No oitavo e último dia de sabatinas virtuais com os candidatos a prefeito, a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) recebeu nesta sexta-feira, 30, os candidatos a prefeito Dr. Luis Fernando (Pros) e Delegada Danielle Bessa (PSL). Pela manhã, Luis Fernando apresentou suas principais propostas durante 20 minutos. Num segundo momento, ele respondeu a perguntas elaboradas pela Acianf, pelos participantes que assistiam a transmissão e de A VOZ DA SERRA, único veículo de imprensa a participar de todos os encontros até o momento.
Questionado sobre como fazer para que os atendimentos de consultas nas uniddes do Sistema Único de Saúde (SUS) fossem mais eficientes, o candidato disse que é preciso desburocratizar o sistema de marcação de consultas e valorizar os médicos especialistas. “Primeiro vamos valorizar a estratégia de saúde da família, depois valorizaremos os médicos especialistas. Quando comecei a atender nos postos de saúde da cidade, para marcar uma consulta com clínico geral não havia fila, mas para especialista era um problema. Se eu, no Raul Sertã fizer um encaminhamento para o paciente se consultar com um cardiologista, por exemplo, no posto de saúde vão dizer que o meu encaminhamento não serve e que será preciso passar por um clínico geral do posto para ele encaminhar ao especialista e com isso demora três meses para o paciente conseguir a consulta. É preciso um modelo de gestão inteligente e que funcione. E por isso é importante pensar na saúde secundária. É preciso resgatar os médicos que saíram do Raul Sertã, hoje às segundas e quartas não há médico”, disse.
Perguntado por A VOZ DA SERRA, sobre como sua gestão trabalharia para facilitar o acesso dos friburguenses ao Portal da Transparência da prefeitura, o candidato salientou a importância de um folha salarial enxuta. “É importantíssimo ter transparência. Quem não deve, não teme. É preciso ter uma reforma administrativa imediata da prefeitura. Temos hoje uma folha salarial de R$ 25 milhões, com um orçamento de R$ 600 milhões. Se gastar tudo com pagamento de funcionários, com muito cabide de emprego, não se consegue fazer nada no município. O Portal da Transparência é importante até para proteger o prefeito. Porque quando mexer na ferida, todo mundo vai vir em cima de mim. A transparência é tudo e o diálogo, também.”, concluiu.
Já à tarde, a candidata Delegada Danielle Bessa (PSL) também falou de suas principais propostas por 20 minutos e num segundo momento, respondeu a perguntas elaboradas pela Acianf, pelos participantes que assistiam a transmissão e de A VOZ DA SERRA. Perguntada sobre a geração de empregos onde há sazonalidade de atividades comerciais, como o setor turístico e da construção civil, são geradoras de empregos na cidade, a candidata informou que pretende fortalecer o setor de e-commerce.
“Um setor que deu um retorno muito grande foi o de e-commerce. Vários empresários alavancaram suas vendas com o comércio eletrônico, que veio para ficar, assim como a pandemia que, infelizmente, veio para ficar. A queixa dos empresários é a falta de mão de obra qualificada para esse setor. Uma maneira de criar empregos é qualificar a mão de obra, através de parcerias com o Sistema S (Senai, Sesi e Sesc), e expandir o comércio eletrônico. Temos uma localização geográfica favorável, estamos no centro do estado. Temos uma gabaritação no setor de distribuição. Temos que buscar outras empresas que trabalhem com e-commerce. Essa posição favorável nos traz a expectativa de buscar investimentos nesse setor. Os distribuidores teriam aqui o seu QG para todo o estado”, disse.
Questionada por A VOZ DA SERRA sobre as medidas de suporte e segurança ao público LGBT+ a candidata diz que pretende combater a homofobia no município com rigor. Sobre a possível inclusão da Parada Gay ao calendário oficial de eventos da cidade, Danielle não fecha as portas, mas não crê ser possível por achar que o perfil do município seja conservador.
“Eu tinha contato com as mulheres trans quando era delegada titular da Deam e há um órgão da prefeitura que já atende o público LGBT+. Ao município não cabe exercer diretamente a segurança pública, mas o que pudermos fazer para combater a homofobia, buscar parcerias com as policiais civil e militar, Guarda Municipal, para que todo evento que haja homofobia seja imediatamente conduzido, que responda. Eu acredito muito no respeito ao próximo e na família. Se em qualquer momento houver desrespeito, a pessoa deve responder por isso. Vindo para o âmbito da assistência social, pretendo propiciar atendimento psicossocial para todas essas pessoas, juntamente com os demais friburguenses. O plano do município com relação a segurança esbarra com o combate a homofobia. Em relação a Parada Gay no calendário, acredito que a população de Nova Friburgo seja mais tradicional, vindo do meu partido. Acredito que não seja desejo da maioria da população que haja essa Parada Gay no calendário oficial. Se ao contrário ficar denotado, penso muito que temos que seguir a maioria. Se ficar comprovado que há o interesse, poderá vir a ser. Nada é definitivo, mas num primeiro momento acredito que não haja esse interesse”, concluiu.
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