Entre janeiro e junho deste ano, o sudeste sofreu 2.351.864 tentativas de fraude. São Paulo foi o estado que mais concentrou investidas golpistas (1.391.837). O levantamento considera que essas ocorrências podem ser referentes a verificação de documentos (análise de documentos de identificação), biometria facial, verificação cadastral e roubo de identidades.
Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian e, na visão nacional, mostraram que o Brasil sofreu 4.818.533 investidas golpistas no primeiro semestre, uma a cada três segundos. “Para lançarmos o Fraudômetro em junho, o primeiro contador de tentativas de fraudes do país, realizamos uma atualização na metodologia do nosso indicador. Ele agora conta com mais tipos de tentativas de fraudes mapeadas. Dessa forma, é possível oferecer uma visão ainda mais assertiva sobre os perigos que as empresas e os consumidores correm. Não existe uma bala de prata capaz de blindar a todos contra os criminosos, mas com certeza uma estratégia de proteção em camadas dificulta ainda mais as ações fraudulentas. Além disso, todo cuidado é pouco quando o assunto é análise de riscos e segurança de dados em qualquer transação financeira”, afirma o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.
O indicador também mostra que o setor de Bancos e Cartões foi o alvo principal dos golpistas no semestre (45,5%), depois Serviços (31,1%) e Financeiras (17,7%). Varejo e Telefonia fecham o ranking com respectivamente 3,8% e 1,5% das tentativas. Os consumidores entre 36 a 50 anos precisam ficar atentos, pois essa é a faixa etária preferida dos criminosos (35,8%).
Sudeste e Sul na mira dos fraudadores
Na visão por Unidades Federativas (UFs), São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram o ranking com mais registros de tentativas de fraude entre janeiro e junho deste ano. Em seguida, estavam todos os estados do sul. Caio Rocha explica que os criminosos tendem a focar em áreas com maior volume de transações financeiras.
Foram mais de 3,7 mil tentativas de fraude por milhão de habitantes. Na média anual, o Brasil sofreu 3.721 tentativas de fraude a cada um milhão de habitantes, de acordo com o Indicador. Na visão por UFs, o Distrito Federal (DF) foi identificado como o mais visada, com 6.088 e o Maranhão (MA) a menos (1.603).
Para evitar fraudes
• Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;
• Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;
• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.
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