande demanda de pessoas estará indo às compras. Por outro lado, outros segmentos terão restrições maiores. Esperamos que isso seja passageiro, mas entendemos que a população de modo geral, deve estar mais atenta quanto aos cuidados necessários. A maior necessidade agora é que o poder público tome providências para ampliar o número de leitos do Hospital Raul Sertã de modo a suportar a segunda onda de casos de Covid-19 em nossa cidade”, finalizou o presidente da Acianf.
Como fica em bandeira vermelha
O decreto 820, publicado na segunda-feira, 7, no Diário Oficial eletrônico da prefeitura, traz uma nova mudança. A abertura de restaurantes, bares, lanchonetes e congêneres pode se dar com 30% da capacidade e distância mínima de 1,5 metro entre os clientes, bares das 7h às 20h e restaurantes, das 7h às 23h. Após esses horários, somente na modalidade delivery ou retirada do produto embalado.
Pelo novo decreto, a prefeitura ratificou a suspensão do funcionamento de casas de festas e salões sociais e proibiu novamente música ao vivo em bares e restaurantes por 15 dias. Outra mudança importante foi a separação de bares e restaurantes. Até então, eles eram tratados no mesmo artigo dos decretos (bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres).
A partir de agora, os segmentos foram divididos em “estabelecimentos que possuam como atividade econômica principal de restaurante com fornecimento de refeições aos clientes sentados em cadeiras e/ou bancos nas mesas” e “bares, lanchonetes e estabelecimentos congêneres”. Em bandeira vermelha, o primeiro pode funcionar das 7h às 23h com capacidade reduzida a 30%, enquanto o segundo terá de fechar as portas às 20h.
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