Neste dia 22 de setembro é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, uma iniciativa que busca conscientizar as pessoas sobre o uso responsável dos automóveis com meios de locomoção alternativos. Instituída em 1997 na França, a data foi adotada por diversos países que se juntaram na causa, incluindo o Brasil.
Os principais motivos para a criação da data são a diminuição de poluentes na atmosfera e a melhor qualidade de vida das pessoas. Atualmente são 1,2 bilhão de automóveis ao redor do mundo, se já não bastasse o número considerável, os carros e motocicletas representam um grande risco ao meio ambiente.
A intenção de incentivar os métodos alternativos, principalmente o uso da bicicleta, devem ser assegurados com apoio governamental. Não é possível conciliar o uso deste meio sem que haja o mínimo de apoio legislativo, como a construção de ciclovias, por exemplo.
Um dos maiores riscos que os automóveis trazem estão relacionados à utilização de combustíveis fósseis. Oriundos do petróleo, combustíveis como gasolina e diesel emitem gases que, além de poluírem o ar, geram o efeito estufa, contribuindo com aquecimento global. Este, portanto, é um dos maiores problemas e desafios do mundo contemporâneo, pois implica a mudança de climas e influencia negativamente a qualidade de vida dos seres vivos. O gás carbônico (CO2) é o principal gás de efeito estufa, tendo grande parte de sua emissão na atmosfera por automóveis movidos a gasolina.
Friburgo sem carro?
Em Nova Friburgo, o Dia Mundial Sem Carro ficou apenas na lembrança, porque nas atitudes o que se viu foi mais do mesmo. É claro que a chuva incessante desta terça-feira, 22, também contribui para isso, mas o que se viu foram ruas cheias de carros, motos e caminhões com o registro de alguns pequenos engarrafamentos, sobretudo nos locais que costumam apresentar o problema, como na rotatória do Paissandu, Avenida Conselheiro Julius Arp, Avenida Governador Roberto Silveira, entre outros pontos críticos e já conhecidos dos motoristas.
O fato é que em dias de chuva como esta terça-feira, quando muita gente não abre mão de sair de casa de carro ou moto e deixa de lado o transporte público ou mesmo a bicicleta, o número de veículos circulando pelas ruas impressiona.
Os números na cidade
De acordo com levantamento feito por A VOZ DA SERRA em agosto do ano passado, até junho de 2019, Nova Friburgo contava com 129.121 veículos emplacados na cidade. Destes, 82.791 eram carros e 24.802, motocicletas. O número representa 6,2% veículos a mais do que o registrado até o mesmo mês de 2018, quando Friburgo tinha 125.316 veículos registrados – um aumento de quase quatro mil veículos em apenas um ano.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Nova Friburgo tem uma população estimada em 190.084 habitantes (a 15ª maior do Estado do Rio), o que resulta em uma média de um veículo para 1,4 habitante. Ou seja, para cada três friburguenses, há praticamente dois veículos circulando nas ruas. Isso sem contar os que são emplacados em outras cidades e trafegam diariamente por nossas vias já saturadas.
Com pouco mais de 190 mil habitantes e quase 25 mil motocicletas registradas, Nova Friburgo tem uma média de uma moto para cada 7,6 friburguenses. O número de carros ainda é maior (82.791): um para cada 2,2 habitantes na cidade. Mas o significativo aumento de motos circulando nas ruas preocupa porque as motocicletas são mais suscetíveis a acidentes, ou seja, o problema deixa de ser apenas de trânsito e passa a ser também de saúde pública.
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