Último carnaval antes da pandemia, o que mais deixou saudades

Relembre como foi a abertura da folia momesca de 2020, que trouxe 50 mil foliões a Friburgo e injetou R$ 8 milhões na economia
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
A Avenida Alberto Braune lotada na sexta-feira do carnaval 2020 (Arquivo AVS/ Alan Andrade e Henrique Pinheiro)
A Avenida Alberto Braune lotada na sexta-feira do carnaval 2020 (Arquivo AVS/ Alan Andrade e Henrique Pinheiro)

Uma coisa é certa: este ano, de fato, não vai ser igual aquele que passou. Aos poucos, as flexibilizações vão permitindo que cada vez mais pessoas voltem às ruas, recuperando um pouco do colorido do Carnaval 2020, o último antes da pandemia e que deixou muita saudade nos friburguenses.

Era exatamente um mês antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia de coronavírus quando, em 21 de fevereiro de 2020, uma sexta-feira meio chuvosa, milhares de foliões fantasiados tomaram as ruas do Centro, como sempre foi tradição na cidade. 

Considerado o segundo maior do Estado do Rio em quantidade de agremiações que desfilam, perdendo apenas para a capital, o carnaval havia superado todas as expectativas naquele ano. Nos quatro dias da maior festa popular do planeta, Friburgo recebeu 50 mil turistas, conforme os números oficiais, totalizando  160 mil foliões, o que injetou R$ 8 milhões na economia local.

A programação foi extensa e variada, com o pontapé inicial dado com o  Baile da Feliz Idade, no Clube de Xadrez. Na Praça Dermeval Barbosa Moreira foram promovidos dezenas de shows com bandas e cantores locais, além da apresentação de DJs e concorridos concursos de fantasias (luxo, originalidade, gay, cães e infantil). Além de dezenas de blocos de enredo e de embalo, oito escolas de samba desfilaram na Avenida Alberto Braune: Vilage no Samba, Unidos da Saudade, Alunos do Samba e Imperatriz de Olaria, pelo Grupo Especial; Globo de Ouro, Raio de Luar, Bola Branca e Unidos do Imperador, pelo  Grupo A. Os distritos turísticos de Lumiar e São Pedro da Serra também tiveram  programação.

Entre as escolas do Grupo Especial, a Vilage conquistou o bicampeonato com um enredo sobre cinema. Já no Grupo A, a Globo de Ouro foi a grande vencedora, com o enredo “Batuque”. 

Outro ponto alto do último carnaval friburguense antes da pandemia foi a Rua da Cerveja Artesanal, montada na Augusto Cardoso. O espaço reuniu três food trucks e sete cervejarias artesanais, além de atrações diversas, inclusive com shows de bandas locais, fazendo muito sucesso entre os foliões. 

Como foi a abertura do carnaval

A chuva fraca que caiu no fim da tarde da sexta-feira de carnaval ameaçou estragar, mas logo parou e serviu apenas para refrescar após um dia de calor intenso.

O primeiro bloco a pisar na avenida foi o Bloco Infantil Peruca Maluca do Pilares, que contou com a participação de dezenas de crianças e foi um show de animação à parte.

Já no início da noite, quem entrou na avenida foi o carismático bloco Maluco Beleza, cujos integrantes são funcionários e pessoas assistidas pela clínica Santa Lúcia.  Em seguida teve a tradicional Banda da Predial Primus e o Bloco das Piranhas, marca registrada do carnaval friburguense. 

A sexta-feira ainda contou com o desfile do Bloco Otávio e Carolina, representando o distrito de Amparo; o Bloco do Frizão, que reuniu atletas e serviu para comemorar a recém-confirmada permanência da equipe na elite do Campeonato Carioca. 

Fechando a primeira noite do carnaval de Nova Friburgo, desfilaram o bloco Atrás do Seu e o famoso Blocão do Rastafare, que arrastou uma multidão atrás do trio elétrico da bateria Tsunami.

No palco montado na Dermeval Barbosa, a festa começou por volta das 19h com apresentação dos DJs Saulo Emmerick e Luciano Petrillo. Na sequência teve aulão de dança com a Cia Professor Gamel e shows do cantor Israel Lacerda e do grupo Bigode Serrano, que encerrou a primeira noite de atrações por volta das 2h da madrugada.

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TAGS: carnaval