Varíola dos macacos: ANS determina que planos de saúde deverão cobrir testes

Exame é feito a partir de amostras de fluidos coletados das lesões presentes na pele
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
(Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o teste para diagnóstico da varíola dos macacos no rol de procedimentos cobertos por planos de saúde privados. Tal medida consta em nova resolução normativa aprovada na última segunda-feira, 19. 

Endêmica em regiões da África, a varíola dos macacos (também chamada de Monkeypox) tornou-se preocupação sanitária por causa de sua disseminação em diversas nações. No Brasil, por exemplo, os casos da nova doença chegam a 7.019 com pelo menos duas mortes. Os dados foram divulgados na manhã de terça-feira, 20, pelo Ministério da Saúde.

De acordo com informações da CNN Brasil, os planos terão que cobrir os testes dos beneficiários acompanhados de indicação médica. A reportagem da rede de televisão explica que o exame é feito a partir de amostras de fluidos coletados das lesões presentes na pele. Tais análises poderão permitir a detecção do vírus causador da doença.  

A ANS divulgou nota explicando que a incorporação do teste integra o processo dinâmico de revisão do rol de procedimentos a serem oferecidos  pelos planos de saúde, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos.  Em 2021, alterações no processo de atualização foram aprovadas (até então, a lista só era renovada a cada dois anos).  

Por causa dessa mudança, a área técnica da ANS (responsável por avaliar diversos critérios como os benefícios clínicos comprovados) passou a analisar de forma contínua as propostas. Na nota divulgada pela ANS, é exposto o porquê da decisão: “A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”. 

A varíola dos macacos possui duas cepas, sendo que uma é mais letal (taxa de letalidade até 10%) e é endêmica na Bacia do Congo, e a outra (com taxa de 1% a 3%) que é normal na África Ocidental e está sendo encontrada, no surto de 2022, em outros países. Essa última, conforme a CNN Brasil, geralmente é responsável por causar quadros clínicos leves e é provocada pelo chamado poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, bem como a varíola humana, já erradicada no território brasileiro em 1980.

Quanto à proliferação do vírus, sua transmissão acontece por contato direto (por exemplo, beijos e abraços) ou através de feridas infecciosas ou secreções respiratórias. O veículo de comunicação evidencia que o tempo de incubação do vírus pode variar de cinco a 21 dias. No caso dos sintomas, o que é normal é a presença de erupções e nódulos dolorosos na pele do paciente e, além disso, pode haver febre, calafrios, fraqueza, dores de cabeça e musculares. (Portal R7.com)

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TAGS: monkeypox | testes