Onda de frio gera expectativas e lota hotéis de Friburgo

Aumento de reservas anima o setor de hospedagem e gastronomia; ocupação oscila entre 85% e 100%
quinta-feira, 29 de julho de 2021
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Neve em Canela (RS) na noite desta quarta (Foto: André Fernandes/ reprodução da web)
Neve em Canela (RS) na noite desta quarta (Foto: André Fernandes/ reprodução da web)

A expectativa gerada pela mais forte onda de frio deste ano, que promete baixar as mínimas oficiais a zero na madrugada desta sexta-feira, 30, está deixando os friburguenses divididos: os que gostam do inverno se empolgam e os que detestam, flertam com o desespero. Enquanto isso, os hotéis da cidade, que têm nesta época do ano sua alta temporada, lotam dentro da capacidade máxima permitida pela pandemia de Covid-19.

Segundo Edson Almeida, o Biá, presidente do Nova Friburgo Convention Bureau, os mais de 30 hotéis e pousadas filiados à entidade estão com 85% de ocupação, dentro dos 80% permitidos pelo atual decreto de flexibilização. Alguns hotéis e pousadas, por serem menores e mais afastados,  conseguem chegar a 100%. “Nos últimos dias, com a queda das temperaturas, houve um aumento da procura para aproveitar o frio”, confirmou Biá.

Liana Bucsky, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Nova Friburgo, conta que a procura por hospedagem na região aumentou desde o início de julho.  “Estes dois  fins de semana finais do mês são muito procurados por famílias com crianças, querendo aproveitar as férias escolares. Desde  que o frio intenso foi anunciado, e agora com  vídeos de cidades do Sul nevando, a busca pela nossa cidade aumentou ainda mais, e creio que chegaremos aos 100% da ocupação permitida”, disse ela.

O setor gastronômico também comemora, assim como o de vestuário. Restaurantes especializados em comidas típicas de inverno, como o Braun Braun, em Mury, vêm registrando aumento de reservas, segundo funcionários. Lojas que vendem vinhos, lareiras e lenhas também passaram a perceber o mercado mais aquecido nestes últimos dias. 

Neve em cidades do Sul

A massa de ar polar anunciada desde o início da semana para chegar nesta quinta, 29, e que deve persistir durante toda a próxima semana, fez nevar nesta quarta em várias cidades do Sul do país e promete fazer gear em Nova Friburgo nesta sexta e sábado.

Na serra catarinense, a mínima chegou a 8,6 graus negativos em Bom Jardim da Serra - acima, na foto de Evandro Mühlbauer -,  a mais baixa do Brasil  este ano. O recorde anterior era de 8,2 negativos em 20 de julho, em Urupema. Mas o novo recorde poderá ser batido na madrugada desta sexta. Em São Joaquim, a mínima chegou a 5,1 negativos com sensação térmica de 13,6 negativos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet). Por lá, o dia amanheceu com as árvores congeladas (abaixo, foto de Mycchel Legnaghi). Em Gramado (RS) houve ventania de 70km/h e neve horizontal, assim como em outras dez cidades gaúchas. São Paulo também teve a madrugada mais fria do ano até agora: 5,5 graus às 7h na estação meteorológica de Mirante de Santana. O recorde anterior era de 6,3 graus nos dias 30 de junho e 20 de julho, mas deve ser quebrado novamente na madrugada desta sexta.

Vale lembrar que a mais forte precipitação de neve já registrada no Brasil ocorreu em Vacaria (RS) em  7 de agosto de 1879, quando a cidade ficou com dois metros de flocos acumulados.

Em Nova Friburgo, as temperaturas também já começaram a cair: a mínima de 10 graus desta quarta despencou para 5 nesta quinta, segundo o Climatempo, devendo descer a zero na sexta, ficar em  1 grau no sábado e voltar a 5 no domingo, conforme a mais recente atualização do Climatempo. As máximas não passam de 14. A cidade está desde maio sem a estação do Inmet que registra as mínimas oficiais, em Salinas, por problemas operacionais.

Alerta de ressaca no Sudeste 

A forte massa de ar polar que está avançando sobre o Brasil esta semana está associada à formação de um ciclone extratropical no litoral do Sul do Brasil. O ciclone provoca vento forte em uma vasta área oceânica, o que deixa o mar muito agitado e gera grandes ondas que devem se espalhar pela costa até o Sudeste. A lua cheia ajuda a elevar o mar e a aumentar a altura das ondas (maré de sigízia). Segundo o Climatempo,  esta deve ser a ressaca mais perigosa do ano.

 

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TAGS: Clima