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A VOZ DA SERRA, jornalismo de excelência, abrangente e confiável

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
Quando se fala em Marechal Rondon, muitas vezes, nem levamos em conta o ano em que ele nasceu – 1865. Parece-nos alguém dos tempos atuais, tamanho o seu envolvimento em causas sociais e inovadoras para a sua época.
O Caderno Z, festejando o Dia Nacional da Comunicação, 5 de maio, relembra a história de Rondon, abrindo um leque de informações sobre sua vida. Além das lutas em defesa dos indígenas, ele foi responsável pela criação de linhas telegráficas, integrando regiões do Centro-Oeste e Norte ao Sudeste do Brasil. Coisa alguma na história da Comunicação aconteceu da noite para o dia, na instantaneidade com que acontecem hoje e “só na primeira metade do século 20, centrais telefônicas foram instaladas em todo o país”.
Lembro-me do tempo em que meu irmão foi viver em São Paulo, em meados da década de 70, e se quiséssemos fazer uma ligação por telefone era preciso ir ao balcão da companhia telefônica e solicitar o serviço. No início dos anos 80, era tão valioso empreendimento que muita gente vendia imóveis para a aquisição de linhas. Quando surgiram o DDD e o DDI, então, foi uma glória. Era possível falar, de casa, com o mundo. E as conquistas vinham rodando, até que os computadores tomaram os espaços das escrivaninhas. Existia até conjunto de capas de plástico para proteger a aparelhagem da poeira. O disquete que armazenava imagens, textos, em torno de 144 mil palavras. E o e-mail, gente, que coisa mágica. O pendrive, a nuvem, as conversas simultâneas, as videochamadas... Tudo chegando sem a menor cerimônia e tanto que se clicamos em algum programa e não abrir, no ato, nossa pressa reclama: “A internet está lenta!”.
E chegamos no tempo da Inteligência Artificial. Há indicadores de que a IA começou “sua jornada nos anos 1950”, com Alan Turning propondo “máquinas capazes de simular a inteligência humana”. Nós já estamos vivendo com essas inteligências há muito tempo. Em 2025, por exemplo, “espera-se que esses dispositivos não apenas coletem dados, mas interpretem e ajam com base nas informações que recebem em tempo real, trazendo mais inteligência e eficiência para sistemas conectados”.
No emaranhado das tecnologias, uma questão foi levantada: “Jornalismo lidera arrependimento nos EUA. E no Brasil?” – Entre os dois países, as diferenças e divergências são bem acentuadas e o que pode não ser bom para eles, para nós é fundamental. Como graduação acadêmica, o jornalismo precisa ser considerado na maior relevância, porque é no curso que se abre o leque de conhecimentos que levará os profissionais a discernirem sobre fato, notícia e credibilidade. Antes de tudo, é uma graduação para a formação de uma personalidade consciente de seus deveres, pautada na ética, na imparcialidade, na apuração aprofundada e na publicação transparente dos acontecimentos. Ninguém se arrependa do investimento, porque Jornalismo é lição de vida.
Quanto aos modos de trabalho, os tempos modernos exigem um malabarismo exorbitante para compartilhar respeito, confiança e instantaneidade. Precisamos do jornalismo, sim, para manter nossa mente aberta e formatar o nosso pensamento crítico para que jamais se creia nas inverdades e na tendenciosidade das falsas mídias.
É nessa visão de responsabilidade que abrimos o Jornal A VOZ DA SERRA e temos, perante o seu profissionalismo, motivos de sobra para afirmar que o jornalismo é fonte de saberes, não só noticioso, mas de conhecimentos abrangentes de cultura, arte, saúde, lazer e o que mais contribua para o desenvolvimento das essências humanas. Ufa!
Em “Sociais”, um afetuoso abraço para Maria Nilce, aniversariando nesta terça, 06 de maio. Que linda friburguense que eu considero a poesia em forma de mulher. Adoro vê-la com seu charme, esbanjando o sol do seu carisma. Parabéns!
Falando em ruas, a Praça Getúlio Vargas “ganhará novo paisagismo”. O projeto inclui “preservação histórica do patrimônio tombado”. Aguardemos. E a bomba do momento é uma pergunta: “Onde está o canhão do CNF? Quem souber, com precisão, que responda!

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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