Cinco termos para investir melhor

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Pontuar termos específicos do mercado financeiro e descrevê-los de maneira didática para facilitar a compreensão é parte fundamental do meu trabalho como comunicador da área de finanças pessoais. Afinal, este é, na minha opinião, ponto indispensável para o processo de democratização do acesso à educação financeira e, principalmente, formação social.

Hoje, portanto, vamos dar a devida atenção aos produtos de renda fixa comercializados por bancos e corretoras de valores. Aqui, o objetivo será definir, de maneira sucinta, o que representa cada um dos ativos e como você pode encaixá-los em sua carteira de investimentos.

CDB: os Certificados de Depósito Bancário são títulos emitidos por bancos a fim de financiar suas carteiras de crédito. Por se enquadrar como depósitos à vista, assim como a caderneta de poupança, por exemplo, o CDB é o produto utilizado para captação de recursos necessários para viabilizar as atividades de uma determinada instituição. Contudo, analisando você como comprador destes títulos, seu papel passa a ser de investidor. Isso porque é o seu dinheiro que vai possibilitar essa dinâmica e, consequentemente, você passa a receber juros pelo dinheiro que empresta ao banco.

LCI & LCA: assim como o CDB, a Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio também são títulos responsáveis pela arrecadação de capital para financiamento de atividades de crédito. Contudo, neste caso são papéis emitidos por financeiras em vez de bancos e têm remuneração isentas de imposto de renda.

CRI & CRA: Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio são papeis emitidos por securitizadoras e, basicamente, formas de captação de recursos para financiar atividades de infraestrutura dos setores em questão. Agora, portanto, vemos bastante diferença dos ativos acima porque já estamos falando de empresas privadas não financeiras.

Debênture: ainda falando sobre emissões de companhias privadas, aqui vemos a possibilidade de financiamento de atividades e projetos corporativos de sociedades compostas por ações. As debêntures têm finalidades mais abrangentes, podendo ser utilizadas para investimentos em novas instalações, financiamento de capital de giro e muitas outras possibilidades.

Tesouro Direto: diferente dos ativos mencionados acima, o Tesouro Direto não é um produto, mas uma plataforma onde se concentram diferentes títulos emitidos pelo governo nacional. É através do Tesouro Direto que investidores podem comprar títulos públicos para financiar projetos federais (em outras palavras, a dívida pública nacional) e receber sua remuneração com garantia soberana do Tesouro Nacional.

Percebe como em todos os casos estamos falando de títulos de dívida emitidos por alguma organização? Seja instituição financeira, companhia privada ou o governo nacional, são formas de arrecadação de capital para financiamento de suas atividades. Portanto, você, como investidor, financiando uma dívida, passa pelo principal risco de não receber o dinheiro do tomador. Contudo, é para esses casos que existem escalas de rating de risco, mas a gente deixa esse ponto para uma próxima conversa. Até lá!

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