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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 04 de janeiro de 2022

Enfim... 2022! A magia da virada é aquela sensação de que tudo vai ser diferente e melhor. Em novembro, começamos a vislumbrar que o ano vindouro será o depositário das nossas melhores expectativas. Contudo, a virada, em si, não é um passe de mágica, onde nossa varinha de condão poderá fazer milagres. Poderá, sim, ser um divisor de águas a partir da firmeza de propósitos. Em vez de fogos e de estrondos assustadores, que desatinam os cães, eu penso que o silêncio da reflexão deveria acontecer, produzindo em nós uma ampla retrospectiva em prol das prospectivas.

A edição especial de ano novo de A VOZ DA SERRA, por exemplo, nos trouxe um caderno especial, que nos proporcionou relembrar o ano de 2021, numa retrospectiva concisa, levando-nos  a rever o que passou e que, de certa forma, não passou. Há coisas que passam, mas ficam entranhadas em nós, conforme a edição de 1º de setembro que registrou “806 mortes pelo coronavírus”. Quantas vidas ceifadas, embora a edição de 1º de abril tenha anunciado que 25 mil pessoas já estavam vacinadas e cerca de 21 mil já aguardavam a segunda dose.   

O caderno especial pareceu um bazar – teve de tudo. Conquistas, como em 7 de abril, dia da celebração dos 76 anos de A VOZ DA SERRA. Mais adiante, pendengas no transporte público; sensatez na suspensão dos festejos dos 203 anos de nossa cidade; apreensões com os aumentos da gasolina; tristezas com as queimadas de agosto; decepções sem o Hospital do Câncer; emoções nas campanhas solidárias. Alegrias, também, como os 80 anos de Benito Di Paula, festejados com um “dobrado sinfônico” pela Euterpe Friburguense, nossa Real Banda, na marca de 160 anos em fevereiro próximo. Para todos os acontecimentos, a maravilhosa tradução de Silvério, em suas charges.

O prefeito Johnny Maycon, entrevistado por Ana Borges, pelo primeiro ano de seu governo, enfatizou: “Mais do que podia supor, 2021 foi conturbado, portanto, carregado de desafios”. Na reportagem especial de Christiane Coelho, 2021 foi o “ano da resiliência”, porque muitas pessoas, a exemplo de seus entrevistados, superaram as dificuldades. O psicólogo Geovane Correia destacou que “mesmo sendo resiliente, seremos fracos em alguns momentos e não tem problema algum em admitir isso...”. O importante, como Geovane explicou, é que “depois de experienciar a dor é preciso entender que a vida continua e que é preciso encontrar outras formas de seguir em frente...”. A matéria toda é uma terapia, um verdadeiro divã. Parabéns, Christiane!

Experienciar a dor das perdas foi bem a tônica do ano retirante e, “de Dona Brigitte a seu Abdo”, A VOZ DA SERRA deu voz para os nossos lamentos por tantas perdas irreparáveis. Quantos entes queridos nos deixaram em 2021. Mas, no rastro de suas luzes, podemos vê-los entre boas lembranças, no legado que cada um deixou. Não há outra forma de sobrevivência, que não seja o entendimento de que a vida é temporária.

Wanderson Nogueira classificou 2021 como “o pior ano de nossas vidas”. Entretanto, dentro de suas filosofias, “se o pior se despede, é porque o melhor ainda está por vir.” Não é apenas ser otimista, disse ele: “É a constatação quase que matemática, confirmada pela sabedoria popular no célebre ditado - depois da tempestade vem a bonança...”.  Tirando as previsões de Baba Vanga, uma coisa é certa: 2022 será um ano de apenas dois feriadões “emendáveis” para os friburguenses: a Semana Santa em abril e o aniversário de Nova Friburgo, em 16 de maio, uma segunda-feira. As demais datas, todas no meio de semana, sendo que 15 de novembro, numa terça-feira, poderá render uma boa folga na segunda. O Natal será num domingo e para o Ano Novo, já que todas as cores trazem algum benefício, bom será usar uma roupa estampada. A projeção das cores é válida, pessoal.

Assim, que 2022, mesmo sendo um ano par, possa transcorrer com as qualidades de um ano ímpar, bom, sem igual e repleto de realizações e saúde para todos nós. Que as energias celestiais derramem chuvas de bençãos para Nova Friburgo e fortaleçam o nosso plantio de amor. Que o mundo possa ser melhor e feliz!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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