A concessionária Águas de Nova Friburgo iniciou uma ação para higienizar as ruas, avenidas e pontos de maior concentração de pessoas no município. A ação, realizada em parceria com a prefeitura, visa reduzir os riscos de contaminação do novo coronavírus. A concessionária anunciou que durante dois meses fará a desinfecção de diversas áreas do município utilizando uma solução composta por hipoclorito de sódio (água sanitária), que possui eficácia comprovada no combate à doença. Com apoio de um caminhão basculante, são disparados nos espaços públicos cerca de dez mil litros da substância por dia.
“Iniciamos as atividades no distrito de Conselheiro Paulino, e já passamos pelo centro da cidade e bairros como Cônego e Cascatinha. O plano é alcançar o máximo de locais com maior acesso de pessoas, como pontos de ônibus e vias mais movimentadas”, destaca a gerente de operações da concessionária de águas, Danielle Moreira. Já o superintendente da empresa, João Sá, reforça que esta é mais uma ação que o Grupo Águas do Brasil desenvolve para intensificar o combate à Covid-19.
“Desde o início da pandemia, estamos atentos aos cuidados para combater o avanço do vírus. Elaboramos diversas medidas de prevenção para proteger os nossos clientes e colaboradores. A desinfecção das ruas é mais uma estratégia da concessionária para apoiar a população no enfrentamento da doença”, conclui Sá.
De acordo com a prefeitura, já foram higienizadas nos últimos dias as calçadas da Avenida Alberto Braune, Praça Getúlio Vargas (incluindo a Estação Livre) e outras vias do Centro e do distrito de Conselheiro Paulino.
Para infectologista, bom mesmo é lavar as mãos com água e sabão
No mês passado, A VOZ DA SERRA noticiou que alguns estudos recentes, além de opiniões de especialistas, como a infectologista Patrícia Lima Hottz, também mestre em doenças infecciosas e parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que mais eficaz que o uso de hipoclorito de sódio em espaços públicos é a higienização das mãos com água e sabão para evitar a propagação do vírus.
As superfícies mais responsáveis pela contaminação das mãos são àquelas mais tocadas, como corrimões, teclados, elevadores, maçanetas, botões de acionamento em geral, torneiras, interruptores etc”, disse a infectologista reforçando que a principal forma de contágio da Covid-19 se dá através de gotículas respiratórias e contato das mãos contaminadas com olhos, nariz e boca. As mãos são contaminadas após tocar superfícies com o vírus. Ainda de acordo com a infectologista, as soluções de desinfetantes com cloro em altas concentrações e com exposição prolongada podem até gerar reações alérgicas ou irritação na pele e vias respiratórias, assim como irritações oculares em algumas pessoas.
A médica sugere que a prefeitura deveria orientar mais a população sobre o uso correto de máscaras faciais e a importância do distanciamento de, pelo menos, um metro entre as pessoas, desinfetar frequentemente superfícies manuseadas ou de “alta frequência de toques”, listou a infectologista observando que o coronavírus pode sobreviver em superfícies inanimadas e permanecer sendo capaz de contágio por períodos diferentes. “Em estudo recente, o coronavírus sobreviveu por 72 horas (três dias) no aço inoxidável e no plástico; no papelão, a sobrevida foi de 24 horas (um dia); e no cobre, por quatro horas. A presença do vírus em superfícies de alta frequência de toque oferece maior risco que nas calçadas e postes. A medida preventiva individual mais importante é a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel. As pessoas podem reservar um sapato para sair de casa e deixá-lo do lado de fora, ao chegar, para não carregar o vírus e outros contaminantes para dentro de casa”, sugere.
Deixe o seu comentário