O fim de semana será de praias fechadas e toque de recolher às 23h na capital do estado - e a partir de segunda-feira, 22, as restrições devem aumentar. É cogitada, por exemplo, a antecipação de todos os feriados de abril (sexta-feira Santa, no dia 2; Tiradentes, na quarta 21; e São Jorge, na sexta 23), possivelmente em todo o estado.
As medidas foram baixadas pelo prefeito Eduardo Paes nesta sexta-feira, 19, para tentar frear o avanço do coronavírus no Rio. A cidade atingiu o pico de internações e já tem 54 casos confirmados de variantes do vírus, como a temida P1 do Amazonas, que contagia faixa etária mais jovem.
Em entrevista coletiva nesta sexta, 19, Paes disse que está articulando a união de todos os prefeitos da Região Metropolitana, de outras cidades e do próprio governo do estado para ampliar os efeitos das medidas em todo o território fluminense.
O decreto publicado nesta sexta criando novas restrições, válidas no fim de semana, proíbe banho de sol nas areias, esportes como altinho e partidas de futevôlei, ambulantes e barraqueiros. O estacionamento na orla foi proibido, exceto para moradores, idosos, portadores de necessidades especiais, hóspedes de hotéis e táxis. Quiosques, no entanto, podem abrir normalmente: caminhadas no calçadão continuam liberadas. Paes fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa neste momento.
Está proibido:
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Ficar na areia da praia;
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Praticar esportes na praia;
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Tomar banho de mar;
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Comércio e serviços na praia, incluindo ambulantes;
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Entrada de ônibus e vans fretados na cidade, exceto de hotéis;
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Estacionar na orla.
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A permanência de indivíduos nas vias, áreas e praças públicas das 23h às 5h
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Eventos e festas em áreas públicas e até particulares, incluindo rodas de samba, boates, casas de espetáculo e congêneres.
As atividades econômicas continuarão com horários escalonados:
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Serviços: início às 8h e encerramento às 17h
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Administração pública: início às 9h e encerramento às 19h
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Comércio em geral: início às 10h30 e encerramento às 21h
“A gente sabe que as praias não são local de grande transmissão por serem um espaço aberto, mas precisávamos sinalizar para a população que não dá para viver a vida normal”, justificou Paes.
Nesta quinta o Rio bateu recorde de pessoas internadas simultaneamente em UTIs da rede pública e contratados pelo SUS na rede particular, por complicações do coronavírus. Mesmo com a abertura de novos leitos nos últimos dias, as UTIs permanecem cheias.
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