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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Festejar o dia 22 de abril em dose dupla é um presente. E o Caderno Z nos convidou para um passeio em torno da história da formação do Brasil. A data não remete apenas ao descobrimento, mas ao Dia da Comunidade Luso-Brasileira, que passou a ser lei, por intermédio de um projeto do senador Vasconcellos Torres, a partir de 22 de abril de 1967. Mais adiante, em 22 de abril de 2000, foi assinado o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, conhecido como o “Estatuto de Igualdade”. As duas nações desenvolveram, ao longo do tempo, uma irmandade harmoniosa por todas as afinidades e pela profícua influência de Portugal na formação do nosso povo.

Os festejos em terras friburguenses têm o acréscimo de mais uma data, 11 de junho, quando em 1933 foi fundado o Grêmio Português de Nova Friburgo. Há ainda a festa do Dia de Portugal, em 10 de junho. No auge de seus 90 anos, o Grêmio tem sido, conforme a canção, “uma casa portuguesa, com certeza, pão e vinho sobre mesa” que em suas “quatro paredes caiadas”, se destaca mantendo a cultura lusitana viva, unindo famílias, criando espaço de socialização com a alegria peculiar que emana no ambiente. Agora, sob a presidência da querida Vera Cintra, tudo converge para inúmeras realizações, tendo o alicerce do passado e as janelas para um futuro, cada vez mais promissor. E eu me lembrei da trova do saudoso Antônio Carlos Rodrigues: “Portugal, descobridor, /desta terra, desta gente.../ O Brasil te deve amor / incomensuravelmente!

São muitas datas a celebrar neste mês. A exemplo, 22 de abril, com destaque em “Sociais”, foi o dia do aniversário do estimado Dário Salomão, da Drogaria Globo. Outro aniversariante, no dia 26, é o Luiz Antônio Sobrinho, o querido Louro, um dos mais antigos funcionários do jornal. Ele autua na gráfica, causando sempre as melhores impressões. Parabéns, queridos. Além das homenagens à memória de Tiradentes, celebrou-se em 21 de abril o Dia de Olaria. Embora, “sem muito a comemorar” pelas dificuldades de administração, o bairro mais populoso da cidade tem muita coisa boa: tradição e história, tem jeito de cidade, tem povo acolhedor e uma vista maravilhosa e romântica, como disse Rodolpho Abbud: “Na Olaria, as Catarinas namoram o Imperador!”.

De festejo em festejo, teve ainda o Dia de São Jorge, comemorado em 23 de abril. A data foi escolhida por ter sido anunciada em 23 de abril de 308, a sua sentença de morte, na perseguição aos cristãos pelo Imperador Diocleciano. Tal acontecimento trágico deu-se em virtude de Jorge jamais ter renunciado à sua fé cristã e ainda serviu de incentivo para a conversão de mais pessoas, o que aliás propagou a fé entre o povo palestino. No Estado do Rio de Janeiro, a data passou a ser feriado estadual, o que, facilita em Nova Friburgo, uma série de eventos, como a Cavalgada de São Jorge, comemorando sua 29ª edição. A charge de Silvério ilustrou a capa do jornal do último feriadão, lembrando o dragão da economia. Só cantando com Djavan: “São Jorge por favor me empresta o dragão... Mais fácil aprender japonês em braile...”. Haja coração e oração!

E o dragão do descarte de resíduos têxteis? Christiane Coelho trouxe à luz um problema recorrente, que envolve a educação ambiental. A doutora  Ana Moreira, do  Laboratório de Sustentabilidade da Uerj, explica, entre outras preocupações, que os resíduos têxteis, no aterro sanitário, “não têm valor algum, somente custo”. Fernando Cavalcante, ambientalista, ressaltou a demora da decomposição das linhas noite e fitness que podem levar entre 100 e 300 anos para se decomporem na natureza. Que triste!

Por descuido, somos passíveis de acumular resíduos na mente. Paula Farsoun, em “Mente Sã”, nos alertou: “Muita inutilidade disputando espaço e atenção com o que verdadeiramente importa. Um cabo de guerra que está difícil de ser equilibrado pelo lado da essência da vida. Do que é útil. Do que acrescenta. Do que ensina”. E pergunta: “Estamos empregando nossa energia vital naquilo que é substancial?” Parabéns, Paula!

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