O Botafogo conseguirá ganhar os dois títulos que disputa?

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Como torcedor fanático que sou, acredito que é possível levantar as taças do campeonato brasileiro e da Libertadores da América, versão 2024.

        São duas competições difíceis, principalmente o brasileirão, mas em relação ao ano passado a distância entre o primeiro colocado, no caso o Fogão e o segundo, no caso o Palmeiras, é de apenas um ponto. Acontece que os dois ainda se enfrentam na antepenúltima rodada e tem-se pela frente mais oito rodadas. Ao contrário do ano passado em que o Botafogo chegou a colocar quatorze pontos na frente do segundo colocado, esse ano a diferença está mais apertada e o time alvinegro adora colocar sua torcida em permanente angústia, mesmo tendo time que sobra no campeonato. Aliás, hoje, Botafogo e Palmeiras são indiscutivelmente os melhores times do Brasil.

        Quanto à Libertadores da América não acredito que o Penharol tenha condições de eliminar o Fogão, apesar de que em futebol tudo seja possível, mas classificando-se para uma eventual final, estamos arriscados a ter de enfrentar o Racing, em Buenos Aires e aí, vira uma caixinha de surpresas. Time por time sou mais o do Botafogo, mas a pressão da torcida no estádio de Avellaneda é muito grande e haja concentração e coração. Se for o Atlético Mineiro o classificado, a outra semifinal é entre o Atlético e o Racing, o fator torcida deixa de existir, pois serão dois times brasileiros jogando em solo argentino, local da partida escolhido pela Conmebol (entidade máxima do futebol sul-americano). Nesse caso, o fator campo não existiria já que seria o chamado campo neutro. A rivalidade entre atlético e Botafogo existe, mas não creio no mesmo nível de Argentina e Brasil.

        Nessa quarta-feira, às 21h30, no estádio Nilton Santos no Rio, com todos os ingressos já vendidos, ou seja, com casa cheia, o Fogão inicia sua caminhada em direção a um título inédito, ou seja, campeão das américas. Tem de vencer e com um placar elástico, mesmo sabendo que o Penharol vai jogar fechado e fazendo cera, pois sua intenção, certamente, será levar a decisão para Montevidéu, onde o apoio de sua torcida será muito importante. Para eles, um empate no Rio seria a
glória.

        O que me preocupa é a dificuldade que o time da estrela solitária tem para furar bloqueios, haja visto o último jogo contra o Criciúma, de Santa Catarina. Com um Maracanã lotado, conseguiu furar a retranca do adversário aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, mas sofreu o empate, numa desatenção, aos quatro minutos da prorrogação. Deixou escapar três valiosos pontos o que fez o Palmeiras ficar a apenas um ponto da liderança.

        De qualquer maneira o torcedor alvinegro tem motivos para acreditar em títulos e sonhar alto, afinal o time atual é muito superior ao do ano passado e, o mais importante, tem reservas, em todas as posições. Reservas que seriam titulares em qualquer time grande da principal divisão do campeonato brasileiro, o que é importante num calendário desumano como o nosso, que obriga os times a jogarem, praticamente, a cada três dias. A sorte de nossos jogadores, menos aqueles que são convocados para as respectivas seleções, é que a Fifa dá dez dias de interrupção no calendário nacional; como são pelo menos três, isso alivia um pouco o desgaste.

        O desejo da imensa torcida alvinegra é que o time esteja inspirado na quarta feira, que possa ganhar bem do seu adversário, deixando encaminhada a classificação para a grande final. Serão dois jogos, com intervalo de uma semana entre um e outro e, assim esperamos que nossos jogadores ponham o coração na ponta das chuteiras. Estaremos em orações para todos os santos para que tenhamos um final feliz. Amém.

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