Conforme publicado na coluna Observatório, do jornalista Wanderson Nogueira, cinco das dez cidades mais procuradas no Brasil durante o carnaval estão no Estado do Rio. Nova Friburgo não está entre elas. De acordo com um estudo feito através de aplicativo de hospedagem, a capital, Rio de Janeiro, é o principal destino, ficando no topo da lista. Os destaques no interior ficam com Cabo Frio (4º município mais procurado do país), Arraial do Cabo (7º), Búzios (8º) e Angra dos Reis (9º).
Metade no RJ
Completam a outra metade dos dez destinos mais procurados por hóspedes no Brasil para a semana da folia as cidades de Salvador-BA (2º), Florianópolis-SC (3º), Porto Seguro-BA (5º), Recife-PE (6º) e Balneário Camboriú-SC (10º). A expectativa é de 100% de ocupação da rede hoteleira na cidade do Rio de Janeiro e de 85% no interior fluminense. Só na capital, o carnaval deve movimentar R$ 4,5 bilhões.
Carnaval x Natal
A geração de emprego e renda e a atração de turistas no carnaval é algo incontestável. O Rio de Janeiro lucra muito mais do que investe na folia. O investimento no carnaval de Nova Friburgo é menor do que o investido no último Natal: aproximadamente R$ 6,5 milhões (excluindo os valores do ano anterior em adereços permanentes) contra estimados R$ 4 milhões do carnaval.
Menos alegorias, muito mais dinheiro
Entre os valores publicizados até aqui, R$ 720 mil divididos entre as quatro escolas de samba e R$ 400 mil para blocos de enredo, atualmente chamados de escolas de samba do Grupo A. Para efeito de comparação, só nas seis alegorias dos desfiles natalinos, a prefeitura pagou R$ 200 mil a mais do que pagou a todas as escolas que irão desfilar no domingo de folia, 11.
R$ 160 mil por cada alegoria natalina
A diferença é ainda mais gritante quando se comparam as alegorias em tamanho e efeitos especiais. Juntas, somente as agremiações de domingo, devem levar de 16 a 20 carros alegóricos. Ou seja, considerando o mínimo de 16 alegorias das quatro escolas do grupo especial, cada uma sairia a R$ 45 mil para a prefeitura. Já as de Natal, cada uma saiu quase R$ 120 mil a mais.
Cinco vezes mais
Obviamente, se as escolas de samba tivessem apenas a subvenção da prefeitura, o carnaval friburguense não seria da grandiosidade que é. Estima-se que para colocar o carnaval na rua, as escolas investem, em média, cinco vezes mais. Algumas mais, outras menos, mas todas, sem exceção, gastam muito mais do que recebem da municipalidade, seja nas alegorias, nas fantasias ou no elenco de profissionais que atuam remunerados.
Quem atrai mais?
Em termos de investimentos financeiros públicos, o natal friburguense tem dado banho no carnaval, que é a maior festa cultural popular do país. Dados, no entanto, que carecem de maior transparência e até estudo são quanto de retorno tem dado a festa de natal, desde o número de empregos gerados, circulação de dinheiro a turistas que atrai. Inconteste é o sentimento do público residente, mas a comparação a olhos nus é inevitável e de resultado próximo do óbvio. Mas em tempos de que tem que se provar a obviedade, fica a reflexão.
Um para quatro
Para o carnaval os dados são mais precisos. A própria municipalidade admite que para cada R$ 1 investido, voltam R$ 4. Ou seja, a expectativa é de que o carnaval de 2024 gere um volume de R$ 16 milhões. O número de empregos eventuais gira na casa de 1.300 e só as barracas, aproximadamente 80, esperam neste ano movimentar R$ 2,4 milhões. 20% a mais do que na folia de 2023.
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