Planejamento, considere-o sempre!

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Investir é fundamental se você deseja prosperidade e independência financeira. Afinal, tornar-se refém das próprias finanças é um caminho inevitável se não houver o planejamento ativo para a gestão de renda.

Educação Financeira é o meio – ainda pouco difundo no sistema educacional brasileiro – para um planejamento adequado ao seu estilo de vida que viabilize suas conquistas ao longo da vida. Vamos, então, para alguns conceitos que vão te auxiliar a compreender como deve ser baseado o planejamento de uma carteira de investimentos.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois  trata-se do período de tempo entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Como notação em sua corretora de valores, a liquidez é definida pelo dia da operação (D) mais a quantidade de dias úteis até o resgate do dinheiro. Com a notação D+1, por exemplo, o resgate é efetuado em um dia útil.

Outro bom exemplo de liquidez está relacionado aos investimentos imobiliários; decidir imobilizar seus investimentos pode te deixar refém de uma liquidez bastante baixa.

Contudo, ao falarmos de liquidez, há algo que precisa ser levado em consideração: a volatilidade dos ativos. Este conceito será abordado ainda neste texto e você entenderá os motivos.

Por hora, planeje bem os produtos de sua carteira para não “ficar na mão”.

Rentabilidade: essa é a parte que enche os olhos – e qualquer desavisado pode acabar considerando-o como único ponto e tomar decisões ruins. Atente-se sempre aos possíveis investimentos fraudulentos; é pela falta de informação (e educação financeira), que surgem as oportunidades para estes golpes.

Por outro lado, se você busca investimentos sérios e de qualidade, muito estudo e/ou uma boa assessoria de investimentos podem ser as respostas.

Segurança: tudo começa com conhecimento e bom senso, saiba distinguir o que é real do inatingível. Os riscos no mercado financeiro se restringem a administração de bancos e empresas onde estão seus investimentos e a falta de planejamento.

Sabia que você pode investir em produtos de risco zero? Sim, risco zero! O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 250 mil para cada investimento do mesmo CPF em determinados produtos de renda fixa. Costumam ser produtos de rentabilidade moderada e baixa liquidez, mas com certeza têm espaço num bom planejamento.

Outro ponto importante para analisarmos é a segurança da sua carteira de investimentos em relação a sua realidade financeira; principalmente se pretende explorar o mercado de renda variável. Surge, mais uma vez, a necessidade de falarmos sobre volatilidade.

Volatilidade: já viu os gráficos de alguma ação da Bolsa de Valores? Caso sim, é provável que tenha reparado nas grandes variações de preço; isso é volatilidade.

Com a cotação cada vez menor da taxa Selic Meta, os investidores precisam (como acabei de dizer, e isso evidencia ainda mais a correlação entre todos estes conceitos apresentados) explorar novas possibilidades.

Com isso, por mais que tenham optado por boas empresas e esteja alinhado com os parâmetros de administração da companhia, a variação de preço vai existir. Neste caso, se não houver o bom planejamento para a base de suas finanças, você corre o risco de resgatar o capital investido em algum momento de baixa e perder dinheiro sem nenhuma necessidade. A renda variável concentra alguns riscos, mas o principal erro de um investidor comum é a falta de planejamento.

Publicidade
TAGS:

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.