A produção industrial brasileira cresceu 0,1% em abril, na comparação com março, conforme divulgado nesta sexta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a abril do ano passado, no entanto, houve queda de 0,5%. Essa foi a terceira alta mensal seguida, com crescimento de 1,4% acumulado no período, mas ainda insuficiente para recuperar a perda de janeiro. No ano, o setor industrial acumula queda de 3,4%.
Apesar de pequeno, o crescimento na produção em abril deve ser comemorado, defende Sérgio Duarte, presidente da Associação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a Rio Indústria. "Temos que comemorar a constatação de crescimento, apesar de pequeno, pois isso evidencia que a indústria começou a recuperar as perdas que teve desde o início da pandemia da Covid-19. Com o avanço da vacinação já percebemos o mercado consumidor melhorando um pouco, mas a indústria ainda tem desafios muito fortes, como a alta dos preços das matérias-primas, um custo de energia muito alto, como gás e petróleo. Isso tudo afeta muito os custos do setor industrial. Do outro lado temos um consumidor com perda de renda por causa da inflação, e isso afeta diretamente o seu consumo. Mas, seguimos acreditando que o setor industrial do Brasil vai se recuperar, mas com muitos desafios", observa Sérgio Duarte.
De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, a atual conjuntura econômica do país continua sendo um entrave para a retomada da indústria brasileira. O aumento do custo de produção e a escassez de algumas matérias-primas são os principais fatores que justificam a menor intensidade do ritmo da produção industrial no país.
Em abril, 16 das 26 atividades industriais analisadas pelo IBGE apresentaram crescimento frente a março. O destaque ficou por conta da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançou 4,6% após dois meses seguidos no campo negativo e respondeu pela principal influência positiva no resultado do mês. Também se destacaram as atividades de bebidas e outros produtos químicos, com alta de 5,2% e 2,8%, respectivamente.
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