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Tratado da felicidade

sábado, 30 de setembro de 2023

O que é felicidade? Como alcançá-la? Não. Não espere das próximas linhas — respostas. São despretensiosas, como a própria felicidade. Seria a felicidade despojada? 

A filosofia, a teologia, a ciência, a literatura tentam desde sempre abordar o tema sem fechá-lo. Fato é que todos nós queremos ser felizes, ao ponto de que a felicidade seja o objetivo da vida. Existimos, persistimos e até teimamos. E é válida essa insistência, tanto quanto justa. Justo é ter uma vida plena e não há plenitude sem felicidade.

O que é felicidade? Como alcançá-la? Não. Não espere das próximas linhas — respostas. São despretensiosas, como a própria felicidade. Seria a felicidade despojada? 

A filosofia, a teologia, a ciência, a literatura tentam desde sempre abordar o tema sem fechá-lo. Fato é que todos nós queremos ser felizes, ao ponto de que a felicidade seja o objetivo da vida. Existimos, persistimos e até teimamos. E é válida essa insistência, tanto quanto justa. Justo é ter uma vida plena e não há plenitude sem felicidade.

Se é estado de espírito, que seja. Se é coleção de momentos, que seja. Se é imaginação, que se realize. Só quem pode definir felicidade, somos nós mesmos, com a gente mesmo. Ainda que existam conceitos, estudos biológicos e até quânticos, dogmas e drogas, cada um tem um jeito para chamar de seu. Minha felicidade. Sua felicidade. Nossa felicidade. 

Ainda que singular, difícil ser feliz sozinho. Não é preciso morrer para descobrir que “felicidade só existe se for compartilhada”.  

Dirão: “felicidade não é querer ter tudo, é não precisar de nada”. Talvez. Percepção. Às vezes, se é feliz e nem se sabe, e, a nostalgia é quem traz o sentimento de felicidade vivida, mas nem sempre apreciada enquanto presente. Relembrar é trazer para perto e compreender que a saudade flutua entre os altos e baixos de se atrever. A vida é um atrevimento, quase sempre divertido. 

Se a paixão é perigosa, corra o risco. Se apaixone por pessoas, por sonhos, por projetos. Se aventure. Se engaje em lutas coletivas. Se meta a pertencer. Felicidade também é o que nos dá sentido de existir. E haverá saborosos enganos, mas até se confirmar como tal, terá sido feliz a entrega. Riremos de tudo ao final.

Faça o seu próprio tratado da felicidade. Sugiro apenas uma cláusula: é regra ser feliz, tanto quanto se revogam todas as regras. As amarras que nos impõem não são dos nossos tempos. Livre pra poder voar. Liberdade!  

Não precisa ir tão longe para enumerar tantas atrocidades cometidas “por mandado” de Deus. E os homens, em nome do bem, seguem a fazer tanto mal. Coitado de Deus, marionete de púlpitos. Respeito aos que foram assassinados por resistirem. Suas memórias cintilam como sinal de que foram eles e poderiam ser nós. Até Jesus foi crucificado. E seria de novo! Até quando? 

Ainda há muita luta pelo direito de ser feliz, mas a luta por si só nos concede certa felicidade. Herdaremos o céu, sem acreditar em promessas. Eles não, ainda que prometam o que não lhes cabe. Que Deus os perdoe. Que nos perdoemos por todas as vezes que nos negamos a busca pela felicidade e a contemplação da mesma.

Que a felicidade seja a guia e guiados pela felicidade cumpramos o tratado que pactuamos com a gente mesmo. 

O que é felicidade? Como alcançá-la? Sagrada é a sua resposta, sua forma de viver isso,  tanto quanto é a de cada um. Que sua felicidade lhe proteja e lhe conceda muitos dias de paz divertida.

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Às vezes, o que falta é o básico

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Para investir, você precisa ter domínio do que representa o tripé de liquidez, rentabilidade e segurança.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois trata-se do período entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Para investir, você precisa ter domínio do que representa o tripé de liquidez, rentabilidade e segurança.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois trata-se do período entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Antes de explicar a organização que deve haver por trás da liquidez, vamos analisar alguns termos comuns ao estudar um investimento. D+0; D+1; D+15; D+30: essas notações representam o tempo de resgate de capital em determinados produtos do mercado financeiro. Traduzindo, a letra “D” representa o dia da sua operação e o número posterior representa o tempo de resgate – a partir do dia da operação. Vamos exemplificar: imagine-se escolhendo um fundo de investimentos e em suas especificações conste a notação D+15; se precisar resgatar o capital (integral ou parcial) investido, você emite a ordem de resgate e, a contar do dia seguinte, seu dinheiro estará disponível após 15 dias.

Planeje bem os produtos que estarão em sua carteira para não “ficar na mão”.

Rentabilidade: essa é a parte que enche os olhos – e qualquer desavisado pode acabar considerando este único ponto e tomar uma decisão ruim.

Aqui, uma dica: quanto maior a rentabilidade, maior o risco. Investimentos fraudulentos, por exemplo, sempre prometem rentabilidades exorbitantes.

 Para exemplificar as possibilidades de enxergar rentabilidade, no mercado financeiro você vai encontrar as taxas pré-fixadas (13,48% a.a.), pós-fixadas (120% CDI) e híbridas (IPCA + 7,20% a.a.). Cada possibilidade representando uma determinada estratégia, mas numa carteira balanceada de pessoa física, todas farão parte – em diferentes pesos – do portfólio.

Mas então, como ter uma boa rentabilidade? Vamos falar em segurança primeiro.

Segurança: tudo começa com conhecimento e bom senso, saiba distinguir o que é real do inatingível. Os riscos no mercado financeiro se restringem a administração de bancos e empresas onde estão seus investimentos e a falta de planejamento.

Se buscar uma rentabilidade baixa e/ou mediana, há muitos produtos de risco zero. Sim, risco zero! O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 250mil para cada investimento do mesmo CPF em determinados produtos de Renda Fixa, como CDBs por exemplo.

 Agora se você busca investimentos mais arrojados com boa rentabilidade, vai precisar se aventurar no mercado de Renda Variável da Bolsa de Valores. Aqui, o maior risco é a volatilidade! Já viu os gráficos de alguma ação da Bolsa? Caso sim, é provável que tenha reparado nas grandes variações de preço; isso é volatilidade. Por mais que tenha optado por uma boa empresa e esteja alinhado com os parâmetros de administração da instituição, a variação de preço vai existir. E se você não tiver feito a base do seu planejamento, corre o risco de resgatar o capital investido em algum momento de baixa. A Renda Variável concentra alguns riscos, mas o principal erro de um investidor comum é a falta de planejamento.

Entendendo o conceito deste tripé responsável por sustentar a estratégia de suas alocações, certamente você estará mais bem preparado para manter saudável a relação entre você e sua carteira de investimentos.

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O valor que tudo tem

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

            Projetemos uma pirâmide na mente, em que visualizamos a base, o miolo e o topo. Se tivermos de organizar nossos valores de vida dentro dessa estrutura, quais ocuparão o mais elevado patamar? Consegue identificar? É fácil para você chegar a esta conclusão? Aparentemente, escolher os valores que me são mais caros é uma tarefa simples. O difícil do experimento não é a teoria. Somos capazes de estabelecer nossas prioridades no plano teórico sem grandes desafios.

            Projetemos uma pirâmide na mente, em que visualizamos a base, o miolo e o topo. Se tivermos de organizar nossos valores de vida dentro dessa estrutura, quais ocuparão o mais elevado patamar? Consegue identificar? É fácil para você chegar a esta conclusão? Aparentemente, escolher os valores que me são mais caros é uma tarefa simples. O difícil do experimento não é a teoria. Somos capazes de estabelecer nossas prioridades no plano teórico sem grandes desafios. A dificuldade está realmente em priorizar aquilo que deve ser priorizado, organizar a vida para que a escala de valores não fique de cabeça para baixo. E infelizmente, vemos muito isso acontecer.

            Talvez uma unanimidade entre todos os seres humanos seja identificar o quão importante é gozar de plena saúde. Então, eu acho que o valor “saúde” ocupa o vértice principal da pirâmide de toda pessoa, juntamente a outros valores. Pois bem. Se todos sabemos que o bem “saúde” é tão precioso, por qual motivo nós não priorizamos os cuidados com a saúde na rotina diária? É claro que não estou a generalizar. Mas posso dizer que até mesmo no meu exercício profissional eu observo, e sei por experiencia própria, que o volume de afazeres e a sociedade de hoje dificultam, muitas vezes, esse processo de priorizar o que deve ser priorizado.

            Às vezes, parece que não temos tempo para pensar e as questões elementares passam por nós apenas de forma tangente. Não encaramos de fato que é preciso priorizar, dedicar, investir em buscar meios de cuidar do nosso bem mais precioso, aquele que nos possibilita existirmos, estarmos vivos, realizando coisas por aí. A conversa é complexa. Teoria e prática nem sempre estão em harmonia, alinhadas e caminhando lado a lado. O “mundo do dever ser” e o “mundo do ser” estão em disparidade.

            Se isso acontece com você – como acontece comigo – talvez seja a hora de pensar sobre estilo de vida. Mais do que pensar, na verdade, mudar. Encontrar caminhos, por mais difícil que possa parecer e que realmente seja, de cuidar do que deve ser cuidado, pelos meios possíveis dentro de cada realidade, antes que seja tarde demais.

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Falta cuidado com as árvores

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

“A Prefeitura de Nova Friburgo precisa atentar para o estado precário de muitas árvores no centro da cidade. No Paissandu, por exemplo, existem pelo menos duas árvores de grande porte, com galhos secos e tomados por parasitas, que estão prestes a cair, podendo provocar acidentes. Uma árvore bem em frente ao condomínio Central Park e outra na esquina com a Rua José Tessarolo dos Santos, a antiga Baronesa, são as que estão em pior estado. Nas avenidas Galdino do Valle e Comte Bitencourt também existem várias árvores atacadas por pragas nas margens do Rio Bengalas.

“A Prefeitura de Nova Friburgo precisa atentar para o estado precário de muitas árvores no centro da cidade. No Paissandu, por exemplo, existem pelo menos duas árvores de grande porte, com galhos secos e tomados por parasitas, que estão prestes a cair, podendo provocar acidentes. Uma árvore bem em frente ao condomínio Central Park e outra na esquina com a Rua José Tessarolo dos Santos, a antiga Baronesa, são as que estão em pior estado. Nas avenidas Galdino do Valle e Comte Bitencourt também existem várias árvores atacadas por pragas nas margens do Rio Bengalas. A prefeitura, infelizmente, tem se limitado a cortar as árvores quando não tem mais como tratar ou fazer uma poda drástica e mortal como a que foi feita recentemente em uma árvore em frente ao clube Sociedade Esportiva Friburguense (SEF). O que resta da árvore ainda está lá.”

Carlos Alberto Freitas  

 

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Estatuto das blitzes

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O friburguense se acostumou com a indústria de multas de trânsito que cresceram substancialmente na atual gestão municipal. Polêmicas à parte sobre penalidades justas ou injustas, a falta de normas claras impõe dúvidas sobre caráter meramente arrecadatório ou de fato organizacional e educativo. Em vias estaduais, as contestações também existem e estão próximas de um fim. Está em fase avançada um documento que estabelece regras a serem seguidas por policiais e agentes de trânsito durante operações de fiscalização em todo território fluminense.

 

O friburguense se acostumou com a indústria de multas de trânsito que cresceram substancialmente na atual gestão municipal. Polêmicas à parte sobre penalidades justas ou injustas, a falta de normas claras impõe dúvidas sobre caráter meramente arrecadatório ou de fato organizacional e educativo. Em vias estaduais, as contestações também existem e estão próximas de um fim. Está em fase avançada um documento que estabelece regras a serem seguidas por policiais e agentes de trânsito durante operações de fiscalização em todo território fluminense.

 

Segurança x Trânsito

O texto deve sair da Comissão Especial para Acompanhar as Políticas Públicas de Combate à Desordem Urbana, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), intitulado Estatuto das Blitzes. O governador Cláudio Castro já anunciou que sancionará o projeto que separará as normas em questões ligadas à Segurança Pública e outra às de Trânsito. Ambas deverão seguir os protocolos e as normas estabelecidas no documento.


Polícia

Nas blitzes de segurança pública, as operações devem levar em conta a mancha criminal, como procedência do veículo; se o motorista possui mandado de prisão em aberto; se o veículo consta como roubado; se as características do veículo, incluindo a placa, foram adulterados; se o veículo está transportando material entorpecente ou armas; etc. Para dar mais transparência, as blitzes deverão ter um servidor, seja policial civil ou militar, identificado como o responsável pela operação de fiscalização.

 

Agentes de trânsito

Já nas blitzes de trânsito, a missão será a de verificar as condições de segurança e trafegabilidade do veículo. Ou seja, se as normas estabelecidas no Código Brasileiro de Trânsito estão sendo cumpridas. Para isso, o órgão responsável pelas blitzes deverá expedir uma ordem de serviço, onde além de justificar o motivo da operação também deverá incluir o nome do servidor responsável pela autuação, não podendo ser um terceirizado. 

 

Combate à “máfia do reboque”

As blitz de trânsito também deverão ter horários para execução previamente definidos. A princípio, o reboque usado na ação deverá ser proveniente do órgão responsável por fazer a blitz. Outra mudança é que nas ocorrências passíveis de resolução em um curto espaço de tempo como, substituição de pneus carecas, o conserto de uma lanterna ou, até mesmo, um problema com a lataria do automóvel, o motorista deverá ser notificado e o veículo não poderá ser rebocado. 

 

Depósitos de veículos 24 horas por dia

A ideia é que a retenção e apreensão do veículo seja apenas o último recurso a ser usado pelos agentes públicos. Outra iniciativa pretendida é a de que os depósitos públicos passem a funcionar 24 horas por dia, evitando assim que os motoristas sejam obrigados a pagar diárias excessivas. Em estudo, está ainda a possibilidade de que o pagamento seja feito por horas e não mais por diárias. 


Cervejas friburguenses

A Prefeitura do Rio lançou um programa que pretende transformar a Rua da Carioca, no Centro, na “Rua da Cerveja”. Serão liberados até R$ 200 mil para reformas além de um subsídio máximo de R$ 15 mil para despesas mensais, como aluguel, por um prazo que pode variar de dois anos e meio a quatro anos. E muitas cervejarias friburguenses estão interessadas no mercado carioca.


Rua da Cerveja

O objetivo da prefeitura da capital é atrair para a via — uma das mais tradicionais da cidade e que vive há anos um ciclo de decadência econômica, com dezenas de lojas fechadas — pequenas fábricas da bebida e os chamados brewpubs, locais onde a cerveja é produzida, comercializada e consumida. Os valores efetivamente repassados vão variar de acordo com o tamanho dos imóveis que aderirem ao projeto. 

 

Oportunidade

As cervejarias interessadas terão que comprovar experiência mínima de dois anos no ramo, produzir e comercializar cervejas artesanais no local e se comprometer a exercer as atividades propostas no momento da inscrição pelo período mínimo de 30 meses. Uma oportunidade para um mercado consumidor projetado como um dos maiores do mundo. Dois editais já estão liberados: o primeiro para a inscrição de proprietários interessados em alugar seus imóveis e o segundo para cervejeiros artesanais dispostos a preencher as vagas abertas. 

 

Como fazer

As inscrições de imóveis e projetos poderão ser feitas na sede da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), na Rua Sacadura Cabral 133, no bairro da Saúde, em até 30 dias corridos a partir da publicação dos editais no Diário Oficial. Para as cervejarias friburguenses interessadas, o edital obriga produzir e comercializar cervejas artesanais no local; apresentar proposta de ativação do espaço público e possuir horário de funcionamento estendido e aos fins de semana.


Aquecimento global e cervejas 

Por falar em cerveja, essa é para os amantes da terceira bebida mais consumida do mundo, especialmente aos que negam as mudanças climáticas. Atrás apenas da água e do café, a cerveja pode ser afetada pelo aquecimento global. A japonesa Asahi alerta que as mudanças climáticas representam uma ameaça à disponibilidade global de cerveja. É que o aumento das temperaturas está afetando a produção de cevada e lúpulo em todo o mundo, podendo levar à escassez da bebida.


Impacto 

Análises realizadas pela empresa indicam que o aquecimento global terá um impacto significativo na produção de cevada e na qualidade do lúpulo nas próximas três décadas. A qualidade do lúpulo, um componente fundamental para o sabor da cerveja, poderia diminuir em 25% na República Tcheca, um dos principais produtores do ingrediente no mundo, por exemplo.

 

Previsões anteriores

O alerta não é de hoje. Ainda em 2018, um estudo publicado na revista Nature Plants indicou que os fenômenos climáticos contemporâneos podem acabar com todo o estoque global de cerveja. Segundo a publicação, as secas e ondas de calor que estão sendo agravadas pelo aquecimento global provocado por ações do homem, devem levar a queda no rendimento e qualidade das colheitas de cevada. À época não havia um número certo, mas a perda de produtividade chegaria até 17%. Com a escassez, inevitável aumento do preço da cerveja.

 

Fabulosas

“Fabulosas”, uma “ManiFesta” chega à sua 3ª edição se propondo a celebrar as mulheridades em sua diversidade. Coordenado pelo Ateliê Ecoar, o evento ocupa amanhã, 29 e sábado, 30, a Usina Cultural, com uma programação diversa. O espaço híbrido traz as mais diversas expressões artísticas empreendidas por mulheres e dissidências de gênero. 


Banho de cultura

Artistas da música, palavra, artes cênicas (dança, teatro, cultura popular), hip hop, artes visuais (pintura, escultura, fotografia, instalação etc), performance e artivismo estão contempladas. Destaque para o sarau, dia 30, das 18h30 às 21h30, cujos ingressos já estão à venda. A maioria da programação, no entanto, é gratuita. Outras informações no Instagram, no perfil Fabulosas em Friburgo.

 

Histórias serranas

Está com inscrições abertas e gratuitas até o dia 10 de outubro a Oficina Literária Histórias Serranas. Organizada pelo escritor e compositor Arnaldo Luís Miranda, o objetivo da oficina é estimular a reflexão sobre o poder transformador da escrita, promovendo o autoconhecimento e a construção de um pensamento lógico. As aulas terão início no dia 16 de outubro com duração de duas semanas – sempre de segunda a quinta-feira – das 18h30 às 21h30, no auditório da Academia Friburguense de Letras, na Praça Getúlio Vargas.

 

Publicação em livro

São 35 vagas – 15 para interessados em apresentar por escritos ‘causos’ e episódios verídicos de suas comunidades e 20 vagas para ouvintes (que poderão mudar de categoria no final da primeira semana). As vagas serão distribuídas por ordem de inscrição. Dois trabalhos na categoria ‘causos’ e dois na categoria ‘episódios verídicos’ serão selecionados para apresentação de fim de curso e reunidos no livro ‘Histórias Serranas’. 


Imperatriz de Olaria

A Imperatriz de Olaria define o samba que levará para os desfiles do Carnaval 2024 no próximo domingo, 1º de outubro. Cinco sambas participaram da disputa e apenas dois seguem brigando pela honra. As parcerias de Damásio Ventura e Marlon Dias foram as que prosperaram para a grande final. A vermelho e branco tem como enredo “Um Brinde à Alegria! E Vai Rolar a Festa…”. Será a segunda agremiação a definir seu samba. 


Vilage

A Vilage aproveitou sua festa em celebração aos seus 75 anos de fundação para lançar a versão oficial do seu samba-enredo, que buscará o inédito penta do carnaval friburguense. A composição - vencedora da acirrada disputa - de Rogerinho Sancho, Marlon Caetano, Chiquinho Quaresma, Breno Rage, Paulinho Chinchila e Ricardo Ramos teve poucas alterações. A verde e branco já lançou também o clipe oficial do samba, já disponível nos canais digitais da agremiação. 

 

Unidos da Saudade

A Unidos da Saudade está a duas semanas de definir seu samba para o Carnaval 2024.  Restam cinco dos seis sambas que se inscreveram para o enredo “Traição ou Trapaça? Quem é rei nunca perde a majestade”. Todas as obras estão disponíveis no canal da agremiação no YouTube. Neste domingo, 1º de outubro, a roxo e branco realiza a semifinal. A grande final será no dia 7 de outubro. 


Alunão

A escola de Conselheiro Paulino ainda não começou a disputa de samba e será, portanto, a última a fazer a definição. Após encomendar a obra deste ano, a Alunos do Samba decidiu abrir disputa com premiação, inclusive, para o desfile de 2024. Serão R$ 1,5 mil para o vencedor. A apresentação dos sambas ocorrerá no dia 15 de outubro. Já no final de semana seguinte haverá uma eliminatória e no dia 28 já ocorre a grande final. A escola, que não vence desde 1996, tentará acabar com o jejum com o enredo “Nem tudo que reluz é ouro”.     


Palavreando      

“Se a paixão é perigosa, corra o risco. Se apaixone por pessoas, por sonhos, por projetos. Se aventure. Se engaje em lutas coletivas. Se meta a pertencer. Felicidade também é o que nos dá sentido de existir. E haverá saborosos enganos, mas até se confirmar como tal, terá sido feliz a entrega. Riremos de tudo ao final”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA

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Ressaca amorosa

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Levou um ano ensaiando a decisão, mas finalmente dera o Grito do Ipiranga: Separação ou Morte!

Levou um ano ensaiando a decisão, mas finalmente dera o Grito do Ipiranga: Separação ou Morte!

Assim que entrou no bar, os amigos começaram a cantar “Até que enfim, até que enfim...” Um deles, mais poético, logo acrescentou uma rima embargada de cerveja: “Aquela baranga largou de mim...”  Tinha sido frequentador diário, mas nos últimos anos raramente aparecia, e quando aparecia tomava um único chope, numa única golada. Não desatava a gravata nem a cara de quem tivesse acabado de espancar uma velhinha indefesa ou estivesse indo tirar o pai da forca. Mas agora retornava e retornava triunfante. Os velhos companheiros já tinham recebido a notícia e, de copos erguidos, o esperavam para comemorar.

Lembravam dos bons tempos, quando ele era o primeiro a chegar ─ às seis e quinze, o tempo necessário para sair do escritório e atravessar a rua. Repetia a saideira oito, nove, dez vezes. E não era só no bar. Nos bailes, nas festas, no futebol de salão, lá estava ele, amigo entre amigos, sempre animado, sempre de bom humor. E sempre tranquilão. Se havia um desentendimento, era o primeiro a chegar com o famoso “deixa disso, vamos na paz, irmão!”

Aí aconteceu Lucinda. Nem o fato de Lucinda ser dentista, ter-lhe arrancado alguns dentes e cobrado uma fortuna para botar outros no lugar impediu que ele se apaixonasse por ela. Enfim, casou. Casou e desapareceu. Se encontrava alguém da antiga turma, cumprimentava-o solenemente como se estivesse beijando a mão do Papa. Se alguém conseguia arrastá-lo até o bar, era aquela pressa, aquela sobriedade. E a todos ele dizia que finalmente estava feliz, que era outro homem, que Lucinda era tudo e muito mais, que nunca mais voltaria à vida antiga.

Porém... Porém... Começaram a correr boatos de que nem tudo eram flores. Que Lucinda o trazia no maior cabresto, que era a rotina casa-trabalho, trabalho-casa, visita à sogra aos sábados, aniversário de sobrinho todo mês, uma latinha de cerveja no almoço de domingo. Enfim, casou e cansou. Levou um ano ensaiando a decisão, mas finalmente dera o Grito do Ipiranga: Separação ou Morte!

Agora, homem livre, reaparecia no bar de antigamente. Um Nelson Goncalves desafinado entoou: “Boemia, aqui me tens de regresso...”, e mais não cantou porque o alarido foi geral. Saudavam o amigo como quem saúda um soldado que volta da guerra, mutilado, mas vivo. Quando o deixaram falar, ele exaltou o valor da liberdade, a alegria do convívio com os amigos, o triunfo da vontade sobre as amarras do matrimônio. Já passava das três da manhã e do enésimo copo quando finalmente admitiu que a separação fora decisão de Lucinda, que ele até tinha pedido para dar mais um tempo, que chegara à humilhação de mandar para ela um buquê de rosas vermelhas. Mas, tudo bem, finalmente estava livre. Livre!

Já de manhãzinha pegou um taxi e foi para a casa dos pais, com quem voltara a morar. Entrou apoiando-se nos móveis, trancou a porta e jogou-se na cama. Só a mãe, já preparando o chá de boldo, ouviu o filho suspirar, a voz saindo espremida pela porta do quarto: “Lucinda, meu amor!”

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A VOZ DA SERRA é a estação do calor humano!

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

            Finalmente, a primavera chegou e nos cabe deixar um afetuoso “au revoir” para o inverno que fez poucas e boas ganhando destaque na edição do jornal no último fim de semana. Os casacos e os cobertores voltam às prateleiras mais altas dos armários e as lojas especializadas em sorvetes reforçam o atendimento, pois, é uma primavera com cara de verão. Antigamente, falava-se apenas em flores e temperaturas amenas. Ao contrário desse marasmo antigo, os meteorologistas fazem previsão de temperaturas acima da média para a época primaveril.

            Finalmente, a primavera chegou e nos cabe deixar um afetuoso “au revoir” para o inverno que fez poucas e boas ganhando destaque na edição do jornal no último fim de semana. Os casacos e os cobertores voltam às prateleiras mais altas dos armários e as lojas especializadas em sorvetes reforçam o atendimento, pois, é uma primavera com cara de verão. Antigamente, falava-se apenas em flores e temperaturas amenas. Ao contrário desse marasmo antigo, os meteorologistas fazem previsão de temperaturas acima da média para a época primaveril. Chuvas torrenciais para algumas regiões e outras, com seca em excesso. Várias cidades já estão vivendo ondas de calor intensas no Brasil, o que prejudica a nossa saúde. O alerta é para um calor assustador e muito prejudicial para diversos setores importantes para a economia do país. Como exemplo, pode haver uma queda de 20% no setor de gado leiteiro, reduzindo sua produção pelo estresse térmico.

            Muito prazer, senhor artista, André Bringuenti! Ana Borges nos fez a gentileza de trazê-lo ao Caderno Z e exibir sua maravilhosa arte. Seu estilo “bringuentino” da “desconstrução” constrói um visual expressivo, entre cores, traços e sofisticação, dentro da maior clareza e simplicidade, pois, o sofisticado e o simples se dão muito bem na sua obra. Sob a sua paleta, onde o pincel ganha liberdade, postes e muros ganham alma e, nós, os apreciadores, ganhamos o deleite de contemplar a sua criação. A sua “inquietação” é o sossego do nosso olhar. Desde já, a minha admiração pela sua força ante as suas perdas e dores. Sabemos que não há dor que não traga algo novo e o seu encantamento por Nova Friburgo nos orgulha. Parabéns!

            Wanderson Nogueira, o trovador das ideias, viaja na filosofia: “Tempo de colher. Tempo de despertar. Se tenho medo? Perguntam-me. Tenho medo, mas não tenho escolha – respondo a mim mesmo. E você? Aberto, livre, disposto. Seja arranha-céu. Abandono aos penduricalhos e nos braços priorize buquês de flores. A estação vindoura espalha vivacidade e não pede continência. Harmonia. Prazer em ser. Que honra é viver.” . Que beleza!

            O Cão Sentado, na charge de Silvério, veio vestido a caráter para brindar a nova estação. Somos a maior produtora de flores de corte do Estado do Rio de Janeiro e temos a  segunda colocação em âmbito nacional. Com o intuito de fortalecer a produção de flores na região fluminense, o Programa Florescer, desenvolvido pela Secretaria estadual de Agricultura que disponibiliza uma linha de crédito de até R$ 100 mil, com juros de 2% ao ano, por produtor, objetivando facilitar e alavancar a produção estadual. Os interessados podem procurar os escritórios locais da Emater-Rio ou pelo e-mail: agroprofundo.rio@gmail.com.

            Em “Há 50 Anos”, na edição de 22 e 23 de setembro de 1973, a coluna deu destaque para o 2º Mini-Festival da Canção, promovido pelo Colégio Estadual de Nova Friburgo. A canção vencedora, de autoria de Gilse Ventura Coutinho, da turma 801, ela, então, com 14 anos de idade. À época, a notícia foi acompanhada de um elogio ao educandário: “O colégio vem, há muito tempo, firmando uma posição de incentivo e estímulo às artes e às ciências.”. Cinquenta anos depois, o Colégio Estadual de Nova Friburgo se fez representar pelos seus ex-alunos que seguiram os acordes de sua majestosa Banda Marcial, no “mar azul” que despontou na Avenida Alberto Braune, na parada de Sete de Setembro, neste 2023.  A VOZ DA SERRA é assim - faz o intercâmbio – passado e presente com vistas para o futuro!

            Os queridos Roosevelt Carvalho Cordeiro e Adinéia, festejando 55 anos de casamento na próxima quinta-feira, 28, foram destaques em “Sociais”. Casal simpático, exemplo de uma união perfeita. Parabéns! Já a lindinha Olívia Panisset da Conceição, a princesinha do casal,  Thalles e Thais, festejou 1 aninho na última sexta-feira, 22. Votos de muitas alegrias para os familiares também.

            A Semana Nacional do Trânsito ganhou destaque na reportagem especial de Christiane Coelho, que nos trouxe um dado alarmante, pois, em Nova Friburgo, o “número de acidentes este ano já superou o total registrado em 2022”. Entre as ações de prevenção, a Operação Lei Seca promoveu campanhas educativas em diversas áreas do Estado do Rio, inclusive, em nossa Região Serrana, chamando atenção para o uso de “tolerância zero”  para quem for apanhado no bafômetro. 

            “Heródoto: o homem que sonhou Nova Friburgo” é o título da exposição no Cadima Shopping, em homenagem ao inesquecível doutor Heródoto, engenheiro e empresário, que foi prefeito de Nova Friburgo, por quatro vezes e agora tem seu nome no hall de eventos do Cadima. Dinâmico, envolvente em suas ideias, dono de um conhecimento amplo em administração, destemido e sonhador. Onde alguém via dificuldades, Heródoto enxergava uma possibilidade de desenvolvimento. Parabéns, Cadima! O legado de Heródoto está eternizado, merecidamente.

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Aniversário bem comemorado!

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

No último sábado, 23, o Rafael Pecly Bardasson (foto), para satisfação toda especial de sua amada mãe Nicole Guedes Pecly e avós corujas Rita e Paulo Roberto, bem como dos demais familiares e muitos amiguinhos, comemorou em um espaço recreativo da Lagoinha, o seu primeiro aninho de vida. Ele se divertiu a valer com a festa que teve como tema “A Fazendinha”.

Por esta alegre razão, para a mamãe, avós e sobretudo ao peãozinho galã Rafael, nossos parabéns com votos de muitas e muitas felicidades para todos.

 

No último sábado, 23, o Rafael Pecly Bardasson (foto), para satisfação toda especial de sua amada mãe Nicole Guedes Pecly e avós corujas Rita e Paulo Roberto, bem como dos demais familiares e muitos amiguinhos, comemorou em um espaço recreativo da Lagoinha, o seu primeiro aninho de vida. Ele se divertiu a valer com a festa que teve como tema “A Fazendinha”.

Por esta alegre razão, para a mamãe, avós e sobretudo ao peãozinho galã Rafael, nossos parabéns com votos de muitas e muitas felicidades para todos.

 

Mudando de idade hoje

Hoje, 26, o dia é de familiares e amigos parabenizarem o admirado industrial Carlos José Ieker, da fábrica Hak que está estreando nova idade.

Por isso, se juntando a todos, nossos cumprimentos e felicitações para o grande Carlos José.

 

Diretor com nova idade

 Ainda recebendo cumprimentos pelos 46 anos de idade que completou na última quinta-feira, 21, o simpático e admirado capitão de fragata, médico dr. Henrique Wajnberg. O aniversariante, a exemplo de seus antecessores, vem fazendo grande trabalho como diretor do Sanatório Naval de Nova Friburgo desde fevereiro deste ano.

Ao querido dr. Henrique, na foto em companhia de sua esposa Celina e do filho Gustavo, nossos parabéns também com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom.

 

Vivas ao super Márcio

Quem também está celebrando nova idade neste final de setembro é o admirado empresário de nossa cidade, Márcio Branco, o Márcio da SAF, que aniversariou ontem, 25. Parabéns e mais felicidades, amigo!

 

Encontro da Família Berbert

O conhecido Arnaldo Berbert Miranda, irmão dos saudosos jornalistas de admiráveis capacidades e que deixaram saudades por atuarem por anos em A VOZ DA SERRA, Girlan e Reginaldo Miranda, está dando start a uma bela iniciativa.

A realização, em maio de 2024, aqui em Nova Friburgo, do 9º Encontro Nacional da Família Berbert, que acontecerá em meio as comemorações dos 200 anos da Imigração Alemã no Brasil.

Durante o último encontro, realizado na cidade baiana de Ilhéus, onde há um ramo expressivo da família, aconteceu o lançamento do livro “Família Berbert História e Genealogia”.

 

Dando rolo a falta do rolo

Independentemente de se comentar sobre outras ruas centrais que já tiveram realizados os serviços de canalização para as águas pluviais, a movimentada Rua Dante Laginestra já chama atenção, infelizmente pelo lado negativo.

Será que as autoridades responsáveis pela obra não se atentaram ainda para as depressões, desníveis, afundamentos e irregularidades em praticamente toda a extensão do calçamento de paralelepípedos?

 O que chamou atenção de muita gente na época dos trabalhos, inclusive deste colunista, é que não seu viu nos preparativos para aplicações dos paralelepípedos, a utilização de rolos compressores ou compactadores, salvo engano nosso, do tipo pé-de-carneiro ou lisos e vibratório, para nivelamento das camadas de pedra britada e areia, para aí serem aplicados os paralelos de modo a ficar uma pista perfeita e bem melhor do que está. Ou será que a coluna está abordando algo sem fundamento? 

 

Atenção, garotada e motoristas

Isso, porque amanhã, 27, é o dia doce, alegre e agitado em muitos locais a cidade por conta da tradicional distribuição de doces pelo Dia de São Cosme & São Damião, quando as crianças costumam correr atrás das sacolinhas de guloseimas.

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Em defesa da Vida

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Desde que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, foi protocolada, em 2017, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem se manifestado por meio de notas, participação em audiências públicas e no diálogo aberto com as autoridades.

Desde que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, foi protocolada, em 2017, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem se manifestado por meio de notas, participação em audiências públicas e no diálogo aberto com as autoridades.

O atual secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, quando ainda era bispo de Rio Grande-RS, representou a conferência na audiência pública sobre descriminalização do aborto convocada pela ministra do STF, Rosa Weber, em agosto de 2018.

Na ocasião, dom Ricardo falou que a ADPF 442 é um tema jurídico delicado, sensível, altamente polêmico e envolve razões de ordem ética, moral e religiosa para manter a legislação como está e destacou a importância de considerar os reais sujeitos a serem tutelados e citou propostas alternativas à prática, como o apoio da Igreja.

“O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo”, disse durante audiência pública.

Direito à vida

O bispo lembrou ainda em seu discurso um trecho da nota de 2017 da CNBB. “Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente”. (Nota CNBB, 11/04/2017).

Em um outro trecho de sua participação, dom Ricardo fez sua fala direcionada à ministra Rosa Weber, que votou na madrugada da ÚLTIMA sexta-feira, 22, pela descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. O julgamento teve início no Plenário Virtual, mas foi suspenso por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso.

“Eu quero iniciar com um ato de agradecimento à Sra. Exma. Ministra Rosa Weber, que no primeiro dia dessa Audiência a Sra. reconheceu que: “trata-se de um tema jurídico delicado, sensível, altamente polêmico enquanto envolvem razões de ordem ética, moral e religiosa”. Diante disso é estranho, mas querem nos desqualificar como fanáticos e fundamentalistas religiosos impondo sobre o Estado Laico uma visão religiosa”, disse.

E continuou citando, com base na nota da CNBB de 11/04/2017: “Onde está o fundamentalismo religioso em aderir aos dados da ciência que comprovam o início da vida desde a concepção? Onde está o fanatismo religioso, em acreditar que todo atentado contra a vida humana é crime? Onde está o fundamentalismo religioso em dizer que queremos políticas públicas que atendam a saúde das mães e dos filhos? Por isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reitera sua posição em defesa da vida humana com toda a sua Integralidade (dado científico), Dignidade (Art. 1º da Constituição) e Inviolabilidade (Art. 5º da Constituição), desde a sua concepção até a morte natural”.

Fonte: CNBB

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Os mágicos das histórias

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Poderão ser os escritores de livros infantis os Ministros das histórias? E por que não? A criança gosta de ler e entrar com desprendimento no mundo da fantasia. Entrando no universo do faz-de-conta, ela vai conhecendo e compreendendo o mundo em que vive.

Poderão ser os escritores de livros infantis os Ministros das histórias? E por que não? A criança gosta de ler e entrar com desprendimento no mundo da fantasia. Entrando no universo do faz-de-conta, ela vai conhecendo e compreendendo o mundo em que vive.

A criança ao abrir o livro e folhear suas páginas tem à sua frente um universo lúdico, quando vai conhecendo a realidade concreta na qual está inserida, mergulhando em cada história. Não se pode apresentar a vida com seriedade a quem tem pouco tempo de existência e percebe o ambiente com olhos curiosos, decodificando o dia a dia, as circunstâncias que a cercam e as pessoas com quem convive. O livro de literatura tem a magia de falar dos fatos em tom lúdico e colorido. Por que a criança não pode encontrar o que vive nos livros de modo colorido, engraçado e sutil?

A vida não poupa o infante da dor, da falta e da maldade. Nada limita a vida de tocar a criança, que é tão humana quanto o adulto, sensível quanto o velho, tão atenta quanto ao do animal na mata. Por que não mostrar as adversidades através dos contos, fábulas, poesias e histórias em quadrinhos?

O escritor, ao se vestir com a roupa de mágico, assume o lugar daquela pessoa responsável pela administração de atribuições, como buscar ideias genuínas no imaginário, escrevê-las em estilos literários, participar ou promover a edição dos textos que escreveu em livros, conversar com leitores, dentre tantas outras. O escritor tem de observar o leitor infantil em sua cultura, faixa etária, centros de interesses para ter maior sensibilidade e inteligência a fim de usar as palavras e elaborar frases. Acima de tudo, sabedoria para construir os textos com ternura e alegria. É preciso aprender a brincar de inventar histórias. A passar pelos portais “Era uma vez...”, “Naquele tempo...” “Certa vez...” para adentrar no próprio imaginário e dar-se o direito de criar enredos com os mais incríveis personagens, como a fábula de João e Maria, recontada pelos irmãos Grimm, ou a busca pelo Mágico de OZ, de Frank Baum. Ou ainda nas aventuras e desventuras de um Livro Maluco e uma Caneta sem Tinta (meu livro em parceira com Márcio Paschoal), no intuito de superar o medo de ser criativo e buscar novas histórias.

Nós, adultos, guardamos a criança que um dia fomos e nossa pessoa é consequência de tudo o que vivemos na infância e do modo como experimentamos as circunstâncias. Inclusive ela é viva em nossos pensamentos e sentimentos. Sempre bom lembrar que é na infância que aprendemos a rir e a chorar.

O escritor, o inventor de histórias, precisa tornar vívida a sua criança, dando cor e movimento às palavras que emprega nos textos, fazendo sapecar suas ideias, sem medo de imaginá-las.

Aliás, o grande desafio ao escritor é libertar-se dos seus grilhões limitantes e permitir-se transitar com desenvoltura em suas fantasias e torná-las verossímeis em suas criações literárias.

O escritor é um mágico sem cartola, um bruxo feito de papel, lápis e borracha.

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