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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 02 de maio de 2023

 Tivemos mais um feriado prolongado do jeito que o brasileiro gosta. Há pessoas que até criticam a existência de tanta folga, porém, há datas que não podem passar em brancas nuvens. O Dia do Trabalho (1º de maio) é fruto da luta de muitos trabalhadores e trabalhadoras do passado, a partir de uma greve por direitos trabalhistas, em 1º de maio de 1886, em Chicago. No Brasil, o reconhecimento se deu em 1925 e se aperfeiçoou em 1940, quando foi instituído o salário mínimo, por Getúlio Vargas. Meu pai contava que essa conquista foi um marco na vida dos trabalhadores e as pessoas diziam: “Fulano ganha salário mínimo!”. Era algo vantajoso. Foram muitos avanços, como a criação da Justiça do Trabalho, em 1941 e a Consolidação das Leis Trabalhistas, em 1943.

A mulher saiu do casulo e expandiu seu campo de atuação, além das fronteiras domésticas, passando a ter, inclusive, direito ao voto. Na reportagem  “A batalha diária de milhões de brasileiras”, o Caderno Z nos trouxe uma escalada com episódios muito interessantes e, alguns até escalafobéticos, como em 1827, ano em que as  mulheres foram “liberadas para frequentarem a escola”. Papai dizia que, na roça, não se devia mandar as moças para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para namorados. O cartão de crédito, por muito tempo, foi exclusivo para os homens.

Ainda bem que a mulher prosperou, tornando-se senhora de seu destino, conseguindo até driblar “os desafios da tripla jornada”. Wanderson Nogueira nos ajuda a difundir o respeito ao poderio feminino: “Sei que rótulos existem e admiti-los, ajudam a nos prevenirmos deles. Sei que temos uma longa caminhada de conscientização, mas não é porque é longo que não deva ser caminhado. Talvez, seja menor do que ontem. Certamente, ainda é vergonhoso. Sensibilidade para o feminino é apenas um primeiro passo, tanto quanto respeito é dever...”.

Em “Sociais”, eu mando um abraço especial para Myrian Kato que, no auge dos festejos de seus 70 anos, esbanja beleza e simpatia. A ela, que é símbolo da força empreendedora das mulheres, votos de saúde e de mil felicidades. Ser feliz no trabalho é o sonho de muita gente e essa é a realidade de quem trabalha na Stam. A metalúrgica recebeu o certificado “Melhores Empresas Para Trabalhar”. Parabéns, pois a Stam possui as chaves do sucesso, abrindo portas e janelas para o mundo!

A charge de Silvério também homenageou o 1º de maio, felicitando os trabalhadores. O Cão Sentado é simpático ao calendário e acompanha a vida de Nova Friburgo, como se fosse um escoteiro, sempre alerta aos acontecimentos. Na verdade, as homenagens ao trabalho são todas muito bem-vindas, pois é pelo trabalho que se obtém o pão de cada dia, contudo, a manteiga requer mais suor ainda. O pão é a massa, a manteiga, o sabor e os desafios do empreendimento. É o que fazem as empreendedoras do projeto “Mulheres de Sucesso”, pois “se unem para se fortalecerem”.

Da união dessas mulheres veio a força de juntarem sonho, trabalho e empreendedorismo. A reportagem de Christiane Coelho nos levou a um passeio educativo para quem quer entender de negócios, sem perder a sensibilidade lúdica de viver. Do início, quando “Sílvio Montechiari, emprestou as máquinas às costureiras demitidas da Triumph, para começarem suas confecções, muitas se tornaram empreendedoras de empresas, que hoje, são verdadeiras indústrias”. Elas hoje se capacitam, buscam flexibilidade, são inovadoras e sabem que “o sucesso de uma impulsiona muitas”. 

Sonhadoras, realistas, guerreiras, empreendedoras, de tudo um pouco, essas mulheres fazem da vida o pano de fundo onde costuram sonhos, remendam os anseios e alinhavam a esperança, buscando melhorar não apenas a própria vida, mas, consequentemente, o ambiente, onde quer que desenvolvam suas habilidades. A elas dedico uma trova: Na força em que foi moldada / a mulher é colossal: / - muda o rumo, muda a estrada, / mas não perde um ideal! Feliz trabalho para todo dia de trabalho!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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