Hidratação é o que importa

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Estamos em Brasília, em visita aos filhos e pegamos o período de maior seca na região, que vai de maio a outubro. Nesse período, o clima de deserto da região se acentua e, em determinadas ocasiões, a umidade do ar pode chegar a 16%, como ocorreu no último dia 3, muito próxima da registrada no deserto do Atacama, no Chile, que costuma ser de 12%. No momento em que escrevi esta coluna nesta terça-feira, 22, a umidade do ar estava um pouco mais alta, atingindo 43%.

De acordo com climatologistas a sensação de tempo seco é maior no Distrito Federal do que em outras regiões próximas daqui, como Goiânia, por causa da alta altitude. Isso traz mais vento para Brasília, o que diminui a umidade do ar. Isso ocorre devido a uma massa de ar seco e quente que paira sobre a região Centro-Oeste. Na semana passada, a umidade variou de 25% a 30%, o que é alerta amarelo para a região. Este cenário chama a atenção para cuidados que se deve ter para hidratar o corpo. Aliás, quando a secura do ar se torna acentuada, os seguintes conselhos são importantes: hidrate-se constantemente, aposte em uma alimentação saudável, combata o ressecamento das vias aéreas, evite exposição solar, umidifique o ambiente, escolha bem o horário da prática de exercícios, mantenha a hidratação da pele, faça o controle do seu lar.

De acordo com a técnica distrital (RTD) de medicina da família Camila Monteiro Damasceno cerca de 10% das pessoas que procuram atendimento com queixa de cansaço simplesmente bebem pouca água. Ela explica que uma pessoa, em geral, deve beber diariamente cerca de 30 mililitros para cada quilo da massa do indivíduo. Ou seja, para quem pesa 60 quilos, o mínimo de água a consumir é cerca de 1,8 litro. Segundo ela, a falta de hidratação pode causar tontura, mal-estar, raciocínio lento, dificuldade de concentração, irritabilidade, garganta seca ou arranhando e inclusive fome. “Porque os nossos centros de sede e de fome no cérebro são um pouco confusos. Então, às vezes a pessoa está com sede e fica querendo beliscar algo toda hora, sentindo ‘fome’ quando na verdade o que ela está sentindo é sede”, explica Camila.

Segundo a médica, para perceber se o nível de água está dentro do estipulado, a principal forma de fazer o controle é pela cor da urina. O ideal é que a urina seja sempre amarela clara. Damasceno explica que a secreção muito escura, com cheiro forte e eliminada poucas vezes ao longo do dia é um sinal de desidratação.

É importante ressaltar que os cuidados com crianças e idosos deve ser redobrado. Nas crianças, em função da sua maior proporção de massa líquida, daí desidratarem mais rapidamente; nos idosos pelo envelhecimento do centro da sede, o que faz com que esse segmento ingira menos líquido que o necessário. E aqui estamos falando de água, pois apesar de sucos auxiliarem, nada substitui a água, nosso líquido precioso.

Aliás, esses mesmos conselhos quanto à ingestão de água são importantes na época do verão. Nesse período, em função do calor, as pessoas suam mais com uma consequente maior evaporação. Portanto, nessa época do ano, também, a ingestão do líquido precioso deve ser aumentada.

Na capital federal o início da primavera costuma marcar o final da seca acentuada e é quando se aproxima a estação das chuvas, que costuma começar a partir de outubro e aumenta no verão. Mas, é sempre bom ter na lembrança que não importa a época do ano, uma boa hidratação é muito importante e saudável.

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