Na manhã desta quarta-feira, 27,segundo informações do 11ºBPM, oficiais do posto de Policiamento Comunitário (PPC) do bairro Olaria teriam observado a concentração para uma carreata que se dirigia ao centro da cidade. O ato era em defesa da flexibilização do comércio local. O batalhão, então elaborou estratégias de policiamento em diversos pontos da cidade a fim de tentar identificar outros movimentos do gênero. Ainda de acordo com a PM, os veículos foram interceptados na Praça Getúlio Vargas, no Centro. Após a abordagem, os condutores dos três veículos foram identificados e conduzidos para 151°DP para medidas cabíveis.
De acordo com informações não confirmadas, os participantes também teriam realizado um buzinaço por onde passaram, inclusive nos arredores da Praça Getúlio Vargas. Um dos locais onde teria ocorrido este ato, foi próximo ao Hospital Maternidade Mário Dutra de Castro, onde atos dessa natureza não podem acontecer (mesmo em condições normais), por força de lei que prevê a necessidade de silêncio próximo a unidades de saúde. Há cerca de um mês, o 11ºBPM também impediu que um ato com as mesmas características fosse realizado.
Alguns dos envolvidos, mais exaltados, começaram a transmitir ao vivo a ação da PM, reclamando do impedimento de realizarem esse protesto. Um dos participantes fez duras críticas aos PMs. “Isso é ditadura”, reclamou um. Outro, enquanto filmava com seu celular, disse ser um absurdo o que estava acontecendo. “Alguns pequenos comerciantes foram encaminhados a 151ª DP, e alegaram que não estavam fazendo carreata, mas existia uma certa aglomeração e de tal modo vão responder na forma da lei, por procedimento de menor potencial ofensivo. Eles foram ouvidos e liberados”, disse o delegado Henrique Pessoa.
Adesivados
Um dos envolvidos no movimento entrou em contato com a redação de A VOZ DA SERRA para esclarecer que não houve qualquer organização para uma carreata. De acordo com ele, um grupo de pessoas que adesivaram seus carros – autorizados pelo delegado Henrique Pessoa – com mensagens favoráveis a flexibilização do comércio, se encontraram casualmente no centro da cidade.
“O combinado era, caso encontrássemos carros com esses adesivos, houvesse uma saudação através de buzinas, para nos cumprimentarmos. Saudação não é buzinaço. Não tínhamos pretensão alguma de sair em carreata e não houve buzinaço algum”, afirmou.
No início do mês, o delegado Henrique Pessoa anunciou que estão proibidas manifestações de qualquer natureza contra o isolamento social determinado por decreto, estando os envolvidos sujeitos a serem conduzidos à delegacia, podendo ser indiciados no artigo 268 do Código Penal. "As polícias Civil e Militar estão unidas nas ações necessárias para evitar condutas que possam colocar em risco a população e a exposição ao novo coronavírus. Contamos com responsabilidade e compreensão de todos”, disse ele.
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