A VOZ DA SERRA não é música, mas toca o coração da gente

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 16 de julho de 2024

 O Caderno Z do último fim de semana foi o regente de um tema empolgante que mexe com os nossos sentimentos – a Música. João Donato, o inesquecível pianista, cantor, compositor, arranjador, declarou em uma de suas entrevistas:  “Música é bom para qualquer coisa, música e água são indispensáveis”. O filósofo Arthur Schopenhauer considerava a música como “o grau excelso da arte”, a que dava aos seres humanos a “sensação de felicidade”. Entretanto, mais do que uma sensação, a música é um constante estado de espírito extasiado. Ela traduz o que não se consegue dizer, ela desperta lembranças, aguça os sonhos, inspira, acalma, agita, enternece, faz rir e faz chorar, tudo, ao mesmo tempo.

            “É cultura musical, não apenas entretenimento” e esse modo de entender a música é que dá a ela várias nuances de expressão como a porta-voz dos indivíduos, das comunidades e das nações em suas lutas. Por mais que possa ser típica de determinada região e considerada regional, quando atravessa fronteiras torna-se universal. Nossa cidade é bem-dotada de talentos musicais. Temos duas bandas centenárias, compositores, instrumentistas, intérpretes e grupos diversificados. Temos os corais, referências na região e o Coral Allons Chanter, comemorando 23 anos, formado a partir de alunas da Aliança Francesa, regidas pelo brilhante maestro Alfredo Cunha. Très bien!

            Tudo o que se falar para definir as emoções produzidas pela música ainda será pouco pelo muito que ela pode fazer por nós. Não se concebe “a vida sem música”, embora seja impossível classificar as suas qualidades, porque toda a forma de “se musicar” tem o seu valor. Quando ouço alguém dizer que não se faz mais música como antigamente, eu, sutilmente, pergunto: - Então você parou no tempo? Eu gostava de ver meus pais que, acostumados com os clássicos, as serestas, os boleros, eles amavam os Beatles, os Rolling Stones e tudo o mais que pudesse parecer fora da “caixinha” deles.

            Falando nisso, 13 de julho é o Dia do Rock e nada mais tocante do que tocar o nosso coração com esse ritmo eletrizante. O “Z” nos trouxe boas recordações e citou, entre tantos, Elvis Presley, meu primeiro ídolo na infância, de quem tenho o vinil “Girl Happy”. Aqui pertinho de nós, Celso Da Kombi, Ismael Carvalho e Marcelo Braune são lembrados em entrevista para A VOZ DA SERRA, em 2020. Recordar é viver as mesmas emoções até mais potencializadas, porque o rock é versátil, é moda para todas as gerações; é mutante, é ômega, alfa, beta e a gente “gama”. O rock é a estrela!

            É difícil de se estabelecer a idade do rock, mas há registros de que o ritmo eletrizante das guitarras começou a se espalhar pelo mundo no início da década de 50. Sendo assim, todo o seu fã clube inicial está na terceira idade. Natural que seja assim, porque o tempo passa. Contudo, essa natureza do passar do tempo para os humanos nem sempre é vista tão naturalmente, já que, desde 2003, criou-se o Estatuto da Pessoa Idosa para assegurar os direitos básicos de quem ultrapassa a linha de chegada do percurso dos 60 anos. A existência de um estatuto específico para tanto, representa garantir que se cumpra o devido respeito à pessoa idosa, pois, se não for por amor, será por lei. “Estima-se que os idosos serão quase 30% da população do Brasil até 2050. Que avanço!

            Sim, estamos avançando muito em todos os sentidos. A obra do Hospital do Câncer “alia arquitetura com a neurociência para criar espaços que impactem positivamente no bem-estar e comportamento dos pacientes e familiares durante os tratamentos”. No esporte, Vinicius Gastin anunciou que o Brasil terá o primeiro jogo da NFL, em São Paulo. Quem sabe se na bola oval, o Brasil consegue um touchdown! E Nova Friburgo já tem até time e fã clube do futebol americano. E os avanços continuam com o calor avançando o inverno adentro, dando aquela sensação de verão em pleno mês de julho. Contudo, nem tudo avança para o bem, pois o pix, que entrou na nossa vida, tão maravilhosamente, já está na mira dos golpistas no “golpe do pix errado”. Vovó, que nem é mais desse tempo, dizia: cuidado quando achar dinheiro; pode ser só golpe de vista!

 

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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