Nove em cada dez brasileiros querem mais mulheres na política

Pesquisa mostra que população quer mais candidatas na próxima eleição
segunda-feira, 24 de março de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Um levantamento do Instituto Patrícia Galvão e Ipec, com apoio do Ministério das Mulheres, revelou que 89% dos brasileiros desejam mais mulheres como candidatas nas próximas eleições, em 2026. O estudo também aponta que 84% dos entrevistados consideram que a baixa representatividade feminina na política é resultado de discriminação e falta de apoio. Entre os que apoiam a política de cotas para aumentar a presença feminina no Legislativo, a aprovação é maior entre pessoas pretas e pardas (61%) do que entre brancos (55%).

Falta de incentivo e discriminação

Para 77% dos entrevistados, as mulheres não são incentivadas a se interessar por política desde jovens, o que contribui para a baixa presença delas em cargos eletivos. Além disso, 41% apontam o assédio e os ataques machistas dentro e fora dos partidos como barreiras para a participação feminina. A falta de apoio da família e das próprias legendas partidárias também foi citada como um obstáculo por 31% dos entrevistados. O estudo revela que mulheres negras e periféricas enfrentam desafios ainda maiores, pois, além do machismo estrutural, lidam com o racismo e a desigualdade social.

Percepção 

A pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros considera que a presença de mais mulheres na política resultaria em avanços em áreas como saúde (74%) e educação (63%). Além disso, 88% defendem que equipes de governo tenham equilíbrio entre homens e mulheres para melhor representar a diversidade da população.

Sobre os critérios para votar em uma mulher, 36% mencionam sua capacidade de organização, enquanto 34% destacam a importância da presença feminina na política como uma questão de representatividade. Entre as mulheres, 30% consideram que elas priorizam temas como saúde, educação e segurança em suas propostas, enquanto 31% dos homens acreditam que elas são menos corruptas.

A maioria dos entrevistados (59%) apoia a política de cotas mínimas para candidaturas femininas. Entre os pretos e pardos, esse índice é maior do que entre brancos. Além disso, 80% defendem que os partidos que não cumprirem a lei de cotas devem ser punidos, e 73% acreditam que legendas que apresentem apenas candidatos homens deveriam disputar menos vagas nas eleições.

Barreiras e desafios

Apesar do amplo apoio à participação feminina na política, 25% dos entrevistados ainda acreditam que o ambiente político é muito agressivo para mulheres. O estudo aponta que essa percepção é mais forte no Nordeste, onde 32% dos entrevistados afirmam que elas não suportariam a pressão do cenário político.

Mesmo com desafios estruturais, apenas 3% dos brasileiros afirmam que jamais votariam em uma mulher. Para Jacira Melo, diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, o levantamento demonstra a necessidade de fortalecer o apoio institucional e social às candidaturas femininas.

A pesquisa foi realizada de 10 a 14 de janeiro de 2025, com dois mil entrevistados em 129 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Fonte: mulheresnopoder.com

 

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