As máscaras e o Covid-19

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 01 de abril de 2020

Muito se tem falado sobre as máscaras cirúrgicas simples e a N-95.  Nesses tempos de pandemia, as pessoas simplesmente passaram a compra-las indiscriminadamente e elas desapareceram do mercado. E o que pior, quando as achamos, são vendidas por preços abusivos. No entanto, qual o valor desse tão cobiçado objeto na atual situação em que estamos vivendo?

A máscara que as pessoas usam normalmente é a mais comum, feita em polipropileno não tecido (TNT), isenta de fibra de vidro, na cor branca, atóxica, não estéril e não inflamável. Pode ter um clique nasal para auxiliar a fixação junto ao rosto; já a N-95 é para proteção das vias respiratórias e redução da exposição contra certos aerodispersóides em uma faixa de tamanho de partículas de 0,1 a 10 micra (diâmetro aerodinâmico médio) ou maiores. É recomendado ainda para uso como barreira de nível médio (máscara cirúrgica) em procedimentos nos quais exista risco de respingos ou projeções de sangue e outros fluidos corpóreos potencialmente contagiosos sobre a face do usuário. Neste caso, deve ser utilizado em conjunto com protetor facial ou óculos de segurança, preferencialmente do tipo ampla visão.

Dito isso, de acordo com as recomendações de virologistas e da própria OMS (Organização Mundial da Saúde) o uso de máscaras de polipropileno, deveria ser somente feito pelas pessoas infectadas, impedindo assim a dispersão do vírus. O mais importante, para quem não está contaminado, é lavar as mãos com frequência ou com aplicação de álcool gel (quando esse é encontrado), evitando esfrega-las no rosto, olhos ou nariz. É importante manter os locais bem arejados, evitar concentração de pessoas e manter uma distância mínima de um metro e meio entre os indivíduos. A transmissão é feita pelas gotículas em suspensão no ar, provenientes da tosse, em particular, ou do contato das mãos com superfícies onde elas se depositam e, em seguida, passadas no rosto.

Quanto à N-95 ela é mais para uso do pessoal que trabalha em hospitais, principalmente em CTI onde, aliás, deve ser usada em conjunto com outros EPIs (equipamento de proteção individual); mesmo assim, muitos médicos e paramédicos têm se infectado, pois é muito importante a maneira como se retira esses equipamentos e é, aí, que pode ocorrer a contaminação.

Existe uma histeria coletiva com relação a atual pandemia, estimulada pela mídia mal intencionada, ávida em transmitir desgraças e mais desgraças, esquecendo que um alerta bem feito e bem substanciado é muito mais eficaz. Lembro-me da famosa enchente que assolou a cidade do Rio de Janeiro, em 1961. Foi a cobertura diária, mostrando a desgraça dos mais pobres, massacrando os ouvidos e olhos das pessoas com notícias a todo momento que alavancou a Rede Globo e a tornou líder de audiência a partir daí. Na pandemia atual, ela age da mesma maneira, em busca da retomada perdida da preferência do telespectador.

Confesso que desisti, pois estava chegando num ponto de estresse tamanho que, fatalmente, iria comprometer a minha saúde.  Hoje, respeitando esse período de quarentena, limito-me a assistir o Jornal da Record, às 19h45, a TV-5, francesa, aos filmes dos canais fechados e a uma boa leitura.

Mas, a cabeça não deixa de trabalhar, pois existe a certeza de que a quarentena horizontal vai levar a economia mundial à bancarrota, exceto os chineses, grande beneficiados por esta crise, por mais que o “embaixadorzinho de olhos rasgadinhos” fique irritado quando se toca nesse assunto. Regimes de esquerda sempre cultivaram a arte de mentir e quem nos garante que a situação na China voltou realmente à normalidade? Na realidade quem mais lucrou e está lucrando com a desgraça dos outros é a China, cuja economia vai sair desse período muito mais fortalecida.

Portanto, talvez o isolamento vertical, ou seja, dos idosos, imuno depressivos e crianças, pelo risco que essas podem trazer para os demais, seja uma condição a ser estudada, a partir de agora.

O Covid-19 é genuinamente “Made in Chine” e ainda é tempo de repensarmos e começarmos a recusar produtos daquele país. Podem ser mais baratos, mas às custas de trabalho escravo e cheios de risco.

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