Viver, por si só, é um ato político, de alguma maneira. A forma como se vive expressa, em alguma medida, o lugar que se decide ocupar no mundo. Não me refiro à política e nem aos políticos. Faço alusão às nossas escolhas reais enquanto cidadãos todos os dias. Estamos atravessando um período que consubstancia grande marco da democracia que tem um de seus vértices no processo eleitoral, quando os cidadãos escolhem por meio do voto secreto parte de seus representantes conforme as diretrizes constitucionais.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
![](https://avozdaserra.com.br/sites/default/files/styles/foto_do_perfil/public/colunistas/paula-farsoun.jpg?itok=XsP9C_aq)
Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
Sejamos flores. Sejamos luz. Aprendamos a ver beleza, ser beleza. Não essa estereotipada, remexida, aparente. Beleza de alma, de sentimentos, de postura diante da vida, das pessoas, do mundo. Quando não soubermos para onde irmos e o que levarmos, lembremos delas. Na dúvida, ofereçamos flores. Levemos flores. Em uma pétala, pode haver o mundo inteiro. O mundo de alguém.
Intuição é coisa séria. Eis algo que eu respeito a cada dia mais. Sei que não é algo palpável. De fato, crer no invisível, naquilo que não sabemos explicar e nem mesmo entendemos, não é tarefa fácil. E é isso, se tem uma coisa que não é explicável com precisão é a tal da intuição. Não sei vocês, mas eu resolvi ficar atenta a esse sinalzinho sutil, essa mensagem subliminar que, eu acredito, insiste em me proteger.
Se foram avisados que crescer dói, eu não sei. Mas está aí uma verdade. Dói e por vezes não é pouco. Não custa avisar, quem sabe animam-se em se prepararem.
A prosa hoje é dedicada aos professores que tiveram o seu dia celebrado nesta quinta-feira, 15. Rendo minhas singelas palavras sobre o magistério e a razão precípua da missão de lecionar: os alunos. Quero falar sobre eles, sobre nós, sobre essa relação que transcende as mais variadas designações. Enquanto professora, asseguro: a missão não é fácil. Não mesmo.
O olhar sobre a vida do outro em muitos momentos parece aduzir uma percepção ilusória da realidade. A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem contas a pagar? Que a doença do outro cura mais facilmente, que o trabalho dele rende mais ou mesmo que é fácil ser ele? Difícil mesmo é ser você, não é mesmo? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui ?
Muito já ouvi falar que para construirmos uma obra nova devemos preparar o terreno, cuidar da limpeza do local, criar o ambiente ideal, promover as adaptações que se fizerem necessárias. Na verdade, essas medidas são mesmo fundamentais. Mas a metáfora dessa ideia é a que me leva a pensar. Não sobre obras, mas sobre pessoas.
Tudo estava empoeirado. Parecia não existir ninguém ali, aliás, parecia que ninguém trabalhava, conversava, tomava uma xícara de café ou lia um livro naquele ambiente. Era até difícil imaginar o tanto de decisões que poderiam ter sido tomadas naquela sala de reuniões ou a troca de olhares entre os anfitriões. Nas caixas havia sinais de que alguém passara por ali; havia folhas brancas, novas, entre as amareladas e gastas pelo tempo. Nas prateleiras, tesouros em forma de livros novos dividiam espaço com as “relíquias” do século passado.
Ganhei um cristal energético de presente. Alinhei-o aos demais e impregnei o objeto de sentimento e significado. E como sempre, coloquei-me a refletir sobre a pedra e sua analogia com a vida em si. Lapidar pedra bruta é uma arte. Tanto a bruta quando a lapidada possuem sua beleza e são únicas, especiais. Assim como nós. Contudo, as pedras de verdade para conquistarem a forma desejada, sofrem muitas vezes a interferência do homem, sem a qual, permaneceriam como são simplesmente ou se contentariam com as mudanças contínuas provocadas pelo tempo e os elementos da natureza.
Não, infelizmente não trago as boas novas que almejo. Na verdade é uma pergunta. O que temos de bom para contar à nossa sociedade no dia de hoje? Bem, para os próximos anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, desejo boas notícias. De todos os lados. Que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.