Novo Colégio Municipal Odette Penna Muniz vai custar mais de R$ 3 milhões

Licitação escolhe empreiteira que irá reconstruir instalações; em 2019, alunos foram transferidos devido a problemas estruturais
terça-feira, 31 de agosto de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Os banheiros da escola (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)
Os banheiros da escola (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)

A Prefeitura de Nova Friburgo divulgou o resultado da licitação para escolha da empreiteira que irá construir o novo Colégio Municipal Odette Penna Muniz. A empresa TRZ Engenharia venceu o processo e será contratada por R$ 3.058.567,10 para erguer a nova unidade de ensino que será construída em outro local. A prefeitura, no entanto, não informou quando a obra terá início, nem o prazo de término.    

Em 31 de maio de 2019, A VOZ DA SERRA denunciou as péssimas condições de conservação da estrutura do Colégio Municipal Odette Penna Muniz, em um imóvel antigo, no bairro Vila Amélia, ao lado do quartel do Corpo de Bombeiros. Na ocasião, após a publicação da reportagem, a Defesa Civil do município realizou uma vistoria no local no dia 12 de junho e considerou “temerária a utilização do imóvel como escola”. Diante disso, a Prefeitura de Nova Friburgo transferiu temporariamente os alunos para o Colégio Estadual Jamil El Jaick, no Centro.

Passado todo esse tempo, familiares dos alunos estão preocupados com a indefinição sobre o futuro da escola - sem contar a paralisação das aulas por conta da pandemia da Covid-19. Na época, a prefeitura também afirmou que não havia como fazer os reparos necessários na escola e que um novo prédio seria construído. A esperança dos pais dos alunos era de que esse período de suspensão das aulas pudesse servir para que uma solução fosse encontrada. 

Os problemas

Na época, nossa equipe de reportagem constatou diversos problemas na estrutura física da unidade. A precariedade na estrutura física da escola já se observava no pátio. O muro apresentava uma enorme rachadura ameaçando cair a qualquer momento. A quadra esportiva também está sem pintura, com as grades quebradas e enferrujadas e sem iluminação. No interior do imóvel há ainda mais problemas.

As salas são pequenas, abafadas e estão com o piso estufado e sem vários tacos de madeira, o que pode provocar a queda de um aluno ou funcionário. Os forros de madeira estão infestados de cupim e caindo aos poucos. Em dias de chuva, as goteiras são outro problema: “Chove mais dentro do que fora da escola”, se queixou uma aluna que preferiu não se identificar.

A cozinha da escola também é pequena e com pouca ventilação. O refeitório foi improvisado no corredor principal da escola. Algumas paredes estão descascando devido a umidade, também há buracos no chão e nas paredes e muita fiação exposta, o que coloca em risco a vida dos alunos e funcionários da unidade escolar.

Uma das principais carências, no entanto, é a má conservação dos banheiros. Logo na entrada do sanitário masculino, um tapume improvisado bloqueia uma das entradas e dá um aspecto horrível ao local. Alguns vidros estão quebrados, a pintura está desgastada, faltam portas nas cabines, tampas nos vasos sanitários e nos ralos. Tudo isso sem contar o odor desagradável de esgoto e as inúmeras pichações. 

Laudo da Defesa Civil 

Na ocasião, A VOZ DA SERRA teve acesso com exclusividade a um laudo emitido pela Defesa Civil de Nova Friburgo no dia 12 de junho daquele ano, que constata, ao todo, dez problemas na estrutura predial do Colégio Municipal Odette Penna Muniz. Segundo o documento, “todo o telhado apresenta infestação de cupim no seu madeiramento e no forro de madeira;  vazamento de água proveniente da chuva; na parede externa do pátio observa-se deslocamento na aresta com risco iminente de queda; piso interno da cozinha danificado; parede estrutural da cozinha com recalques; piso do corredor com fiação elétrica exposta e risco iminente de acidente; banheiro para usuários de necessidades especiais encontra-se interditado sem possibilidade de uso; banheiro feminino e masculino necessitando de reparos com deficiência de portas e esquadrias; fossa entupida; e compartimento de botijões de gás totalmente vedado, não apresentando respiradouros”.

Na conclusão do laudo, assinado pelo então secretário de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori, a Secretaria Municipal de Educação foi “advertida sobre a precariedade que se encontra o imóvel, sendo temerária a sua utilização como escola”.

 

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TAGS: Educação | obra