A VOZ DA SERRA, o confiável, o imparcial, a Voz que se quer ouvir...

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 08 de abril de 2024

Nada como iniciar uma viagem dentro da nossa “casa da informação”! Festejar, junto ao Caderno Z, os 79 anos do jornal A VOZ DA SERRA é o mesmo que fazer uma festa para a família, onde os convidados são todos parentes e amigos. E haja espaço para caber uma população que se abastece da credibilidade de um informativo que atravessa suas sete décadas na lisura de sua tradição: legado e fidelidade aos seus propósitos. Mudaram-se os tempos e a nossa Voz também mudou: ampliou suas edições semanais, mudou alguns padrões de formatação, inseriu cores, criou cadernos de fim de semana, mudou de sede mais de uma vez, mudou de pai para filho e de filho para filha, na travessia de “venturas” – Américo, Laercio e Adriana. Uma trilogia que edifica um legado sólido, porém, aberto ao novo, ao mundo das  possibilidades, desde os modos de trabalho da impressão, da coleta e recepção de dados, das fontes e até na expansão territorial.   

O colunista Max Wolosker definiu bem: “é um senhor longevo, mas com fôlego de um jovem para continuar a manter sua missão maior...”. Dr. Cesar Vasconcellos de Souza destaca: “Manter um jornal ativo por quase oito décadas não é para qualquer um...”. Hoje, em se tratando de comunicar, alguém com um celular e uma rede social se acha no “direito” de transmitir “notícias”, na sensação de que faz o papel de jornalista. Entretanto, esse papel vai além de uma postagem. É preciso trabalho, apuração, responsabilidade e tudo o mais que um jornal, centrado como é a nossa Voz, oferece aos leitores.

Vinicius Gastin, da nova geração, ressalta: “Celeiro de alguns dos maiores jornalistas, o A VOZ DA SERRA se reinventa a cada edição, trazendo consigo todo um peso e um respaldo que amplia a nossa responsabilidade...”. Ele, que há 12 anos, traz o esporte e nos põe “à beira do gramado”, sabe bem dessa importância. Muito marcante é a narrativa de Alex Santos, que começa no encontro do amor da sua vida, há 24 anos, num dia de São Pedro. Seu relato passa pelas páginas do jornal, numa “prosa” deliciosa de se ler, até chegar em dezembro de 2023 com sua coluna “Prosa Sustentável”. Beleza!

“O mais friburguense dos friburguenses” é a definição que Wanderson Nogueira encontrou para definir A VOZ DA SERRA. Em meio a tantas mudanças, "folhear páginas de um jornal continua sendo ritual de quem gosta de ter tinta nos dedos como se o ato pudesse, e pode, capturar mais do que notícias efêmeras, mas notar a história em suas mãos...”. Sim, nós somos esses leitores apaixonados por essa Voz que alcança o mundo.

O Cão Sentado, na charge de Silvério, não deixaria de se estilizar para compor os 79 anos do jornal que esparge os seus anseios de bom friburguense. Comte Bittencourt, Roosevelt Concy e Braulio Rezende ilustram com belas mensagens as comemorações, bem como as manifestações de júbilo dos colunistas Lucas Barros, Robério Canto e Paula Farsoun. As palavras de todos são linhas de ouro que se entrelaçam na justa e merecida comemoração das “Bodas de Café” no mais perfeito enlace com Nova Friburgo.

Meu pai foi quem me apresentou ao jornal. Era comum circular em nossa casa as suas páginas. Mamãe lia cada matéria com todos os pontos e vírgulas. Mais adiante no tempo, papai, já aposentado, saía de casa às terças e quintas para comprar o jornal nosso de cada dia. Quando passou a ser diário, para evitar sair todos os dias, papai fez uma assinatura, em meu nome, para que nunca faltasse a sagrada informação de A VOZ DA SERRA.

Acompanhando as gerações, tornou-se parte da família, o confiável, o imparcial, a voz de todos, a voz que se quer ouvir. Quando me tornei colunista, em 2014, meu pai não estava mais no plano terreno para dizer: “Minha filha, você está que tá!”. E meu novo livro, o “2012”, surge em destaque na página 8, com foto de Thiago Lima. O “brinco de ouro” na orelha do livro é de autoria de  Ana Borges. Ela sintetizou a obra na mais linda metáfora: “Uma perfeita tradução da mistura de uma flor-de-lis com um jatobá”. Grata! De minha trova, estampada no Caderno Z, bastam dois versos: “Sempre mais A VOZ DA SERRA, muito mais A Voz do povo”! Feliz Bodas de Café com Nova Friburgo!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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