Tempo segue instável em Friburgo e só não deve chover na segunda

Umidade favorece circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera e facilita formação de nuvens carregadas
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
O tucano fotografado no Cascatinha por Pedro Bessa no fim de semana (Foto: Pedro Bessa)
O tucano fotografado no Cascatinha por Pedro Bessa no fim de semana (Foto: Pedro Bessa)

O tempo continuará instável em Nova Friburgo, com períodos de sol alternando com chuvas às vezes fortes, até depois do período do carnaval, segundo o Climatempo. O único dia em que é menor a probabilidade de chuva é a segunda-feira, 15.

As áreas de instabilidade são reflexos de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), o canal de umidade que desce da Amazônia em direção ao Sudeste. A alta disponibilidade de ar quente e úmido favorece a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera e facilita a formação de nuvens carregadas.

O Instituto Climatempo informa que o fenômeno La Niña 2020-2021 (resfriamento do Pacífico) já passou pelo seu pico, mas os impactos nas temperaturas, chuvas e padrões das tempestades continuam, de acordo com uma nova atualização da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Espera-se que as temperaturas no continente sul-americano fiquem acima do normal na maior parte do planeta entre os meses de fevereiro e abril.

La Niña parece ter atingido o pico em outubro e novembro, como um evento de força moderada. Há uma probabilidade de 65% de que persista entre fevereiro e abril, e 70% de chance de que o Oceano Pacífico tropical retorne às condições neutras  entre abril e junho. 

El Niño (o aquecimento do Pacífico) e La Niña são os principais motores do sistema climático da Terra. Mas todos os eventos climáticos de ocorrência natural agora ocorrem no contexto da mudança climática induzida pelo homem, que está aumentando as temperaturas globais, exacerbando as condições meteorológicas extremas, afetando os padrões de chuvas sazonais e complicando a prevenção e gestão de desastres, segundo  o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

La Niña tem um efeito de resfriamento global, porém temporário. Mas isso não foi suficiente para evitar que 2020 fosse um dos três anos mais quentes já registrados. Os efeitos do La Niña e do El Niño na temperatura média global são normalmente mais fortes no segundo ano do evento, mas ainda não se sabe até que ponto o atual La Niña influenciará as temperaturas globais em 2021.

A atualização do clima sazonal global (GSCU - Global Seasonal Climate Update, em inglês) da OMM prevê maior probabilidade de temperaturas abaixo do normal na América do Sul, entre fevereiro e abril. Grande parte do continente teve chuvas abaixo do normal nos últimos meses - caso do Uruguai, do Brasil central e do norte da Argentina. A última previsão sazonal global sazonal indica que esta tendência deve continuar.

 

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TAGS: Clima