Especial Sala de Aula III - Produtos de crédito e planejamento de dívidas

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Chegamos ao terceiro de quatro tópicos a serem abordados nesta série especial dedicada ao mês de junho. Caso você não tenha acompanhado as últimas duas edições desta coluna, sugiro buscá-las no site de A VOZ DA SERRA; lá, na área de colunas, encontrará todos os meus textos. Contudo, seguindo a lógica cronológica de conhecimento financeiro, está na hora de saber como lidar de forma saudável com os produtos do mercado de crédito.

Costumo dizer aos meus clientes de consultoria que a aversão ao crédito pode ser o primeiro erro cometido nesta relação; acredite, um bom planejamento pode lhe possibilitar uma relação positiva com as dívidas.

Portanto, para apontar alguns dos erros mais comuns, é necessário começarmos pela urgência do crédito: recorrer a uma dívida quando você está desesperado atrás de dinheiro vai fazer com que a oferta do mercado seja cada vez mais cara para o seu bolso. Busque não precisar do crédito e isso lhe possibilitará boas ofertas quando pensar em uma dívida planejada para adiantar o processo da conquista de sonhos – como a aquisição da casa própria através de financiamentos, por exemplo. Logo, não sendo averso ao uso do crédito e não recorrendo a este com urgência (e com isso, não acumulando dívidas), você está preparado para planejar uma dívida caso queira ter uma “gordurinha saudável” para queimar na sua gestão financeira.

O primeiro passo para o planejamento de endividamento é conhecer bem os produtos oferecidos pelo mercado de crédito. Para isso, vou enumerar, brevemente, os mais comuns e suas principais características:

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido a segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência.

  • Empréstimo Pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.

  • Cartão de crédito: o crédito para uso imediato precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.

  • Cheque especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

Sendo assim, é possível concluir que conhecimento torna-se imprescindível para suas finanças e agora começa, de fato, o planejamento de dívidas. Para tornar didático, separei o planejamento em três passos:

  • Contexto profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário e se a renda sofrer alterações.

  • Contexto financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?

  • Estudar o produto de crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, custo efetivo total, possibilidades de quitação e amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

Por fim, você terá uma relação saudável com sua dívida (aqui, evite o plural) e estará mais próximo da realização de seus sonhos. Na próxima sexta-feira, 26, darei continuidade ao nosso conteúdo de Educação Financeira. Por hora, estude.

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